Se fosse necessário demonstrar que este país não é para levar a sério, bastaria um só exemplo: o duma conversa tornada pública pelo arquitecto Saraiva na sua coluna Política a Sério, no Sol do sábado passado. Trata-se da conversa telefónica entre o major Valentim, na sua qualidade de presidente da Mafia dos Clubes, e o senhor Luís Filipe Vieira, presidente dos Lampiões (à falta do texto integral, ficam aqui algumas citações).
Um exemplo não chega, dirão. Ainda para mais com essas aves, que acabarão por cair sob a alçada da justiça. Rendo-me. Dois exemplos.
O outro é o do actual presidente do Supremo Tribunal de Justiça que, poucos dias antes de ser eleito, assumiu sem pudor as suas propostas de melhores instalações e salários, um lugar no Conselho de Estado e um sistema médico alternativo. Perdeu-se uma vocação de delegado sindical (Correio da Manhã).
É por estas, e por outras, que eu, se me considerasse português, quereria ser espanhol. Uma singularidade que está a tornar-se cada vez mais plural - um quarto dos portugueses pensa o mesmo, segundo um expresso chamado Sol de que é actual director o ex-director do Expresso.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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