Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

09/12/2025

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (79)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

No Estado sucial não há conflito de interesses. Há interesses em conflito.

Anos depois dos factos e graças a uma justiça delatora que transmite aos jornalistas amigos a parte do resultado das investigações em curso que mais interessa à corporação de juízes, veio agora a conhecer-se mais um episódio da novela Influencer em que o Dr. Lacerda Machado, o melhor amigo do Dr. Costa, lhe levou as queixas da Drª. Isabel dos Santos sobre o governador do BdeP que a queria fora da administração do BIC.

O resultado de oito anos de governo socialista é pior do que se pensava

Como aqui explica Óscar Afonso, economista e director da Faculdade de Economia da UP, feita a correcção da população residente com os 321,5 mil imigrantes, número que só recentemente a AIMA divulgou, os indicadores de nível de vida (e de produtividade) e a posição relativa da economia portuguesa na UE pioram.

Mais um episódio dedicado à Dielmar da novela das intervenções socialistas em empresas

O Grupo Valérius, a quem um governo socialista pagou em 2024 sete milhões de euros do PRR «para revitalizar a operação e sustentar a atividade produtiva» da Dielmar, anunciou ir fazer um despedimento colectivo. Para quem não se lembre dos detalhes desta incursão “empresarial” do Dr. Costa, remeto para este ponto de situação de 2022.

A falta de memória dos apparatchiks socialista só é ultrapassada pela falta de vergonha

Referindo-se à tímida reforma da lei laboral que o Dr. Montenegro pretender aprovar, o Dr. Miguel Cabrita, deputado socialista e antigo secretário de Estado Adjunto do Trabalho considerou-a «muito parecida com a da troika», esquecendo-se de que o memorando da troika foi assinado pelo primeiro ministro socialista de então, como condição para desbloquear os empréstimos tornados indispensáveis para salvar o Estado sucial da bancarrota a que a gestão socialista o levara (ver aqui um retrato gráfico da tesouraria).

08/12/2025

Anti-drug rethoric

The Washington Post

A economia do pastel de nata tem o melhor desempenho este ano?

Which economy did best in 2025?
*Excluding Chile and Costa Rica
†Share of product categories with an annual price increase of more than 2%
‡Or latest available
§National stockmarket indices, October 2025
Sources: Bureau of Labour Statistics; Central Statistics Office; Eurostat; Féidhlim McGowan; OECD; The Economist
Antes de embandeirarmos em arco com a economia portuguesa no topo do ranking da Economist dos membros da OCDE, atentemos no seguinte:
  • Estes resultados traduzem o desempenho medido pelos referidos 5 indicadores; se fossem outros os indicadores, os resultados seriam diferentes;
  • Por exemplo, se fosse considerada a produtividade do trabalho (que diminuiu visto o emprego ter aumentado 2,8% e o PIB apenas 2,4%) ou o PIB per capita PPC (que diminuiu porque o PIB aumentou 2,4%  e a população residente aumentou mais de 3% com cerca de 321 mil estrangeiros que não constavam das estatísticas), a economia portuguesa cairia para a metade inferior da tabela; (*)
  • Alguns indicadores beneficiam da comparação com valores excepcionais no ano de 2024: a capitalização bolsista em 2024 tinha caído cerca de 16% e o PSI 0,3%; o aumento do emprego resultou do aumento do número de imigrantes que entraram no mercado de trabalho;
  • Por último, o desempenho passado (e neste caso o desempenho de apenas um ano) não garante o desempenho futuro e esgotados os dinheiros da bazuca, estancada a entrada de imigrantes e reduzidos os fluxos turísticos, o futuro não é radioso.
(*) Acrescentei neste parágrafo as explicações entre parênteses.

Crónica da passagem de um governo (27)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce

O governo aprovou a Agenda Nacional de Inteligência Artificial, o Pacto de Competências Digitais e actualizou a Estratégia Digital Nacional, três programas «relevantes em matéria de digitalização do país», com «dezenas ou centenas de medidas», programas que, segundo o incontornável ministro da Reforma do Estado, produzirão um aumento da produtividade do qual resultará um acréscimo de 2,7 pontos percentuais no crescimento da economia portuguesa.

O Dr. Matias acrescentou ainda que, ao contrário das interpretações maliciosas, como a deste blogue, que concluíram que ele era um grande lírico quando disse na “Exponoivos para start-ups” que Portugal «tem todas as condições para se tornar um líder mundial na IA», ele agora esclareceu que isso «não significa que Portugal se vá substituir aos EUA e à China». Imaginem o suspiro de alívio do Sr. Donaldo e do Sr. Jinping.

Na competitividade o Portugal dos Pequeninos não está mal, salvo no que mais interessa

mais liberdade

Temos infraestruturas (pagas pelas contribuintes europeus), emitimos muitos certificados de habilitações, o que nos trama é a Produtividade e Eficiência, as Práticas de Gestão, a Mão-de-Obra e a Eficiência Financeira – não se pode ser bom em tudo.

