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11/08/2007

DIÁRIO DE BORDO: eu diria mesmo mais

«No entanto, nem todas as pessoas com comportamentos homossexuais são homossexuais biológicos. As comunidades homossexuais dependem da transmissão cultural para se formar e para se expandir. Para se formarem novas comunidades porque o baixo número de homossexuais na população torna difícil a formação de comunidades de pessoas com os mesmos interesses sexuais. Para se expandir porque quer os homossexuais biológicos quer os culturais precisam, para aderirem às comunidades homossexuais, de ultrapassar as barreiras culturais que as sociedades tradacionais colocam à homossexualidade.

Sendo assim, a selecção cultural tenderá a premiar a cultura gay que se auto-promove, quer através de manifestações públicas, quer através da arte e da literatura. Não é por isso estranho que a cultura gay tenha gerado manifestações públicas exuberantes como as paradas gay. E também não é estranho que se procure enquadrar adolescentes nessas paradas (ver aqui, e aqui). Os adolescentes são ao mesmo tempo um alvo fácil e apetecível. Fácil porque se encontram em formação. Apetecível porque garante a transmissão da cultura gay muito para além da próxima geração. Se as igrejas e os clubes de futebol procuram recrutar os seus futuros elementos nas camadas mais jovens, porque é que a comunidade gay não haveria de o fazer? Devemos esperar que a preocupação em transmitir ideias e comportamentos aos menores seja uma característica de qualquer cultura bem sucedida
[do post blasfemo Adolescentes nas marchas gay]
[foto da Canal Parade Amsterdão 7 de Agosto, também publicada pel'O Insurgente]

Eu diria mesmo mais, se a comunidade gay procura recrutar os seus futuros elementos nas camadas mais jovens, porque é que a comunidade homofóbica não haveria de o fazer?

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