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07/05/2025

ESTÓRIA E MORAL: «Às ordens do movimento»

Estória

No dia 25 de Abril de 1974 o que restava do Estado Novo ruiu de mansinho empurrado pelo golpe militar. Num outro país provavelmente haveria centenas ou milhares de mortos, como aqui ao lado a guerra civil espanhola causou meio milhão de mortos. No Portugal dos Pequeninos houve quatro mortos e umas dezenas de feridos quando o pessoal da política política encurralado na sede da PIDE, que durante o marcelismo tinha mudado de nome para DGS, atirou sobre os manifestantes, possivelmente mais por medo do que outra coisa.

O major Silva Pais, num depoimento só agora tornado público, descreveu assim a rendição da PIDE de que tinha sido director.    
João Abel Manta
Mais extraordinário do que a queda quase pacífica do Estado Novo é este depoimento do director da polícia política que os delírios anti-fascistas domésticos comparam com a Gestapo - Geheime Staatspolizei - (mas não comparam com o KGB - Комитет Государственной Безопасности, et pour cause), declarando que «aguardava ordens do Movimento», estava às suas «ordens» e recebeu o seu representante «com todas as atenções».

Moral

O Portugal dos Pequeninos é um país de «brandos costumes» como disse António Oliveira Salazar, em entrevista a António Ferro, intelectual republicano admirador de O Botas e uma espécie de ideólogo do salazarismo.

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