Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

25/06/2025

You can't fool all of the people all the time (2)

Continuation of this post.


Source (YouGov)

More unpopular than the foreign-born Obama (so Mr. Trump said) and even more unpopular than sleepy Joe.

Source (YouGov)

A portion of middle-aged, poorly educated white men still haven't seen the whole picture.

Source

Voters in the swing that secured Mr. Trump’s election are starting to take notice.

24/06/2025

Mitos (351) - O contrário do dogma do aquecimento global (XXXIII) - Pero que las hay, las hay

Outros posts desta série

Em retrospectiva: que o debate sobre o aquecimento global, principalmente sobre o papel da intervenção humana, é muito mais um debate ideológico do que um debate científico é algo cada vez mais claro. Que nesse debate as posições tendam a extremar-se entre os defensores do aquecimento global como obra humana – normalmente gente de esquerda – e os outros – normalmente gente de direita – existindo muito pouco espaço para dúvida, ou seja para uma abordagem científica, é apenas uma consequência da deslocação da discussão do campo científico, onde predomina a racionalidade, para o campo ideológico e inevitavelmente político, onde predomina a crença.

Nós aqui fazemos o possível para não ficar entalados entre o ruído da histeria climática que levada às suas últimas consequências conclui que o homo sapiens sapiens tem de ser erradicado para salvar o planeta, e o ruído das teorias da conspiração que consideram que o único problema sério com o ambiente é a histeria climática.

Os gráficos seguintes que foram produzidos pela Economist no princípio do ano mostram que dos dados disponíveis temos de concluir que com toda a probabilidade está em curso um processo de aquecimento global. 


Quais as causas e quais os remédios, se isso é um problema e quais as soluções, é uma outra estória. Não vamos entrar por aí para não acrescentar ruído à discussão.

23/06/2025

Crónica da passagem de um governo (4)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Programa já temos. Execução logo se vê

Rejeitada com os votos contra da AD, IL, PS, Chega e JPP a moção que os comunistas por dever de ofício apresentaram e a Dr. Mortágua e os rapazes do Dr. Tavares aprovaram, o programa do governo lá passou no parlamento, incorporando 80 medidas de outros partidos e outras medidas que, segundo o semanário de reverência, estavam escondidas.

Entre as medidas do programa temos as habituais e o governo a garantir que até 2029 pretende subir o salário mínimo para os €1.100 e salário médio para €2.000, como se todos os trabalhadores do Portugal dos Pequeninos tivessem o governo como entidade patronal, ao mesmo tempo que nada diz sobre as medidas que esse mesmo governo deveria tomar para que a produtividade aumentasse permitindo pagar esses salários. A não ser que o governo imagine que tornar legal a compra de férias pelos trabalhadores irá produzir esse milagre.

Se «reformar o Estado não é cortar nem despedir», será engordar?

Foi o que disse no parlamento o Dr. Hugo Soares, líder parlamentar do PSD. Recordemos que em 2013, o governo do Dr. Passos Coelho, que herdou 730 mil funcionários do governo socialista do Eng. Sócrates, reduziu os efectivos para 655 mil funcionários e o Dr. Costa os fez crescer para 750 mil e agora já são 760 mil, que fazem mais ou menos a mesma coisa que os 655 mil. Inclino-me para que a reforma do Estado sucial segundo a AD seja mesmo para o engordar, como sugere uma das medidas que o Dr. Montenegro salientou embalado pelo air du temps que o Chega inaugurou: contratar mais 1.500 polícias (para se contextualizar esta medida leia-se a série de posts Vivemos num estado policial?

O PRR é um programa para converter o Estado sucial num senhorio?

Para quem pensa que «o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um programa de aplicação nacional, com um período de execução até 2026, que visa implementar um conjunto de reformas e investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado, após a pandemia, reforçando o objetivo de convergência com a Europa, ao longo da próxima década», pense outra vez. Com 3,2 mil milhões de uros destinados à habitação ou 14% do total dos fundos, o PRR parece ser sobretudo um programa para desenvolver a habitação pública de onde, imaginarão as luminárias, a produtividade do trabalho aumentaria e a convergência para a Óropa estaria garantida.

Hoje há, amanhã não sabemos. Depois logo se vê

Em contramão com o optimismo do governo, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) alertou para os «riscos significativos» da sustentabilidade da dívida. Na mesma linha, o Conselho de Finanças Públicas, classifica a política orçamental em 2024 de expansionista e contracíclica, com as despesas fixas com pessoal a aumentarem 0,2% do PIB num contexto de incerteza ou mesmo de provável deterioração económica.

Em contrapartida, o investimento público continua anémico e na sua quase totalidade (90% contra a média da UE de 14%) financiado pelos fundos europeus. Enquanto isso a poupança interna que poderia financiar o investimento continua insuficiente, ou seja, vivemos como se não houvesse amanhã a gastar as poupanças que não temos e as poupanças dos contribuintes europeus.

A coisa só não se afundou exclusivamente pela grana da bazuca e o turismo. A primeira tem o fim à vista e o segundo tem um grau de volatilidade muito grande (apenas um terço da hotelaria tem reservas superiores a 50%) e, apesar dele, o excedente externo atinge em Abril metade do valor de Abril do ano passado.

