Perante este caso de polícia, FNV do Mar Salgado faz uma pergunta irrespondível: «Se tivesse sido uma menina de 11 anos a ser seduzida por um homem de 30, também falaríamos de um "despertar para a heterossexualidade"?»
Irrespondível, porque as criaturas adeptas do politicamente correcto têm dois pesos e duas medidas, consoante esteja em causa a sexualidade (estatisticamente) normal ou a sexualidade (estatisticamente) anormal. Se fosse preciso acrescentar um exemplo, nada melhor que um mesmo à mão ontem publicado no i online. Neste caso a pergunta seria: «é possível (ou melhor ética e deontologicamente aceitável) dar resposta a um homossexual que pede ajuda médica para mudar de orientação sexual»?
Segundo o directório da polícia das sexualidades, representado pelos papas Daniel Sampaio, Francisco Allen Gomes e Júlio Machado Vaz, tal ajuda médica não é aceitável. E porquê? pergunto. Elementar meu caro Watson, porque a homossexualidade não é doença. Como não são doenças o nariz grande, o pénis pequeno e a celulite, que os médicos todos os dias, com grande alegria e proveito, encurtam, esticam ou aspiram, respectivamente (eu escrevi respectivamente).
E, por falar em rectificar, as cirurgias para mudar o sexo, a pretexto de tornar compatível o hardware com o software, são práticas médicas aceitáveis para os papas da sexualidade?
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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05/06/2009
CASE STUDY: ou há moralidade ou comem todos
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Desfazendo ideias feitas,
dissonância cognitiva,
dois pesos
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