More examples picked up from those described by Christopher Rufo of neo-Marxism in institutions controlled by the clique of believers.
«In 2020, however, many families had been keeping closer tabs on their children’s education because of the corona virus lockdowns and remote learning requirements. The curriculum, they discovered revealed its radicalism in the details.
One family, which had moved to Beaverton int part for the city’s highly rated public schools, collected a folder of lesson being taught to their third-grade child. (…)
The final modules presented the solution: students must embrace the principles of "revolution," "resistance," and "liberation." The teacher introduced these principles through a series of photographs of child activists, the Black Power fist, and Black Lives Matter demonstrations, (…) In the final lesson, the curriculum instructed third graders to "do the inner work to figure out a way to acknowledge how you participate in oppressive systems," (…)
Families who leamed about the curriculum were outraged.
One mother, who originally emigrated from Iran to the United States, said the lessons were "absolutely unacceptable" and reminiscent of the political indoctrination in the Islamic Republic. "I moved here because this is America, because of the rights and the opportunities that we have. And this is not where I want my country togo," she explained. When asked about her own childhood in Iran, she broke down in tears. "I remember when we would line up in the morning in an assembly. We had to chant 'Death to America.' I remember being in elementary school and thinking, 'I don't want to chant this. I have aunts and uncles in America. I don’t want them to die.” (...)
The mother pointed out that many Iranians initially supported the Islamic Revolution in 1979 in order to depose the shah and usher in a better world, only to be bitterly disappointed. (…)
And, she believed, it could happen in America: "I'm fighting this at the school and even at my work, because I see this country going that way." Unfortunately, the kind of teaching in Beaverton is no longer the exception in the state of Oregon-it is fast becoming the rule. ln 2017, Oregon state legislators passed a bill that overhauled the state curriculum and installed a mandatory "ethnic studies" program that reflects the emergent racial orthodoxy, which, in the language of the Critical! Ethnic Studies Association, promises to deconstruct, dismantle, abolish, eradicate, resist, and interrupt the component parts of the liberal order.»
(To be continued)
4 comentários:
«students must embrace the principles of "revolution," "resistance," and "liberation." (…) In the final lesson, the curriculum instructed third graders to "do the inner work to figure out a way to acknowledge how you participate in oppressive systems"»
Lá está, "revolução," "resistência," e "libertação"... o Rufo argumenta que o wokismo não tem como objectivo tomar o poder, mas estas palavras mostram o contrário.
Repare-se, "revolução" implica mudança. Aliás, o dicionário da Porto Editora define revolução da seguinte forma:
revolução
re.vo.lu.ção
nome feminino
1. acto ou efeito de revolucionar, de causar mudança profunda em
2. ASTRONOMIA movimento de translação de um astro, em relação a outro (por exemplo, o dos planetas em torno do Sol; o da Lua em torno da Terra; etc.)
3.ASTRONOMIA regresso de um astro a um ponto da sua própria órbita
4.MATEMÁTICA rotação de volta inteira, num plano, em torno de um ponto
5.movimento em torno de um eixo; movimento circular
6.volta completa; giro, rotação
7. POLÍTICA movimento insurreccional contra o poder estabelecido; revolta, sublevação, motim
8. POLÍTICA conjunto de alterações bruscas e profundas nas estruturas políticas, económicas, sociais e institucionais de uma comunidade, geralmente imposto de forma violenta
9.figurado qualquer mudança brusca e profunda
10.figurado agitação, desordem
11.náusea; repulsa
Portanto, os wokistas querem mudar o sistema político de uma forma profunda e radical. As palavras "resistência" e "libertação", neste contexto, só podem significar "resistência" ao poder vigente e "libertação" do sistema de poder vigente.
É por isso que eu não consigo entender como é que o Rufo é tão certeiro a diagnosticar o problema, para depois ser incapaz de chegar ao cerne da questão: o wokismo é, de facto, uma forma de neomarxismo. E os seus objectivos são praticamente os mesmos do marxismo: tomar o poder, desapossar as classes mais abastadas (incluindo a classe média) e estabelecer um sistema de governação em que o Estado tenha uma força desmedida. A única diferença para o marxismo é que os wokistas parecem subscrever uma versão distorcida do capitalismo de Estado, em que algumas empresas (e.g. Disney, Amazon, Budweiser, etc.) serão livres de operar desde que obedeçam à lógica 'woke', i.e. desde que tenham programas de "diversidade" e contribuam para a doutrinação das massas.
