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05/04/2009

CASE STUDY: o taxímetro de Oeiras

Pleno de confiança na ineficácia do aparelho de justiça, o doutor Isaltino aquece os motores da campanha eleitoral e mete nas caixas de correio dos munícipes de Oeiras uma pantagruélica colecção de brochuras promocionais entre as quais o boletim municipal, o qual inclui uma extensa tabela de taxas que ocupa 8 páginas em formato tablóide. Reproduz-se parte do 1.º artigo duma colecção de 64 onde se fica a saber que numa pesquisa de documentos «não aparecendo o objecto de pesquisa» o doutor Isaltino manda cobrar 97 cêntimos, em vez de indemnizar as vítimas do desaparecimento.

A leitura da tabela, sendo um exercício traumático, não deixa de ser instrutiva do que é a burocracia kafkiana das nossas câmaras. Onde se esperaria encontrar a excelência dos resultados miraculosos da descentralização, encontramos o lugar geométrico dos piores vícios da centralização.

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