«Montenegro cortou com a herança do Passismo e recolocou o PSD no centro político, roubando ao PS o papel de partido charneira do sistema. E, ao mesmo tempo, traçou uma linha divisória à sua direita, deixando claro a um certo eleitorado - que se preocupa com coisas como a alegada “ideologia de género” e a imigração dita descontrolada -, que só o voto na AD poderá mudar alguma coisa. Esta estratégia já estará a produzir resultados, tal como revelam as últimas sondagens. O que explica a necessidade que André Ventura teve de ir à televisão dizer que foi traído e enganado, como que dizendo aos seus correligionários que a sua estratégia só falhou porque do outro lado estava alguém que faltou à sua palavra.» Escreveu Filipe Alves e eu subscrevo.
Acrescento que tudo isto é óptimo para o futuro político do Dr. Montenegro e do PSD. Falta apenas o mais importante que são as mudanças indispensáveis para o futuro do Portugal dos Pequeninos.
Um Estado que cuida dos eleitores do “Partido do Estado”
Uma vez mais, o governo dá sinais para o eleitorado dos pensionistas garantindo que «estará disponível para fazer um aumento extraordinário das pensões, nomeadamente das mais baixas e para um aumento estrutural (?) das pensões».
Entretanto, segundo o CFP, a pesada carga fiscal assegurará um excedente de 0,6% superior ao previsto e o Dr. Sampaio que vive no interior do Dr. Montenegro declarou que há mais vida para além do orçamento: «o equilíbrio das contas não é o fim da nossa política». Vamos ver, no futuro não muito longínquo, o que resulta da concorrência entre o PS e o PSD para conquistar o voto dos velhotes.
Cativações deprimentes, inúteis e opacas
Quem assim as classificou foi a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) que considera as cativações «exemplos deprimentes da Administração Pública a trabalhar para si própria, inúteis para reprimir a despesa e opacas porque é impossível conhecer ex ante»
O crescimento é poucochinho
Negócios |
O crescimento homólogo no 3.º trimestre foi 1,9% e em cadeia de 0,2% e, como o gráfico mostra, a tendência não é animadora. Ainda assim, graças ao aumento do consumo privado e apesar de um decréscimo do investimento. Imaginemos o que seria sem crescimentos do turismo superiores a 4% como se estão a verificar este ano. Take Another Plan. Uma garantia preocupante e os “bafos” até ao final do ano O ministro das Infraestruturas garantiu que a privatização da TAP «não será feita a qualquer custo». É uma garantia preocupante sabendo-se que o montante torrado na nacionalização da TAP ultrapassou até agora os três mil milhões de euros, o equivalente a nove meses de facturação e segundo o semanário referência a TAP será «bafejada com mais de €700 milhões até ao final do ano» que resultam da última tranche da pandemia e de um novo empréstimo obrigacionista de 343 milhões. |
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