O Afonso tem razão na sua análise mas, parece-me, faz uma utilização pouco rigorosa, ou desactualizada da sua caracterização. Foi adoptada, há uns anos, a designação “marxismo cultural” para definir estes fenómenos, que nada têm a ver com o marxismo histórico, e só serve para desviar atenções. Este tipo de anormalidades, há 70 anos, davam direito a um bilhete sem retorno do “gulag”, na melhor das hipóteses.
Temos vindo a utilizar o termo “marxismo” como um espantalho, tal como se usam os termos “fascismo” e “nazismo” para provocar respostas pavlovianas a certas vertentes da dissidência, não aceites pelo pensamento único, para as desqualificar e afastar da discussão pública, quando, na verdade, o fascismo e o nazismo estão mortos e enterrados há 80 anos.
O que estamos a assistir, é à evolução do liberalismo. Chamemos-lhe um liberalismo 2.0 para distinguir do liberalismo clássico (tem outros nomes: “turbocapitalismo”, “capitalismo-LGBT”, etc). Este liberalismo 2.0 é um violento opositor do liberalismo clássico; Donald Trump é um exemplo do que resta do liberalismo clássico, e por isso é combatido por todos os meios pelos poderes actuais, liberais e democratas. De certa forma, ao desejar a vitória de Trump, o que se propõe é o regresso ao passado, quando as manifestações “woke” e afins ainda eram embrionárias; mas a sociedade que as gerou, permanece a mesma, e o percurso histórico do liberalismo é aquele, e não outro, e virá a desembocar no mesmo, mais tarde ou mais cedo.
Alexandre Dugin tem textos excelentes sobre este tema.
O liberalismo, desde o seu aparecimento, apoia um tipo de causas disruptivas, essa é a sua essência (mesmo quando se combate a si próprio, para passar à “fase seguinte”); começa com a ascensão da burguesia, com o mercantilismo, e com a liberdade individual; a liberdade individual é a raiz de tudo o que observamos: liberdade religiosa, liberdade social, liberdade sexual, liberdade de género e, por fim, a singularidade: libertar-se da própria condição humana e fundir-se com a máquina. Este é o sonho último, preconizado e assumido, dos senhores de Davos, pela voz de Yuval Harari – a destruição do ser humano.
O mercantilismo levou à sociedade líquida: o desenraizamento de do indivíduo transformando-o numa cifra intercambiável num mercado global. Assim, não há qualquer problema em preencher a Europa por Africanos ou Asiáticos, porque todos são “cidadãos do mundo” e deslocalizáveis, para servir onde for necessário como mão de obra excedentária, e como consumidores globais, para fazer descer os custos de produção e permitir amassar fortunas colossais, como nunca se viu no passado.
Daqui o ataque a todos os vínculos históricos e culturais, e a sua substituição por ecologismos, gayzismo, e os “novos valores”. Chegará também o ponto em que as pessoas são excedentárias; nessa altura, a população tem de sofrer uma redução brutal, e os métodos assomam por todos os lados: guerras, pandemias, promoção da esterilidade, etc.
Estes são os frutos do liberalismo. Para desfrutar...
«Foi adoptada, há uns anos, a designação “marxismo cultural” para definir estes fenómenos, que nada têm a ver com o marxismo histórico»
É verdade que o wokismo é uma forma de marxismo cultural, mas não é verdade que não tenha nada a ver com marxismo. O marxismo cultural surge da conclusão, por parte dos “intelectuais” da Escola de Francoforte, que a adesão dos povos do Ocidente ao marxismo não era viável, porque a cultural ocidental premiava a meritocracia, o que era incompatível com a detenção dos meios de produção por parte do Estado. Confrontados com este problema, a solução que eles implementaram foi substituir a dicotomia “burguesia vs. proletariado” pela dicotomia “opressores vs. oprimidos”. O wokismo continua a ser marxismo puro e duro, mudou apenas a forma como se olhava para a “luta de classes”.
