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27/11/2024

CASE STUDY: A atracção por Belém - a lista dos que não se excluem não pára de crescer (12)

Outras atracções.

Desta vez ainda com maior antecedência (desde 2022, pelo menos), começaram a alinhar-se os candidatáveis a Belém, segundo os próprios, segundo os partidos que apoiarão, segundo as cortes privadas, segundo os jornalistas amigos e até segundo os jornalistas inimigos, frequentemente para lançar o barro à parede ou para queimar nomes.

Eis um breve elenco feito à pressa dos que já se chegaram à frente ou foram falados ou sondados ou lançados à parede (disclaimer: não há garantias implícitas ou explícitas de que a lista esteja actualizada):

  • Ana Gomes
  • André Ventura
  • António Guterres
  • António José Seguro
  • António Vitorino
  • Augusto Santos Silva
  • Elisa Ferreira
  • José Pedro Aguiar-Branco 
  • Henrique Gouveia e Melo 
  • Leonor Beleza
  • Luís Marques Mendes
  • Mário Centeno 
  • Paulo Portas
  • Pedro Passos Coelho
  • Pedro Santana Lopes
  • Rui Rio
Faz uns vinte anos inventei a seguinte teoria conspirativa: é mais barato e mais agradável ser presidente da República do que líder da oposição, que implica suportar a travessia do deserto do poder, aguentar uma cambada de potenciais traidores escondendo as navalhas da traição nas calças da pouca-vergonha e suportar uma infinita corja de medíocres ansiando por uma sinecura, tudo isto apenas mitigado pelo séquito de seguidores incondicionais, que vai minguando, na medida em que mingua a esperança do governo de serviço cair. Percebe-se que esta teoria conspirativa, como todas as teorias conspirativas, teve um tempo de vida limitado, neste caso porque a candidatura a Belém já não é, como foi nalguns casos no passado, um ersatz à candidatura a líder da oposição. Hoje, com a emergência das redes sociais e da bacoquice sem freio, a candidatura a Belém é sobretudo o pináculo da carreira de um "influencer".

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