Em menos duma semana o editorial do director do Diário Económico aqui comentado transformou-se neste. «Se o próximo Orçamento de Estado for claro em relação a este ponto, basta somar os outros para dizer, com total segurança, que a retoma chegou, finalmente» escreveu a semana passada. «É um mau orçamento, e nem a compensação de ir mais longe do que os anteriores pode valer a Portugal», escreveu esta semana.
O que se passou pelo meio? Nada de especialmente difícil de prever: «o ministro das Finanças definiu ontem o Orçamento do Estado para 2007 com a palavra continuidade».
E poderia ser de outro modo? Não poderia. Passado um ano e meio de período de borla, onde estão as reformas que poderiam comprimir as despesas públicas correntes? São aquelas medidas irrelevantes do Simplex? Não são. O resultado só poderia ser o seu aumento em valor absoluto.
Que reformas se podem esperar dum simples exercício orçamental? Se perguntarem ao mais iletrado empresário ele responderá: mais do mesmo, se não der corda aos sapatos, alterar os processos produtivos, reduzir pessoal e/ou aumentar a produtividade, melhorar o aprovisionamento, aumentar as vendas, etc.
Como compreender que ministros, secretários de estado, directores gerais, assessores, sem esquecer os analistas exoticus, curvados sob o peso da ciência económica e das finanças públicas, prenhes de licenciaturas, pós-graduações, mestrados, doutoramentos, não percebam estas coisas elementares? Só há uma explicação: a contabilidade pública é uma ciência oculta (César das Neves).
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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