Como mostra o gráfico seguinte, é inegável que as políticas redistributivas do Estado sucial português contribuem para reduzir a pobreza ou, mais exactamente, contribuem para reduzir a desigualdade, que é aquilo que estas métricas medem.
Outra coisa diferente é saber se essas políticas redistributivas são eficazes para o seu propósito de reduzir a pobreza.
E é aí que se levanta a dúvida, quando se vê no gráfico anterior que as famílias com rendimentos médios mais altos que constituem o 5.º quintil absorvem mais de metade dos apoios às famílias com rendimentos mais baixos, para não falar que, devido a pensões e salários mais elevados, absorvem mais de 2,5 vezes dos subsídios de desemprego e mais de 4,7 vezes os subsídios de desemprego.
A dúvida sobre a eficácia das políticas redistributivas portuguesa, excluindo pensões, transforma-se em certeza em termos relativos quando se compara que os efeitos dessas políticas são os penúltimos da UE e menos de metade da média.
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Fonte: O Papel das Políticas Redistributivas, Fundação Francisco Manuel dos Santos
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