Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

20/09/2008

ARTIGO DEFUNTO: Uma 1.ª página que é um cemitério.

«Magalhães, primeiro computador inteiramente português», lê-se na notícia do Expresso «Chavéz outra vez». Magalhães, recorde-se, é o «primeiro computador portátil com acesso à Internet montado em Portugal», que não é primeiro computador portátil com acesso à Internet montado em Portugal, equipado com o «último processador da Intel», que não é o último processador da Intel, que tem seu «lançamento mundial» aqui no burgo, lançamento que já teve lugar em 2006, Intel que escolheu Portugal, que afinal foi quem escolheu a Intel, Intel que terá uma fábrica em Portugal segundo o governo, que nunca existirá, segundo a Intel. Comprova-se o que já tinha sido concluído: o agit-prop do governo não é um insulto à inteligência, pelo menos dos jornalistas do Expresso.

«Lisboa vai ter seis postos de abastecimento para carros eléctricos», lê-se imediatamente abaixo. Aposto, singelo contra dobrado, que ficarão a existir em Lisboa mais postos de abastecimento do que carros eléctricos (isto é com propulsão exclusivamente eléctrica). Não haverá no Expresso um jornalista com o desconfiómetro ligado?

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