Segundo o modelo econométrico que os doutores Pereira e Jorge Andraz usaram no estudo "O impacto económico e orçamental do investimento em Scut" que acabam de publicar, por cada milhão de euros que o governo investir em infra-estruturas rodoviárias o efeito acumulado no PIB será de 18 milhões de euros, a longo prazo (quando todos estivermos mortos, como dizia o velho Keynes).
Ultrapassando a dúvida inconveniente que se poderia colocar a respeito dum país como a Irlanda que, não tendo praticamente auto-estradas, conseguiu em 20 anos passar de um PIB per capita igual ao português para praticamente o dobro, o modelo dos doutores Pereira e Jorge Andraz mostra claramente o auto-estrada para a convergência real.
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Tudo isto sem o desconforto das reformas, a dor dos despedimentos, a trabalheira das qualificações profissionais, o risco do investimento, a maçada das conquistas dos mercados.
Meu deus, porque é que ainda não me tinha lembrado disto antes?
(1) Um pouco mais do dobro dos 960 km existentes e perfeitamente ao nosso alcance.
(2) Deveríamos preparar-nos para uma cruzada longa e maçadora do doutor Miguel Sousa Tavares, por lhe estragarem a vista rústica que desfruta do seu monte, mas acredito que valerá a pena.
(3) É uma estimativa conservadora. Com um cambão como deve ser poderia facilmente atingir-se os 3 milhões de euros por km e teríamos um efeito acumulado no PIB de 108 mil milhões.
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