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10/09/2010

Depois admirem-se (outra vez)

Posso replicar o que aqui escrevi exactamente há um ano sobre a competitividade, ou a falta dela, segundo o World Economic Forum, a propósito da perda de 3 lugares no índice do Global Competitiveness Report 2010-2011. Perda em que o aumento do índice de corrupção de 3,5 para 4,4 teve relevância.

Qual é o problema mais crítico que a economia portuguesa tem de enfrentar? O peso morto da fraca produtividade que reduz a competitividade nos mercados externos para onde temos que exportar, na falta dum mercado interno com dimensão suficiente para a maioria dos produtos.
Seria, portanto, uma boa ideia as políticas propostas pelos partidos com alguma hipótese de virem a ser poder terem em conta os factores de competitividade do Global Competitiveness Report preparado pelo World Economic Forum. Ontem foi divulgado o relatório 2009-2010, mas se os partidos trabalhassem com base no relatório do ano passado chegariam às mesmas conclusões.

Vejam-se os factores mais problemáticos para os negócios e procurem-se nos programas dos partidos do poder as correspondentes políticas e medidas para os superar.
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Em vão.

Veja-se de seguida a posição de Portugal em cada um dos indicadores do Índice de Competitividade Global. A verde estão assinalados aqueles indicadores onde Portugal está posicionado no 1.º decil e a vermelho aqueles em que Portugal está classificado no último quartil.
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O indicador qualidade das estradas onde Portugal está em 8.º lugar (subiu uma posição de 2009 para 2010)é daqueles que mais parece preocupar vários partidos, em especial o partido do governo. Ao contrário, procuram-se em vão políticas ou medidas para atacar as áreas mais críticas, nomeadamente no que respeita ao primeiro e ao sétimo pilares, Instituições e Eficiência do mercado de trabalho.

Depois admirem-se.

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