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04/08/2007

BREIQUINGUE NIUZ: um contabilista em Belém?

É difícil a uma criatura não contaminada pelo controleirismo serôdio do ministro doutor Santos Silva deixar de concordar com o veto do presidente da República ao vergonhoso estatuto do jornalista.

Para rejeitar o diktat corporativista da limitação aos licenciados do acesso à profissão de jornalista o professor Cavaco Silva tinha à mão argumentos de peso (uma inaceitável intromissão do estado napoleónico-estalinista no exercício da profissão) e até alguns politicamente correctos (a discriminação dos jovens vítimas do insucesso escolar). Como compreender que não tenha encontrado um fundamento melhor do que «o acréscimo de despesas de pessoal» (Expresso) que daí resultaria?

[É uma pergunta retórica. A impermeabilidade do professor Cavaco à política pura e dura e a sua insegurança face às ideias, que o leva constantemente a camuflar as escolhas políticas sob vestes pseudo-técnicas, não faria prever outra coisa.]

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