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08/11/2009

ARTIGO DEFUNTO: os desígnios do jornalismo de causas são insondáveis

É extraordinário. Uma criatura que todos os sábados dos últimos quatro anos na sua página «Cem por cento» do suplemento Economia do Expresso derramou optimismo e confiança na clarividência dos poderes do socratismo para conduzir o país em direcção aos amanhãs que cantam, perdeu subitamente a fé, converteu-se ao pessimismo, que antes responsabilizava pelos males pátrios, e escreveu um artigo a que dá o título tremendista (Vieira da Silva dixit) «O que vem aí é dantesco». Como se fosse pouco, Nicolau Santos planta na sua página a expressão do desgosto ressentido do expatriado Jorge de Sena:
«Esta é a ditosa pátria minha amada. Não. Nem é ditosa, porque não o merece. Nem minha amada, porque é só madrasta. Nem pátria minha, porque eu não mereço a pouca sorte de ter nascido nela
Bem vindo à terra. Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

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