«Este tipo de anormalidades, há 70 anos, davam direito a um bilhete sem retorno do “gulag”, na melhor das hipóteses.»
Claro, porque na União Soviética o marxismo original já tinha vingado! Logo, já não era preciso reformulá-lo e fazer engenharias sociais para tomar o poder. Não se pode comparar isso com o que está a acontecer no Ocidente, onde o marxismo original fracassou rotundamente. São dois casos completamente diferentes!
«só serve para desviar atenções.»
Errado. Serve para tomar o poder. Os gueis e as lésbicas votam maioritariamente à Esquerda. Os negros, os asiáticos e os hispânicos votam maioritariamente à Esquerda. As mulheres votam maioritariamente à Esquerda. Isto é exactamente o que os marxistas culturais pretendiam…
«na verdade, o fascismo e o nazismo estão mortos e enterrados há 80 anos.»
Mas afinal estamos a falar de marxismo ou de fascismo e de nazismo?
«O que estamos a assistir, é à evolução do liberalismo.»
Não. Liberalismo implica MENOS Estado. O wokismo implica MAIS Estado. Logo, não há nada de liberal no wokismo, por muito que algumas pessoas que se intitulam liberais pensem o contrário, por não percebem que certos tipos de “liberdade” individual só podem ser assegurados mediante a coerção do Estado.
«Este liberalismo 2.0 é um violento opositor do liberalismo clássico»
Discordo totalmente. Basta olhar para os membros da IL: eles são liberais na economia e nos costumes. Ou seja, eles não se opõem ao liberalismo clássico, eles acham é que o liberalismo clássico ainda não vai longe o suficiente.
«Donald Trump é um exemplo do que resta do liberalismo clássico, e por isso é combatido por todos os meios pelos poderes actuais, liberais e democratas.»
Não, Donald Trump não é visto como liberal, mas sim como conservador e proteccionista. Um liberal clássico jamais proporia construir um muro para controlar a imigração, uma vez que, para os liberais, a imigração é apenas mais uma variável de decisão do problema de optimização do crescimento económico.
«De certa forma, ao desejar a vitória de Trump, o que se propõe é o regresso ao passado»
Exacto, mas um regresso ao passado conservador, não ao passado liberal.
«a liberdade individual é a raiz de tudo o que observamos: liberdade religiosa, liberdade social, liberdade sexual»
Não sei o que se entende por “liberdade social” mas, quanto às outras duas, se não fosse a liberdade religiosa, o Ocidente estaria agora como o Irão. E quanto à liberdade sexual, a maior parte das “intelectuais” feministas que envenenaram a sociedade norte-americana primeiro e depois o resto do Ocidente era marxista, não era liberal.
«Assim, não há qualquer problema em preencher a Europa por Africanos ou Asiáticos, porque todos são “cidadãos do mundo” e deslocalizáveis, para servir onde for necessário como mão de obra excedentária, e como consumidores globais»
Verdade, e eu próprio tenho alertado para essa realidade ao longo dos anos, mas o problema é que a imigração não é fomentada apenas pelos liberais. Se isto não tem nada a ver com marxismo, então porque é que o BE, o PCP e o Livre estão entre os maiores defensores incentivadores das fronteiras escancaradas? Querem ver que afinal estes partidos são liberais?
«Daqui o ataque a todos os vínculos históricos e culturais, e a sua substituição por ecologismos, gayzismo, e os “novos valores”.»
Lá está, tudo coisas que a Esquerda também promove. Não consigo perceber, muito sinceramente, como é que o Espartano pode achar que é tudo uma questão de liberalismo. A esmagadora maioria dos proponentes do wokismo são de Esquerda. Há alguns liberais que também gostam do do wokismo, mas a esmagadora maioria é de Esquerda.
E outra coisa muito importante: criticar o marxismo não implica não criticar o liberalismo, e vice-versa. Eu faço questão de criticar ambos e também a Igreja. Considero que os três grandes proponentes da imigração na Europa são o neomarxismo, o liberalismo e as várias Igrejas e denominações cristãs.
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