A esquerdalhada em geral, e em particular as seitas do politicamente correcto e dos movimentos Elbêgêtê, têm cada um per se e todos no conjunto a capacidade de ocupar os mídia ou pelo menos servirem-se deles como suas câmaras de eco. Daí a lenda da vulgata gay, raramente posta em causa, do peso crescente que a comunidade gay teria na sociedade. Até um semanário que se leva a sério, como o Expresso, publicou nos finais de 2005 um encomiástico artigo com o título «Um milhão de portugueses são homossexuais» (aqui citado).
Acontece que os factos conhecidos não parecem confirmar as estatísticas de causas propaladas pelo jornalismo de causas. É o caso do Inquérito Saúde e Sexualidade (2007) do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, citado pelo Público, que abrange uma amostra substancialmente superior à dimensão habitual neste tipo de estudos (3.643 entrevistas, contra 1.980 indivíduos na sondagem citada pelo Expresso).
Segundo o inquérito, apenas 3,7% dos homens e 3,9% das mulheres se definia como homo, bi ou «outra» (sexo com animais?). Percentagens que pouco diferiam dos que confessaram ter tido relações homo no último ano: 3% dos homens e 3,4% das mulheres. Sendo conhecidas as práticas sexuais standard nestes grupos, se a pergunta se referisse às relações homo nos últimos 5 anos as percentagens não deveriam diferir significativamente.
O pior está para vir: 78,4% dos homens e 63,6% desaprovam as relações homossexuais. Uma das autoras do inquérito, a doutora Sofia Aboim, extrai daí a conclusão abusiva que «Portugal ainda é um país homofóbico», fazendo equivaler o juízo moral sobre a homossexualidade à vontade da sua proibição, à boa maneira das milícias do politicamente correcto que mal disfarçam o desejo de proibir as opiniões heréticas.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
03/05/2008
CASE STUDY: a realidade raramente se conforma com o dogma do politicamente correcto
Etiquetas:
estatísticas de causas,
jornalismo de causas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário