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Foi esta a conclusão de um inquérito promovido pela Federação Académica do Porto (FAP). O presidente da agremiação diz que «um estudante a tempo inteiro, num curso de licenciatura, dedica cerca de 46 horas por semana às atividades académicas, entre aulas, estudo e avaliações» e conclui que «o modelo atual não responde à realidade de quem trabalha, vive longe ou enfrenta dificuldades socioeconómicas. A implementação da semana de quatro dias é, sem dúvida, um contributo relevante na qualidade de vida dos estudantes universitários». A solução segundo o presidente seria «a inovação pedagógica, através da implementação de métodos de ensino e de avaliação mais adequado».
46 horas por semana? Se acreditar, não posso estar mais de acordo quanto à necessidade de mais uma reforma a juntar à lista do Dr. Gonçalo Matias. É de facto um desperdício de tempo quando comparamos com a reduzida ciência com que uma criatura sai da universidade depois de vários anos de frequência. Porém, não concordo com a solução proposta.
Falando da minha experiência pessoal, nos anos do fássismo gastei pouco mais do que essas 46 horas semanais para fazer uma licenciatura de 5 anos enquanto trabalhava full time. Se naquela época o áctivismo universitário reclamava passagens administrativas, parece justo que o actual reclame o direito ao diploma com a primeira matrícula, isso sim seria uma inovação pedagógica.
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