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28/09/2008

ESTÓRIA E MORAL: Do jornalismo de causas ao jornalismo de casas.

Estória

«Não existem separações de poder, como pretendem os arautos do neoliberalismo. Há um grupo, fortíssimo, que dirige o mundo, com asseclas a soldo, estipendiados nos jornais, nas rádios e nas televisões, que mantêm as aparências. A economia domina a política. E os políticos servem-se das suas funções para, mais tarde, auferir das prebendas, ocupar lugares nas administrações, receber o pagamento da indignidade. Os exemplos são tão recentes e estão tão vivos na nossa memória que escuso de os referir.»

«E os políticos servem-se das suas funções para, mais tarde, auferir das prebendas». Quem escreve assim é o senhor Armando Baptista-Bastos, o pai do jornalismo de causas - «o porta-voz daqueles que não têm voz, jornalismo de indignação (que não é) indolor e incolor (e de revolta contra os que) querem é capar-nos». O mesmo que explicou ao Expresso que «aqui não há prendas. A casa que alugava há 32 anos estava a cair, eu tinha três filhos e não tinha meios. Escrevi à presidência a pedir uma casa». Casa (um andar na Estrada da Luz) que, também segundo o Expresso, há 14 anos lhe foi atribuída pela Câmara de Lisboa presidida então pelo doutor Sampaio e com o doutor João Soares como vereador da Cóltura.

Esta foi «uma das 3.200 atribuídas por cunha em Lisboa».

Moral

O mel é pouco e os lambedores muitos (provérbio popular).

Pergunta impertinente

Poderei classificar B-B como um assecla a soldo, estipendiado nos jornais?

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