Take Another Plan. O mito do Hub estratégico da TAP e outros mitos
Os operadores estrangeiros que utilizam os quatro aeroportos internacionais de Portugal representam 70% do tráfego total: 52% em Lisboa, 86% no Porto, 97% em Faro e 78% no Funchal.
Quanto à excitação que segundo as fontes oficiais a venda da TAP está a causar nos operadores, a consultora de aviação SkyExpert diz que há «chances mínimas da Lufthansa apresentar uma proposta vinculativa pela TAP», chances mínimas que segundo o partido do Dr. Ventura são chances máximas, uma vez que quer o comprador assuma «responsabilidade por todas as garantias efectivas ou potenciais».
Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»
Segundo um estudo do ISEG para a CIP (apud) o volume de horas extraordinárias realizado no SNS equivale a mais de 11 mil profissionais de saúde full time, ou seja a mais de 7% dos cerca de 150 mil do efectivo total, e a despesa com horas extraordinárias cresceu mais de 80% em dez anos.
O mistério dos obstetras. O que falta não são os obstetras são os nascituros
Dia sim, dia não, os jornais noticiam a falta de obstetras. Alguém me pode explicar sff o que é feito dos 1.960 obstetras inscritos na Ordem dos Médicos que fizeram os cerca de 85 mil partos em 2024, que incluem os 748 obstetras que trabalham no SNS que terão feito 80% desses partos (dados paridos a fórceps pelo ChatGPT)? Quarenta (40) partos por obstetra dá um parto por obstetra e por semana já com o desconto das férias e do abstencionismo estrutural.
O Estado sucial não é só ineficiente a torrar dinheiro. É também ineficaz
Os magros resultados do dinheiro dos fundos europeus vêm demonstrando há quatro décadas a ineficiência da torrefacção. O atraso a gastar o dinheiro do PRR a um ano de terminar e a recorrente necessidade de o reprogramar mostra a ineficácia. E isto foi assim com os governos socialistas e é a assim com os governos AD.
A felicidade dos pensionistas e de outros eleitores não é barata
A última vez que um líder político falou aos pensionistas da insustentabilidade da Segurança Social sem uma reforma (que todos eles traduziram como um corte das pensões) foi durante a intervenção da troika para resgatar o Estado sucial do estado das finanças públicas em que o deixou o governo socialista do Sr. Eng. Sócrates.
Expresso |
Como se pode ver no diagrama, quer o Dr. Costa durante oito anos, quer agora o Dr Montenegro fizeram os possíveis e os impossíveis para fazer felizes os pensionistas. Ao custo da felicidade dos pensionistas, cuja última prestação consistiu num cheque para as pensões até 1.500 euros (400 milhões), deve juntar-se o custo da felicidade dos jovens (IRS Jovem, 500 milhões), o dos contribuintes (reajustamento do IRS, 500 milhões) e o dos funcionários públicos (aumentos, progressões, recuperação do tempo de serviço, 1.500 milhões). Tudo por junto uns 3 mil milhões. Chutando a bola para frente Nos últimos dois anos o governo AD não conseguiu reduzir o rácio da dívida e o ministro das Finanças anuncia que espera reduzir a dívida pública para «cerca de 92% do PIB este ano, ficando próximo de 88% no ano que vem», dívida cujo valor absoluto se tem mantido estável ao redor dos 260 mil milhões. Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos Costumam os portugueses dizer para se desculparem que os exemplos vêm de cima. Neste caso aproveitam as mensagens de prosperidade do Dr. Montenegro endividam-se alegremente no crédito ao consumo que bateu um novo recorde com 827 milhões de novos créditos em Julho. |
5 comentários:
Como é evidente, boa parte d"os 1.960 obstetras inscritos na Ordem dos Médicos" estão no estrangeiro e não deveriam sequer figurar nas estatísticas portuguesas. Estão a trabalhar no Reino Unido ou alhures, onde aliás são muito necessários - a falta de médicos é um problema europeu, não somente português.
Não invente coisas. Se não sabe ou não tem como saber, faça a coisa menos estúpida possível recorra à IA e obterá uma resposta assim:
«Não há um número oficial público exactamente para “médicos obstetras portugueses a trabalhar no estrangeiro”. Com os dados públicos disponíveis dá-se uma estimativa aproximada — usando proxies — de ordem das dezenas (por exemplo ~80 obstetras entre 2022–2024 que pediram certidões), mas isto tem muitas incertezas e não deve ser tomado como um valor confirmado.»
Portanto: não se sabe quantos obstetras portugueses trabalham no estrangeiro, embora se possa estimar que sejm talvez da ordem de 100, mas não passa disso mesmo, uma estimativa.
Certo, certo é que Portugal não tem 1960 obstetras, tem menos que isso, de facto ninguém sabe quantos tem, porque ninguém sabe quantos estão no estrangeiro.
Parece-me um bocado espantoso, porque praticamente todos os médicos obstetras trabalham em hospitais e portanto, perguntando em todos os hospitais do país para saber que obstetras trabalham neles, deveria ser possível saber exatamente quantos obstetras trabalham em Portugal.
Agora, usar o número de 1960 inscritos na Ordem dos Médicos é que é, evidentemente, um disparate.
~80 obstetras "não passa disso mesmo, uma estimativa" e "usar o número de 1960 inscritos na Ordem dos Médicos é que é, evidentemente, um disparate", porque "como é evidente, boa parte d"os 1.960 obstetras inscritos na Ordem dos Médicos" estão no estrangeiro."
É isso mesmo, não se devem usar estimativas quando se dispõe de evidências.
Se não sabe ou não tem como saber
O que é revoltante é que ninguém, aparentemente, saiba.
Seria simples: de cada vez que um hospital do SNS contrata (de forna permanente ou temporária) um obstetra, anota o nome dele. No fim do ano recolhem-se todos os nomes de obstetras de todos os hospitais do SNS, e fica-se a saber quantos obstetras disponíveis para trabalhar para o SNS houve nesse ano.
Pode também pedir-se aos hospitais privados que façam a mesma tarefa, embora eventualmente não seja possível obrigá-los a tal. Se for, fica-se a saber quantos obstetras houve nesse ano a trabalhar em Portugal.
Porque é que o Governo não se dá ao trabalho de recolher estes dados?
Parece-me que há aqui muita incúria e muita cumplicidade, tanto da parte do Governo como da parte dos administradores hospitalares, com as manobras manhosas dos médicos e da sua Ordem.
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