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Aparentemente nada de muito especial. É uma solução a que as empresas privadas recorrem amiúde. Aparentemente parece até razoável que tais investimentos sejam pagos através dos contratos renting/leasing nos anos em que as infra-estruturas são usadas com os impostos pagos pelos sujeitos passivos os usam.
Contudo. Contudo, esta súbita preocupação do governo de alocar, aos anos e aos sujeitos passivos, os custos dos equipamentos sociais parece bastante suspeita quando o governo entende, diversamente, que as pensões dos reformados (e que reformados!) devem ser pagas não com o dinheiro acumulado pelos próprios, mas com o dinheiro dos que se reformarão mais tarde e cujas reformas serão pagas pelos seus filhos e netos.
Acresce que a felicidade do lóbi do betão à saída da reunião, é um dos rabos de fora dos gatos escondidos. Que são pelo menos mais dois. Um é o gato da engenharia orçamentária para cozinhar défices. Outro o tão celebrado relançar do investimento público sem dor, quer dizer o torrar dinheiro em obras que obedecem a critérios políticos e que podem ser muito úteis para o lóbi do betão e para melhorar as perspectivas eleitorais do governo, mas está por provar que correspondam às necessidades dos sujeitos passivos ou ao interesse da economia.
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