Por indesculpável desatenção, quando escrevi o post a ecoanomia presa na armadilha do endividamento e o axioma do lugar do outro e onde ironizei sobre a obsessão governamental de fazer o lugar das empresas e das famílias em vez de reformar a administração pública, etc. , não tinha ainda lido as extraordinárias declarações do ministro das Finanças durante a conferência de imprensa de apresentação do OE 2008:
«uma Economia mais forte depende acima de tudo do esforço dos cidadãos, e não é tarefa do Estado»Assim dito de repente, faz esquecer que todo o programa de governo, as declarações, as políticas adoptadas, os momentos-Chavéz (copyright do Abrupto) do engenheiro Sócrates, estão fundados na premissa exactamente oposta, ou seja que a economia depende acima de tudo do esforço do estado, e não é tarefa dos cidadãos.
A que se deve a novidade? No mínimo, a um lapsus linguae, ou, para citar Freud, a um desejo inconsciente de sacudir a água do capote, alijar a mochila, agora que se intuiu que o mau tempo não é passageiro e que a carga é muito mais pesada do que o imaginado. No máximo, a uma enorme desfaçatez e a um indesculpável atentado à inteligência dos sujeitos passivos.
No mínimo leva o doutor Teixeira dos Santos 3 chateaubriands e 4 urracas e no máximo leva 2 ignóbeis.
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