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01/05/2006

ARTIGO DEFUNTO: o manteiguismo atinge os pináculos inatingíveis da desfaçatez

Fica para a estória da desfaçatez dos mídia a explicação escondida na página 6 do Expresso para o facto do professor Cavaco Silva não ter dito no seu discurso do dia 25 o que o pasquim anunciou que iria dizer, certamente fruto das escutas com um micro escondido debaixo dos travesseiros presidenciais. É preciso mais lata do que a que o doutor Ulrich diz que o doutor Teixeira Pinto tem, para escrever que «o Expresso deu assim a entender que esse (o puxão de orelhas aos deputados) seria o assunto central do discurso do Presidente. Tal não aconteceu, como se sabe, e disso nos penitenciamos?»

Tal desfaçatez só é igualada em magnitude pelo manteiguismo da página professor doutor Freitas do Amaral - uma página que o semanário lhe dedica a propósito de trivialidades (ou de maneiras triviais de tratar assuntos sérios). Na página insere-se uma foto do pomposo ex-delfim do marcelismo, ex-rigorosamente ao centro, ex-fascista para o doutor Soares, ex-compagnon de route do professor Anacleto, ex-inimigo figadal do chefe nazi Dubia. Ao fundo do compartimento onde se encontra sua excelência, aparece em contraluz um volumoso ventre dum vulto que parece ser o spin doctor privativo de sua excelência - o jornalista de causas Carneiro Jacinto, o promotor da imagem do excelso.

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