Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

26/03/2009

O CAMINHO PARA A SERVIDÃO: O poder arbitrário já está instalado.

«O facto, muito em voga, de se concentrar na democracia o principal valor ameaçado, não é destituído de perigo. E é em grande parte responsável pela crença errónea e infundada de que enquanto a origem última do poder for a vontade da maioria, o poder não pode ser arbitrário. A falsa garantia que muitos obtêm desta crença é uma causa importante da inconsciência generalizada face aos perigos que enfrentamos. Não há justificação para se julgar que enquanto o poder for conferido por procedimentos democráticos, não pode ser arbitrário; o contraste sugerido por esta afirmação é rotundamente falso: não é a origem mas a limitação do poder que o impedem de ser arbitrário. O controlo democrático pode impedir o poder de se tornar arbitrário, mas não o faz pela sua mera existência. Se a democracia se resolve por uma tarefa que implique necessariamente o uso de poder que não pode ser dirigido por regras fixas, torna-se poder arbitrário.»
[F. Hayek, O caminho para a servidão]

Sem comentários: