Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

24/08/2004

CASE STUDY: Um país diferente? (1)

O Statistical pocketbook do Eurostat «Living conditions in Europe (1998-2002)» vale os 10 euros que custa pelas questões com que nos confronta. Questões ligeiramente inquietantes e, por isso, muito adequadas à rentrée.

Educação secundária

Percentagem da população com o secundário completo

  1. Escalão 25-64 anos
    - Portugal 21% (a mais baixa em todos escalões etários)
    - média UE(15) 65%
  2. Escalão 25-34 anos
    - Portugal 35% (a mais baixa)
    - média UE(15) 75%

Educação terciária

  1. Estudantes na educação terciária/População
    - Portugal 3,8%
    - média UE(15) 3,3%
  2. Estudantes Mulheres / 100 Estudantes Homens
    - Portugal 133
    - média UE(15) 114

Formação profissional

  1. Participantes (25-64) em formação profissional nas 4 semanas prévias
    - Portugal 3% (a segunda mais baixa)
    - média UE(15) 9%
  2. Participantes em cursos de formação profissional contínua nas empresas (% do total de empregados)
    - Portugal 17% (a segunda mais baixa)
    - média UE(15) 40%

Algumas perguntas impertinentes:

  1. O que acontecerá se a escolaridade obrigatória for prolongada?
  2. Para que precisamos de mais universidades e mais cursos universitários (a acrescentar aos 1.600 já existentes)?
  3. Quais as consequências a longo prazo da falta de formação profissional contínua para a produtividade e a competitividade?

(Continua)

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