D. João Manuel, herdeiro do Reino de Portugal, morre precocemente aos 17 anos, em 1554. Seu filho e futuro rei, D. Sebastião, nasce semanas depois, mas o seu avô, o Rei D. João III, veio a morrer em 1557. A viúva, Catarina de Áustria foi encarregue da regência e da educação do neto, mas o cunhado, cardeal D. Henrique, tinha ambições.
Foram tantas as chatices que a Rainha optou por recolher ao convento, abdicando a favor do cardeal, mas a nobreza não deixou. Era de facto uma Rainha muito talentosa. Sabia da governação, tinha cultura, preocupava-se com a educação (trouxe os jesuítas que foram tão importantes na instrução e na expansão portuguesa). Mas tinha sangue espanhol, numa Europa dominada pelo seu irmão, o Imperador Carlos V do Sacro Império, que foi o Rei Carlos I de Espanha e o monarca mais poderoso de todo o século XVI, então já viúvo de Isabel, filha de D. Manuel II, e mãe de Filipe que foi rei de Portugal.
Novo desalento da Rainha regente, e foi de vez: retirou-se, mas fez questão de conservar a educação do neto. Seguiu-se um período de nacionalismo á portuguesa conduzindo a algumas decisões das cortes organizadas em capítulos, do tipo:
1. Que El rei (D. Sebastião) se retire de entre mulheres e seja entregue aos homens;
2. Que case El rei e seja em França (o único contra poder existente na Europa na época)
etc., etc.
O capitulo 24 é delicioso:
Que os Estudos de Coimbra se desfaçam por serem prejudiciais ao Reino, e a renda se aplique para a guerra e quem quiser aprender vá a Salamanca ou a Paris e não haverá tanto letrado sobejo, nem tantas demandas.
Á atenção do Eng. Sócrates, dos Ministros da Educação e da Defesa, e da futura Associação de Amizade Portugal - Coreia do Norte (*).
O detractor J.A.R.F.
(*) Provavelmente, trata-se de um delírio do detractor, que parece ser um admirador confesso do grande líder Kim Song-Il.
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