Só hoje li este diletantismo do maradona: «erros não forçados (esta a estatística mais burra do planeta, que esconde muita merda e que, se não for levada com cuidado, só pode induzir em erro)». Imagino tal boutade a ser dita por uma criatura cuja prática tenística se desenvolve em frente ao ecrã e, eventualmente, tem dificuldades em distinguir o punho da cabeça da raqueta. Se há coisa mais devastadora para a maioria dos tenistas são os erros não forçados e Roger Federer, apesar do seu génio com uma raqueta na mão, não parece ser excepção. Federer controla bem o body language (até ao ponto que ao segundo erro forçado consecutivo já faz beicinho), mas controla mal as suas emoções. Pelo contrário, Nadal joga cada ponto como se não houvesse passado nem futuro. Não há muitos assim, estou-me a lembrar de Monica Seles. Um erro não forçado de Federer aumenta a probabilidade condicionada do seguinte. Um erro não forçado de Nadal é igual ao litro.
Confira-se os «Five Ways to Beat Roger Federer» e o que disse Jim Courier sobre a vulnerabilidade de Federer quando joga contra paredes (como Rafa) que devolvem todas as bolas: «The one common thread running through his losses is that all those guys play spectacular defense. What would be winners against most players aren't, and that can frustrate Roger.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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05/02/2009
BLOGARIDADES: Ténis no sofá e o beicinho de Federer
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He talks the talk but doesn't walk the walk
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