«Desastres eleitorais sucessivos, transferência de votos para a direita a par do envelhecimento do seu eleitorado, levaram as esquerdas a primeiro deitar contas à vida e, em seguida, atirar pressurosamente para o caixote do lixo as vítimas que até ontem animavam o seu activismo. E assim, porque chegou a hora dos camaradas subirem ao palanque, num ápice sumiram-se os “camarados” e os “camarades”. (...)
O problema é que não só conseguem impor novos activismos como está implícito que esqueçamos as consequências do activismo da véspera. É mesmo como se esse activismo nunca tivesse existido. O direito à desmemória é o grande privilégio da esquerda que, enquanto mergulha as sociedades em processos contínuos de mortificação pelos crimes cometidos por aqueles que aponta como seus inimigos no passado — e que podem ser tão distantes quanto os descobridores portugueses do século XV —, se arroga a si mesma o direito de não ser confrontada por aquilo que fez e disse ontem. Ou anteontem. Ou há um ou dois anos. (...)
Pois é agora já ninguém quer saber das casas de banho para as crianças trans, nem da linguagem dita inclusiva porque agora vamos voltar à “classe contra classe até à vitória final” como se estivéssemos no PREC. Alguém esperava que assim não fosse? Para que tal acontecesse era necessário ter denunciado, criticado, confrontado… os activistas quando estes andavam por aí com o linguarejar (cada activismo tem o seu idiolecto próprio) do sonho e da conquista irreversível para designar a estatização e consequente destruição da economia do país. É caso para dizer, olá camaradas. Façam de conta que estão na vossa casa.»
____________
Outros "Ser de esquerda é..."
Em boa verdade, a volubilidade da esquerdalhada é apenas aparente, porque persiste o mesmo propósito de sempre: impor uma agenda e sabotar a liberdade em nome de grandes princípios. Afinal, o mesmo propósito que a direita iliberal prossegue.
5 comentários:
Faltou referir o papel , verdadeiramente criminoso, da chamada "comunicação sUcial" em todo o processo...
«impor uma agenda e sabotar a liberdade em nome de grandes princípios. Afinal, o mesmo propósito que a direita iliberal prossegue.»
Tem toda a razão, isto de querer impor a imigração ad infinitum aos povos da Europa em nome de uma pretensa prosperidade económica não tem nada a ver com liberdade! Ups... espere lá... não é a "direita iliberal" que persegue essa agenda, é mesmo a "direita" liberal! 🥴
A imigração é necessária enquanto a natalidade permanecer insuficiente para repôr a população - o que, de facto, parece que irá acontecer ad infinitum. Ela em geral não conduz à prosperidade económica, apenas assegura que a economia (ou, pelo menos, grandes partes dela) não colapsa por falta de mão-de-obra.
"A imigração é necessária enquanto a natalidade permanecer insuficiente para repôr a população"
Mentira. Portugal tem quase 900 anos de História e nunca precisou de imigrantes, muito menos na quantidade OBSCENA em que os está a importar presentemente.
O que o Luís Lavoura quer é mais eleitores para votar na sua Esquerda, uma vez que o povo português, cada vez mais revoltado com o atraso crescente face ao resto da Europa e com a descaracterização grotesca da nossa sociedade e demografia, está a virar-vos as costas!
"apenas assegura que a economia (ou, pelo menos, grandes partes dela) não colapsa por falta de mão-de-obra."
Nem isso. Basta perguntar aos alemães, aos franceses ou aos britânicos o quão bem resultou essa política nos seus países nas últimas duas décadas. Importar imigrantes que não se querem integrar só dá prejuízo, seja a curto, seja a longo prazo.
E outra coisa: trocar imigrantes por europeus não é "repor a população", mas sim trocá-la por outra.
A esquerda andou anos a dizer que, o crescimento económico estava dependente do aumento das qualificações, mas agora diz que a solução está em importar malta não qualificada…não se entende mesmo
Enviar um comentário