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11/07/2007

NÓS VISTOS POR ELES: «E assim qualquer arranjo é destruído»

Wellington andou por cá, ajudando a expulsar os franceses (mudam-se os tempos, mudam-se as vontades), tempo suficiente para nos conhecer de gingeira.

«Existe no povo de Portugal um inconquistável amor do seu à-vontade que é superior mesmo à sua detestação do inimigo. Nem eles, nem os seus magistrados, ou o governo, verão que a indulgência temporária desta paixão pela tranquilidade pode causar as maiores infelicidades ao Estado e as maiores dificuldades aos próprios indivíduos. E nenhuma pessoa do país gosta de ter a sua tranquilidade ou hábitos perturbados, por nenhum objectivo, por mais importante que seja, ou ser o instrumento para perturbar o dos outros. E assim qualquer arranjo é destruído.» Disse.

Como se não bastasse, queixou-se com grande crueldade que a exortação mais difícil que terá dado à tropa em toda a sua vida foi: «Soldados, lembrem-se que são portugueses

[Duma peça reciclada dum qualquer exemplar da Única, desmentindo o rumor que na mente dos jornalistas de arte do Expresso não é possível encontrar vestígios de humor]

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