Recapitulando: o intervencionismo dos bancos centrais (Fed e BoE, copiados pelo BCE), adoptando o alívio quantitativo e as taxas de juro negativas ou nulas, desde o «whatever it takes» do Super Mario de Julho de 2012 criou oceanos de liquidez que impulsionaram os mercados de capitais e incentivaram o investimento em activos de risco, criando as condições para um processo inflacionário que só esperava um trigger que surgiu com a invasão da Ucrânia.
A necessidade de aliviarem os seus balanços, secarem os oceanos de liquidez e conter a inflação levou os bancos centrais a aumentarem as taxas de referência e passarem do quantitative easing para o quantitative tightening, que é como quem diz passaram da folga para o aperto.
O diagrama ilustra mais uma das consequências da folga seguida de aperto: as startups tecnológicas valem hoje menos do que o dinheiro que os venture capitalists lá aplicaram.
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