Tenho acompanhado a uma distância respeitosa e prudente a discussão apaixonada, mas um pouco serôdia, sobre os méritos e deméritos do estado fassista do professor Botas. Se a discussão fosse um sismo teria tido o epicentro no Blasfémias, na falha Pedro Arroja, com ondas de choque a propagarem-se um pouco pela bloguilha.
Já estou atrasado para entrar nessa e, para dizer a verdade, tendo vivido 30 anos como súbdito do estado fassista, não tenho pachorra para ler teses sobre o tema.
O que agora me ocupa não é o estado fassista é o estado em que vivemos, democrático pensava eu ingenuamente. Não vivemos. Soube há dias.
Segundo os números do Pocket World in Figures (*) citado por Pedro Arroja (finalmente justifiquei os 2 primeiros parágrafos do post), o estado português é o 4.º mais policiado do mundo. É um estado policial, por assim dizer.
Total police personnel per 100.000 pop.
1. Mauritius 756
2. Italy 560
3. Barbados 516
4. Portugal 491
Portugal tem mais polícias por 100.000 habitantes do que o Casaquistão, que é o 7.º com apenas 464. E onde estão tantos polícias que ninguém os vê quando são precisos? A descansar na esquadra. Por esta e por outras, se me obrigarem a tomar partido, dou razão a Pedro Arroja porque nos tempos do fassismo a polícia era bem menos numerosa (I guess), mas muito mais visível (I swear).
(*) Estes gajos do Economist bem poderiam oferecer-me todos os anos um, a moi que subscrevo assinaturas de 3 anos.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Sem comentários:
Enviar um comentário