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10/06/2009

A maldição da tabuada (3)

Já que escrevi sobre o drama das contas do recenseamento, as angústias das agências de sondagens (1) e as dificuldades da associação dos polícias com a contagem dos seus sócios ou com a estimativa das necessidades de policiamento (2), vem a propósito lembrar as dificuldades dos governos para fazerem as contas das obras públicas e as contas em geral.

Segundo o Tribunal de Contas, até agora a única instituição pública cujas contas ainda não foram colocadas em causa (3), o custo das cinco obras públicas auditadas derrapou de 427 milhões para 706 milhões e foram encontradas irregularidades na despesa pública de 1,3 milhões de euros em 2008, um acréscimo de 60% em relação a 2007.

NOTAS:
(1) Sobre as sondagens é oportuno lembrar que o CDS pretende eliminar o mal pela raiz e, não podendo eliminar as sondagens ou as agências, ou ambas, propõe-se impedir as sondagens durante as campanhas.
(2) A própria tutela dos polícias também parece estar um pouco perdida com as contas.
(3) Posso admitir que os órgãos da administração pública, cujas contas o TC audita, não sabendo fazer contas, terão dificuldades em pôr em causa as reservas do TC às suas próprias contas.

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