No Portugal dos Pequeninos não se procuram soluções, procuram-se bodes expiatórios
O acidente do elevador da Glória preencheu providencialmente o vazio que os incêndios florestais deixaram nos mídia do regime. Surgiram como cogumelos depois da chuva os especialistas em elevadores que multiplicaram as teorias explicativas das causas do acidente, fundadas no princípio de que os acidentes não podem acontecer e de que a manutenção não se destina a diminuir a sua probabilidade e a mitigar as suas consequências e que gestão do risco é uma espécie de evangelismo.
Daí passou-se à procura de bodes expiatórios e os mais óbvios seriam os “privados” encarregados da manutenção do elevador, rapidamente abandonados - uma vez que os “privados” só procuram o lucro estava tudo explicado. O passo seguinte foi escolher os bodes expiatórios que entregaram a manutenção aos “privados”. O alvo mais à mão seria o presidente da Carris que não era a melhor escolha porque a "externalização" da manutenção, assim lhe chamaram os apparatchiks sindicais, foi aprovada em 2012 pelo governo de Passos Coelho de quem então dependia a Carris. Como este último já está politicamente falecido há vários anos, restava o Eng. Moedas, actual presidente da câmara, que tendo pedido a demissão do Dr. Medina por causa do "Rússiagate", viu agora o líder parlamentar do PS retribuir-lhe a cortesia. O Eng. Moedas, esse Homem-Borracha que a sua voz de cana-rachada torna um alvo fácil de toda a oposição desde o Dr. Ricardo Araújo Pereira, até à Dr.ª Mariana, é um bode expiatório muito conveniente já que estamos a um mês das eleições municipais. E pronto está tudo explicado.
O futuro é cor-de-rosa, perdão laranja
O Dr. Montenegro pode não conseguir outros feitos mas está a conseguir convencer os portugueses «que têm mais dinheiro no bolso» e os portugueses respondem da forma habitual – compram mais popós que este ano se estão a vender como pãezinhos quentes com um aumento de 6,1% até Agosto. O taxa de motorização é aliás um dos poucos indicadores em que o Portugal dos Pequeninos com os seus 550 veículos de passageiros por mil habitantes convergiu com a UE.
Este governo (e os anteriores) esperam que os “privados” façam o papel da assistência social (2)
Em 2016 o Dr. Costa anunciou que até 2020 todas as crianças teriam acesso ao ensino pré-escolar. Nove anos depois, o número de crianças matriculadas era praticamente o mesmo de 2016 e havia milhares de crianças sem vaga. Dezasseis meses depois da posse do primeiro governo AD das 12.475 lugares que o governo espera serem proporcionados pelos “privados” estes só ofereceram 1.213 lugares e agora o semanário de reverência escreve que «recurso ao sector privado não resolveu o problema» e não explica que os 208 euros de mensalidade que o governo pretende pagar aos “privados” não pagam os custos e que os “privados” não podem cobrar impostos aos seus clientes e não são um sucedâneo da assistência social.
Ideias simples para reformas baratas
Vem a propósito do ensino pré-escolar sugerir ao Dr. Matias, ministro da Reforma do Estado, reduzir algumas das centenas de páginas espalhadas por 6 leis, 5 decretos-leis, 4 portarias e 14 despachos que compõem o quadro regulamentar do ensino pré-escolar, incluindo o Plano individual de sesta proposto pelo PAN.
O Dr. Montenegro continua a trabalhar para aumentar a felicidade dos seus funcionários
Depois do Dr. Matias ter garantido que das suas reformas não resultaria a redução do Estado e, consequentemente, não estaria ameaçado o emprego vitalício dos utentes da vaca marsupial pública, o governo está a rever “em alta” os aumentos salariais dos funcionários públicos para o período 2025-2028.
Boa Nova. O Dr. Montenegro anuncia o fim da crise de habitação
Num encontro do PSD, o Dr. Montenegro anunciou quatro medidas das quais resultaria o fim da crise da habitação: (1) linha de crédito de 1,3 mil milhões do BEI para construir 133 mil habitações; (2) cadastro dos edifícios públicos, transferindo os devolutos para a Estamo; (3) documento digital do imóvel; (4) centralizar no IHRU (Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana) a gestão pública da habitação. (fonte)
Parece razoavelmente evidente que a terceira e quarta medidas não têm quaisquer virtualidades para mitigar carência de habitação e a segunda está em curso há 25 anos. Resta o financiamento do BEI e lá estamos nós outra vez pendurados na Óropa.
Portanto, em matéria de habitação estamos conversados. Ou talvez não, se o desejo de aumentar a felicidade dos funcionários levar o governo a criar para os 500 a 700 novos militares que o Exército vai recrutar 27 apartamentos e recuperar 427 de edifícios públicos. (fonte)
Boa Nova. O Dr. Montenegro anuncia o fim da crise de habitação
Num encontro do PSD, o Dr. Montenegro anunciou quatro medidas das quais resultaria o fim da crise da habitação: (1) linha de crédito de 1,3 mil milhões do BEI para construir 133 mil habitações; (2) cadastro dos edifícios públicos, transferindo os devolutos para a Estamo; (3) documento digital do imóvel; (4) centralizar no IHRU (Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana) a gestão pública da habitação. (fonte)
Parece razoavelmente evidente que a terceira e quarta medidas não têm quaisquer virtualidades para mitigar carência de habitação e a segunda está em curso há 25 anos. Resta o financiamento do BEI e lá estamos nós outra vez pendurados na Óropa.
Portanto, em matéria de habitação estamos conversados. Ou talvez não, se o desejo de aumentar a felicidade dos funcionários levar o governo a criar para os 500 a 700 novos militares que o Exército vai recrutar 27 apartamentos e recuperar 427 de edifícios públicos. (fonte)
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