A morte pode adiar-se, aos impostos não se pode fugir

É por isso que a esperança de vida continua a aumentar, e, apesar das reduções do IRS para eleitor ver, a carga fiscal voltou a aumentar no ano passado 0,1 pontos percentuais para 35,6%.

22/06/2025

Read my lips

«We’re uniting forces to end the endless foreign wars.»

«I will have that war settled between Putin and Zelenskyy.»

«When I’m back in the White House, we will expel the warmongers, the profiteers … and we will restore world peace.»

«I ended wars.»

«My proudest legacy will be that of a peacemaker and unifier.»

(Souce)

¡No Pasarán! passed away

I discovered the blog Merde in France in 2003, if I'm not mistaken, and I mentioned it for the first time here. The blogger was an American living in France with whom I shared some ideas, which is why I included his blog on my short list, and he did the same.

A few years later, the blog was closed and replaced by the blog ¡No Pasarán!, apparently because its author returned to the US. A few more years passed and ¡No Pasarán! converted to MAGA and I stopped following it regularly, although it remained on my list of blogs. Reading it became increasingly painful because an intelligent person justified stupid ideas and promoted people who defended those ideas, although more recently with visible reluctance and therefore focused more on attacking MAGA's enemies than on defending its followers.

I discovered a few days ago that, after two or three weeks without posting anything, ¡No Pasarán! was removed from Blogspot and I dare to think that its author finally concluded that continuing to justify MAGA , its ideas and its people was in fact an insult to his and our intelligence.

21/06/2025

Subvenções, benefícios, subsídios, apoios, as palavras mais usadas do glossário do Estado sucial

Segundo dados da Inspecção-Geral de Finanças citados pelo Jornal Sol, o governo distribuiu o ano passado 8,2 mil milhões de euros, ou 6,6% da despesa pública, por inúmeras entidades com destaque para as seguintes:


Além dos beneficiários do costume, os organismos públicos e a empresas públicas, com a CP em destaque, surge-nos como maior beneficiário a EDP uma empresa privada cujos principais accionistas são entidades estrangeiras.

Estrutura accionista da EDP

Já agora, recorde-se que o governo de Passos Coelho vendeu a EDP e outras empresas em cumprimento do memorando de entendimento (*) assinado em 2011 pelo governo socialista de José Sócrates, como condição para o Estado português ser resgatado da bancarrota em que este último governo o tinha deixado.
__________
(*) Memorando de entendimento:
3.31. (...) «O Governo compromete-se a ir ainda mais longe, prosseguindo uma alienação acelerada da totalidade das acções na EDP e na REN, e tem a expectativa que as condições do mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final de 2011. »

20/06/2025

BELIEVE IT OR NOT! Trump Derangement Syndrome (TDS) Research Act of 2025

(David Simonds)

«May 15, 2025

WASHINGTON, D.C. — Today, Rep. Warren Davidson (R-OH) introduced the Trump Derangement Syndrome (TDS) Research Act of 2025. This bill would direct the National Institutes of Health (NIH) to study the psychological and social roots of what is known as Trump Derangement Syndrome, a phenomenon marked by extreme negative reactions to President Donald J. Trump. He was joined by original cosponsor Rep. Barry Moore (R-AL). (...)

By leveraging NIH’s existing programs at the National Institute of Mental Health, the bill will:

Investigate TDS’s origins and contributing factors, including the media’s role in amplifying the spread of TDS.

  • Analyze its long-term impacts on individuals, communities, and public discourse.
  • Explore interventions to mitigate extreme behaviors, informing strategies for a healthier public square.
  • Provide data-driven insights into how media and polarization shape political violence and social unrest.
  • Require an annual report to Congress.
  • No Additional Spending: Uses existing NIH resources and avoids new spending.»

(Source)

19/06/2025

Não é bem competitividade, é mais "competividade"

Continuação de Na "competividade", como diz o Dr. Costa, estamos um poucochinho pior, como também disse o Dr. Costa

O último ranking de Competitividade do IMD atribui ao Portugal dos Pequeninos um score de 67,84 numa escala de 1 a 100 e mostra uma descida de um lugar para 37.º dos 67 países avaliados, ou seja na posição onde estávamos em 2020. Na região EMEA (Europa-Médio Oriente-África) situamo-nos no 25.º lugar entre 45 países. Nos últimos 5 anos a evolução no ranking foi a seguinte:


Dos quatro factores considerados no ranking, os que nos penalizam são a performance económica e a eficiência nos negócios (42.º em ambos os factores) e os que nos beneficiam são eficiência do governo (35º, onde subimos 6 lugares, parabéns Dr. Montenegro) e Infraestruturas 25.º (parabéns Eng. Sócrates e contribuintes europeus). 

Como de costume, os nossos mídia subvalorizaram a descida no ranking e valorizaram termos ficado à frente da Espanha (39.º) e da Itália (43.º) (exemplo). 
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Já que estamos a falar de rankings, a universidade de Harvard preparou um índice de tecnologias críticas (inteligência artificial, semicondutores, biotecnologia, espaço e tecnologia quântica) onde, sem surpresa, Portugal nem sequer surge no ranking de 25 países liderado pelos EUA, seguidos da China, com a Europa em terceiro lugar, uma Europa onde apenas foram considerados Reino Unido, França, Itália, Holanda e Espanha (a vingança).