«No caso dos consumidores domésticos, o sinal preço não é assim tão importante. Há uma falta de sensibilidade destes clientes ao tarifário. A ERSE tem que fazer mais do que fixar tarifas elevadas. Assim, além do tarifário, o regulador tem que promover outras medidas, como amplas campanhas de indução do uso eficiente da energia. Por isso, vamos fazer uma grande campanha de esclarecimento até ao fim deste período regulatório, em 2008, com a disponibilização de 10 mil milhões de euros (*) por ano para este objectivos. Este valor será reflectido nas tarifas, mas vai gerar um benefício para os consumidores de 38 milhões de euros, de acordo com as nossas estimativas.»(Entrevista ao Expresso do doutor Vítor Santos, presidente da ERSE)
(*) 10 mil milhões de euros só pode ser uma gralha do Expresso ou uma distracção do doutor Santos. Dez milhões já seria uma enormidade, quanto mais.
Está aqui claramente espelhado como a ERSE vê a sua missão: educar o povo. Evoca-me um curto período, há uns anos, em que tentei sensibilizar o meu filho mais novo para se conter no uso do telefone para reduzir a proporções decentes facturas que ameaçavam tornar-se obscenas. A resposta à endoutrinação era invariavelmente: «só faço chamadas necessárias». Resolvi, pouco tempo depois, instituir uma regra: o valor das chamadas que fizesse em excesso duma franquia de 20 euros seriam pagas com a mesada. Será preciso contar o desfecho?
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