Dêem um lugar ao Dr. Centeno
Felizmente para o seu sucessor no BdP, o Dr. Centeno está a fazer o possível e o impossível para ser colocado num púlpito europeu, uma vice-presidência, seja a da EBA (Autoridade Bancária Europeia), seja a do BCE (Banco Central Europeu). O relações públicas do Dr. Centeno está há uma semana a soprar ao ouvido dos jornalistas amigos o desejo do Dr. Centeno de ir fazer companhia ao Dr. Costa na Óropa.
Nos primeiros dias, a coisa era disfarçada como uma iniciativa externa, nuns casos com uma grande ousadia de a atribuir à Drª. Lagarde que «aposta em Centeno para a presidência da Autoridade Bancária Europeia», assumindo que a presidente do BCE não leria jornais portugueses e, portanto, não se aperceberia do abuso de lhe colocar esta aposta no regaço. Noutros casos, como uma iniciativa colectiva «(Centeno entre os favoritos à presidência da Autoridade Bancária Europeia»). Em vão se procuraria na imprensa europeia quaisquer vestígios dessa suposta iniciativa.
Até que, na falta dos sinais exteriores, o Avante da Sonae chega mesmo ao ponto de desvendar a manobra e escreve «Jornal Eco lança Centeno na corrida», perde-se a vergonha e assume-se que criatura «está de olho no lugar de vice-presidente do BCE» e lamenta-se que tardem os apoios do governo português que «tem menos de um mês para apoiar (ou não) Centeno no BCE».
No lugar do actual governador do BdP – o “Álvaro”- faria uma campanha para desamparar a loja e despachar a criatura para Frankfurt.
«Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central»
Desde Julho de 2020, quando o governo do Dr. Costa, depois de, pela mão do Dr. Caldeira Cabral, ter feito o favor de comprar a EFACEC à Dr.ª Isabel dos Santos, começou a tentar vendê-la, que o Dr. Siza Vieira, com grande falta de sizo, anunciava todos os meses que o mono estaria prestes a ser vendido, enquanto lá enfiava mais uns milhões e dava mais uma garantias. Até que no princípio deste ano o Tribunal de Contas confirmou que o desastre poderia ter um custo de 564 milhões de euros. Foi nesta altura que o parlamento acordou e pediu uma auditoria ao TdC que confirmou esse número e estimou que não seriam recuperáveis mais do que uns 400 milhões.
Sequelas da governação do Dr. Costa e do seu amigo do peito Dr. Cabrita
Ainda hoje se fazem notar as consequência da política de imigração irresponsável dos governos socialistas potenciada pelo caos administrativo da AIMA pela obra feita dos governos socialistas, descobrindo-se que afinal o número de imigrantes é superior a um milhão e meio e quadruplicou em 7 anos.
4 comentários:
Não houve política de imigração irresponsável nenhuma. Houve simplesmente liberdade de movimentos. Não é a liberdade uma coisa boa?
Caos administrativo houve e há, sim. Tal como aliás é normal num país que tem cada vez menos gente disposta a trabalhar.
A questão que devemos fazer não é se o número de imigrantes quadruplicou ou deixou de quadruplicar, mas sim se os imigrantes estõ ou não a trabalhar e a viver, primordialmente, do seu trabalho. E todos os dados indicam que sim, estão. Se os imigrantes estão a trabalhar, é porque eles são necessários. Portanto, não houve irresponsabilidade nenhuma em deixá-los vir - eles limitam-se a suprir necessidades do mercado de trabalho.
Isso é pura ficção livresca cujo resultado está à vista em Portugal e na Europa. Há quatro meses escrevemos aqui (https://impertinencias.blogspot.com/2025/06/cronica-da-passagem-de-um-governo-5.html) o seguinte:
«Talvez eu deva começar por lembrar que quem preza a liberdade não tem por princípio restringir a mobilidade das pessoas e em consequência limitar as migrações. Ainda assim, se quem preza a liberdade não for estúpido, percebe que, infelizmente, essa visão não é partilhada por uma fracção significativa dos outros cidadãos cujas opiniões, obsessões e delírios de grandeza nacional têm de ser consideradas para preservar um mínimo de coesão social num Estado-nação ou mesmo, nos casos mais desesperados, evitar uma guerra civil. E também porque, infelizmente, não se pode esperar que a reduzida inteligência dos vários nativismos entenda que num país envelhecido e pouco dado a trabalhos pesados a imigração é indispensável. De onde, as migrações têm de ser reguladas atendendo a essas opiniões, obsessões e delírios, o que significa que o regime de imigração tem de ser feito à medida desse Estado-nação e das opiniões, obsessões e delírios dos seus nacionais.
Esclarecido isto, parece-me um exagero que da bagunça migratória criada pelo Dr. Costa se passe a um regime que é um dos mais exigentes da Óropa para um imigrante adquirir a nacionalidade portuguesa.»
Obrigado por me chamar estúpido.
Naturalmente que concordo que, numa polis democrática, as opiniões da maioria devem ser tidas em conta.
Coisa completamente diferente é o Impertinente escrever que a política de portas abertas foi "irresponsável", porque ao escrevê-lo o Impertinente está a dar a sua opinião pessoal - que pelos vistos se alinha com a da maioria, e não com a de quem preza a liberdade. Da mesma forma, eu quando escrevo que essa política NÃO foi irresponsável estou a dar a minha opinião pessoal, uma vez que prezo a liberdade - e que recordo que muitos dos meus familiares, que eu conheci e conheço, emigraram, notoriamente para o Brasil (o meu avô paterno) e a Venezuela (muitos outros meus familiares paternos, muitos deles ainda vivos).
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