Quem só tem um marcelo vê todos os problemas como jogos florais ou, quando não souberes o que fazer, “repensa tudo”
“Repensar tudo” é a receita do Dr. Marcelo perante ineficácia dos dispositivos que sucessivos governos criaram para resolver o problema dos incêndios, um problema irresolúvel com dispositivos. Deveríamos desconfiar das soluções propostas pelo Dr. Marcelo que é um dos beneficiários dos incêndios que lhe dão pretexto para as suas prelecções evangelizadoras e os seus jogos florentinos de intriga.
A confiança no dispositivo. Qual dispositivo?
Perante o previsível e inevitável falhanço do dispositivo que o Dr. Marcelo quer “repensar”, o Dr. Montenegro garante ter confiança total no dispositivo que está a combater os incêndios, que garante estar a «100 por cento no terreno, disponível não obstante os 24 dias seguidos de severidade meteorológica».
É claro que quando se assumem poderes milagrosos para resolver um problema que tem séculos e que resulta do clima mediterrânico e de transformações económicas, sociais e demográficas profundas que modificaram radicalmente a paisagem, potenciadas pelos “dispositivos”, quando se constata que, mais uma vez, as coisas estão a falhar deve-se estar preparado para receber as culpas.
A AICEP é como o contabilista falhado da mafia
Diz a lenda que o papel dos contabilistas da mafia era dar aparência legal ao que era irremediavelmente ilegal. O papel da AICEP parece ser parecido e agora confirmou-se que, ao contrário do contabilista da mafia, uma auditoria está a confirmar que não conseguiu dar aparência legal à aplicação ilegal dos fundos que são extorquidos aos contribuintes europeus, como no caso da teia de empresas do Dr. Manuel Serrão, um famoso Oliveira de Figueira televisivo.
A AICEP é como o contabilista falhado da mafia
Diz a lenda que o papel dos contabilistas da mafia era dar aparência legal ao que era irremediavelmente ilegal. O papel da AICEP parece ser parecido e agora confirmou-se que, ao contrário do contabilista da mafia, uma auditoria está a confirmar que não conseguiu dar aparência legal à aplicação ilegal dos fundos que são extorquidos aos contribuintes europeus, como no caso da teia de empresas do Dr. Manuel Serrão, um famoso Oliveira de Figueira televisivo.
O que seria de nós sem o turismo
Por muito que a esquerdalhada se queixe da gentrificação e a direita nacionalista se queixe das ameaças à alma nacional, a verdade é que o turismo, além servir os nobres propósito de exaltação desses princípios, dá imenso jeito para compensar a falta de ganas e de engenho para melhorar a produtividade.
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Expresso |
O PRR é um programa para converter o Estado sucial num senhorio?
«O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um programa de aplicação nacional, com um período de execução até 2026, que visa implementar um conjunto de reformas e investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado, após a pandemia, reforçando o objetivo de convergência com a Europa, ao longo da próxima década». Com 3,2 mil milhões de euros destinados à habitação ou 14% do total dos fundos, o PRR parece ser um programa para desenvolver a habitação pública. Quanto ao crescimento económico sustentado é melhor esquecer. Ainda assim, sabendo-se que o grau de execução desta componente do PRR é inferior a 40%, e que decorridos quatro dos cinco anos do programa mais metade das habitações previstas estão por entregar, talvez seja melhor esquecer também esta componente.
A maior realização do Dr. Montenegro é ter induzido nas meninges populares a percepção de prosperidade
Chegados aqui, podemos perguntar-nos perante a ineficácia de mais um governo o que explica os portugueses estarem tão optimistas que se endividam como se não houvesse amanhã (o crédito ao consumo aumentou quase 50% nos últimos cinco anos)?
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