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05/02/2009

BLOGARIDADES: Ténis no sofá e o beicinho de Federer

Só hoje li este diletantismo do maradona: «erros não forçados (esta a estatística mais burra do planeta, que esconde muita merda e que, se não for levada com cuidado, só pode induzir em erro)». Imagino tal boutade a ser dita por uma criatura cuja prática tenística se desenvolve em frente ao ecrã e, eventualmente, tem dificuldades em distinguir o punho da cabeça da raqueta. Se há coisa mais devastadora para a maioria dos tenistas são os erros não forçados e Roger Federer, apesar do seu génio com uma raqueta na mão, não parece ser excepção. Federer controla bem o body language (até ao ponto que ao segundo erro forçado consecutivo já faz beicinho), mas controla mal as suas emoções. Pelo contrário, Nadal joga cada ponto como se não houvesse passado nem futuro. Não há muitos assim, estou-me a lembrar de Monica Seles. Um erro não forçado de Federer aumenta a probabilidade condicionada do seguinte. Um erro não forçado de Nadal é igual ao litro.

Confira-se os «Five Ways to Beat Roger Federer» e o que disse Jim Courier sobre a vulnerabilidade de Federer quando joga contra paredes (como Rafa) que devolvem todas as bolas: «The one common thread running through his losses is that all those guys play spectacular defense. What would be winners against most players aren't, and that can frustrate Roger.»

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