À laia de serviço público, aqui vão alguns factos objectivos e verificáveis citados por Henrique Cardoso em Não, a Rússia não está a ganhar a guerra (para ser honesto, contaminados com algum wishful thinking).
«1. Uma “operação especial” que devia durar três dias já vai em três anos de guerra. A resistência de Kiev, logo nas primeiras semanas, é uma derrota russa que ficará para sempre registrada na história das sagas e lendas da guerra.3. A economia russa está tudo menos sólida. As taxas de juro são absurdas (23%), e a inflação está nos 9%. Mesmo com toda a propaganda, os russos têm medo de um novo colapso económico como aquele que viveram nos anos 90.
6. A reviravolta na Síria é outra humilhação: Moscovo foi incapaz de proteger o seu aliado, Assad. Putin não tem tropas suficientes para derrotar a Ucrânia e defender a integridade da Rússia, quanto mais para defender aliados no Médio Oriente.
8. As sanções ocidentais levaram a Rússia para a dependência da China, o que não está a ser salutar para as relações entre Moscovo e Pequim.
9. A NATO cresceu na resposta, ou seja, entraram novos países que tinham mantido até 2022 a sua neutralidade, Suécia e Finlândia, dois velhos inimigos de Moscovo no Báltico. O poder militar (e a indústria militar) da Suécia é particularmente formidável.
10.Outros países da NATO estão a recuperar ou a reforçar a tradição do serviço militar para rapazes e raparigas. Até Portugal, na outra ponta da Europa, está a reagir.»