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O tema Moniz terá mesmo chegado a ser objecto de conversas entre os chefes dos governos de Portugal e Espanha, sobretudo desde que o espanhol Manuel Polanco deixou a administração em Portugal (Janeiro deste ano) e Moniz passou a ter quase todo o poder.
A Prisa, que tem uma dívida de cinco mil milhões à banca (dos quais 1,9 tinham pagamento obrigatório em Março passado) conseguiu prorrogar os prazos de pagamento por um ano. Necessita, pois, urgentemente de dinheiro. Já deu como garantia a editora de livros escolares Santillana e outra forma de realizar capital seria vender a TVI. O problema é que o Governo português não facilita qualquer solução que englobe Moniz, ....
As intromissões do Governo espanhol na Prisa devem-se à necessidade de o grupo precisar, mais do que nunca, do apoio governamental que lhe assegura negociações mais favoráveis com a banca. ....
O Expresso apurou, no entanto, que até o regresso de Moura Guedes à antena foi comunicado a Sócrates e que este, na altura, não se terá oposto. "O pior foi depois", acrescentou a mesma fonte. Recorde-se que com a entrada da Prisa na TVI (e a nomeação de Pina Moura para presidente do grupo em Portugal) se gerou a ideia de que seria, a partir de então, uma estação dócil para o Governo. Mas Moniz, como sempre fez na vida, soube esperar e, no momento certo, fez o que lhe apeteceu.
...»
[«Director da TVI tornou-se incómodo para a Prisa», artigo não assinado na edição impressa do Expresso de 20-06-2009]
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