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02/03/2004

AVALIAÇÃO CONTÍNUA/CONTINUOUS APPRAISAL: A 3ª e 4ª estão mortas. Viva a 5ª Internacional./The Orphans Founding Fathers of the 5th International.

Summary for the sake of
A few years ago, the remains of communism, in Stalinist, Trotskyite and Maoist versions of theirs, had gathered together and with the queer congregation to launch a new creature of their dead minds named Bloco de Esquerda (Left Block).
In a dinner to commemorate the 5th anniversary of such alien creature, the orphans of the 3rd International, the orphans of 4th International, and the just orphans, inescapably, produced a lot of noisy flatulencies, such as the idea, to name one, of creation of a new anti-globalization International (the 5th, I guess).


Secção Padre Anchieta
O comício gastronómico do Bloco de Esquerda no passado Sábado foi pródigo em flatulência, de que se citam apenas duas e meia, com a respectiva tradução para leitores não versados em bloquês.
«Ao contrário do nacional-comunismo do PCP, o Bloco entende que os destinos e as tarefas da sociedade são indissociáveis do movimento internacional por uma globalização alternativa», disse o professor Fernando Rosas, que por um pouco não foi nosso presidente da República. Recordando com saudade os seus anos de maoísmo, continua a rejeitar o social-fascismo (era esse o nome em vigor que o professor, quando aluno, chamava às múmias comunistas) e, novidade, quer agora construir a 5ª Internacional. Para quem não se recorde, a 3ª foi extinta pelo José Estaline, pai deles todos, excepto dos adeptos da 4ª, que foi criada pelo pai do tele-evangelista, Leão Trotsky, que, por sua vez, foi mandado matar pelo exterminador da 3ª.

O professor Rosas ainda teve tempo de esclarecer os fiéis que «acabou com os tiques do centralismo democrático, com os dogmas da vanguarda, criando um movimento plural», que, diria eu, é um movimento mais singular do que plural.

«A Forza Italia do primeiro-ministro italiano Berlusconi, de um magnata que instrumentalizou o povo italiano e está a pôr a toque de caixa toda a comunicação social. É esta a fonte de inspiração de quem agora decidiu que Portugal precisa de força. Mas não passarão», disse o doutor Miguel Portas, qual Pasionaria de calças, querendo significar que o povo italiano é completamente estúpido, os jornalistas italianos um cambada de vendidos e que alguém decidiu alguma coisa no nosso país, mas que ele, doutor Portas, e os outros bloquistas, muitos deles jornalistas, interporão os seus corpos no caminho dos putativos decisores.
Podemos dormir descansados.

Para estes dois ilustres representantes da esquerdalhada vão 5 bourbons e outros 5 chateaubriands, os primeiros para premiar as almas das duas criaturas, encalhadas algures numa qualquer década do século passado, e os segundos para premiar a confusão em que estão ensopadas.

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