Com a proibição de fumar nas instalações das empresas francesas desde 1 de Fevereiro, levantou-se uma nova questão que tem virtualidades de incendiar a França. Uma vez que os fumadores vão ter que fazer umas pausas para matar o vício na rua, devem essas pausas ser ou não contadas para efeito do cumprimento das 35 horas por semana?
Questão irrelevante? Talvez noutras paragens. Em França o tribunal da relação de Paris já fez doutrina no que respeita a contar como horário de trabalho os minutos que o pessoal da Euro Disney gasta entre os vestiários e o local de trabalho no parque. Em 2005 os caminhos de ferro franceses negociaram com os sindicatos a concessão de um feriado público contra 1m 52s de trabalho extra por dia.
Em alternativa a darem as suas passas na rua, os trabalhadores franceses poderão fazê-lo nos fumoirs nas instalações das empresas, que não poderão ter mais de 35m2, não podendo o pessoal de limpeza entrar nos fumoirs antes de decorrida 1 h depois do último viciado ter saído.
Extraordinário? Nem por isso. Afinal estamos a falar dum país onde a maior ambição da esmagadora maioria dos jovens é serem funcionários públicos.
Est que c'est bizarre? Pas du tout. C'est la France. Voilà.
(Estas e outras estórias tipicamente gaulesas podem ser lidas neste Economist já velhinho)
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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