«Diretora do Centro Nacional de Pensões demitiu-se. Decisão foi publicada em Diário da República e segue-se às demissões da presidente e da vice-presidente do Instituto da Segurança Social e da substituição do vogal. Susana Rosa sai do cargo, a seu pedido, um dia antes de um afastamento por iniciativa do Governo implicar o pagamento de uma indemnização.» (negócios)
Não tenho lembrança de algum apparatchik estatal ter renunciado a um cargo sabendo que iria ser demitido no dia seguinte, libertando assim o Estado sucial de pagar uma indemnização correspondente à diferença de salários entre o da comissão de serviço e do seu cargo anterior, neste caso por um período de três anos.
Por curiosidade foi ver o currículo de Susana Rosa no LinkedIn e constatei que fez um mestrado em administração pública na universidade Webster em Phoenix e voltou agora para Técnica Superior da DGSS- Direção de Serviços de Negociação e Coordenação da Aplicação dos Instrumentos Internacionais, quase certamente com um salário muito inferior ao directora do Centro Nacional de Pensões em comissão de serviço.
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O título deste post é uma espécie de emenda pior do que o soneto «Quando Eu, Senhora, em Vós os Olhos Ponho» de Sá de Miranda.
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