Não tenho a certeza de que o défice de novas habitações seja resolvido. Ainda assim, antes isso que mais do mesmo

Qualquer alma que queira construir habitações em Portugal já ficaria satisfeita se os seus projectos fossem aprovados em 3 meses ou, vá lá, em 8 meses. Uma obra poder iniciar-se oito dias depois da entrega do projecto na câmara é coisa mais próxima de um milagre de todas as medidas tomadas por todos os governos desde Dom Afonso Henriques – se esquecermos que fica nas mãos da burocracia camarária obrigar a alterar o projecto a meio da obra.

Do mesmo modo, a redução do IRS para 10% em todos os arrendamentos até 2.300€, isto é, para quase 100% dos arrendamentos, certamente fará a felicidade de todos os senhorios. Já não é tão certo que essa medida contribua significativamente para aumentar a oferta num país em que um sexto das rendas estão congeladas e um em cada doze não ultrapassam os 100 euros, sem esquecer o facto de se manter o AIMI, ou “imposto Mortágua”.

Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»

Provavelmente, a menos que ocorra um milagre, o défice do SNS vai ultrapassar o recorde do ano passado, o que não impede que as urgências façam esperar os doentes urgentes mais de 13 horas no Hospital Amadora-Sintra, um hospital que já foi uma PPP com indicadores de qualidade claramente acima da média até ser revertido pelo governo do Eng. Sócrates.

Canários na mina de carvão

As exportações que alcançaram em 2022 um máximo de 49,5% do PIB, desceram para 46,6% em 2024 e no primeiro semestre deste ano para 44,4%.

Ferrovia 2020 2030

Para não destoar do governo do Dr. Costa que deixou o Ferrovia 2020 com 37 mil dias de atraso no total dos troços, o governo do Dr. Montenegro deixou a modernização, requalificação e electrificação da linha ferroviária Casa Branca-Beja atrasar o suficiente para o programa levar um corte no financiamento pelos contribuintes europeus.

07/12/2025

Dúvidas (363) – Quem é realmente Alexis Tsipras? (4)

[Continuação de (1), (2) e (3)]

Alexis Tsipras foi o líder do Syriza, um partido esquerdista grego e primeiro-ministro entre 2015 e 2019 que foi evoluindo do esquerdismo infantil para a social-democracia colorida, como se evidencia nos posts anteriores.

Yanis Varoufakis é um lunático, esquerdista e pedante de uma vaidade doentia, a propósito de que se escreveram no (Im)pertinências vários posts (como este, aquele ou aqueloutro), que foi ministro das Finanças dos governos de Tsipras.

Mais um exemplo do caminho que Tsipras percorre do obscurantismo esquerdista para a luz da racionalidade é o relato que faz num livro a publicar em breve sobre a sua experiência de 2015-2019, que a respeito de Varoufakis o Guardian classifica como «um dos maiores assassinatos de carácter da memória grega moderna» e que me pareceria melhor classificado como uma autópsia à falta de carácter de Varoufakis.

06/12/2025

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Encalhados na contemplação fantasiosa do umbigo

«Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo. A reserva e a modéstia que parecem constituir a nossa segunda natureza escondem na maioria de nós uma vontade de exibição que toca as raias da paranoia, exibição trágica, não aquela desinibida que é característica de sociedades em que o abismo entre o que se é e o que se deve parecer não atinge o grau patológico que existe entre nós».

Como introdução ao texto seguinte de Óscar Afonso, um lúcido retrato por Eduardo Lourenço, um dos poucos que compreendeu e teve a coragem de dissecar a "alma" portuguesa moldada por elites merdosas que fingem venerar o povo para darem graxa a si próprias.

À laia de incentivo à leitura integral um excerto de «Portugal engana-se. Diverge, empobrece e finge crescer», um artigo corajoso e contra a corrente de Óscar Afonso:

«Uns investiram para criar futuro, nós desperdiçámos para preservar um sistema. Em suma, enquanto as economias de leste aproveitaram os fundos para convergir, Portugal continua a avançar aos solavancos, preso a um modelo que favorece a esperteza oportunista em detrimento do mérito, do trabalho sério e da inteligência criadora.

Somos um país onde demasiadas portas se abrem não pelo que se sabe ou pelo que se faz, mas por quem se conhece — um padrão que os nossos maiores escritores denunciaram, com uma precisão quase profética, muito antes de existir a UE. E assim, geração após geração, mantemo-nos reféns dos mesmos bloqueios estruturais, enquanto outros que começaram muito atrás já vão muito à frente. (...)

Aquilo que os números oficiais parecem contar como progresso é, na verdade, uma grande ilusão: Portugal continua a divergir da Europa, a empobrecer em termos relativos e a expulsar os seus melhores, enquanto a narrativa política insiste em proclamar sucessos que a realidade desmente.

Entre a ficção estatística que nos faz parecer mais ricos do que somos, a estagnação estrutural que impede qualquer salto de produtividade e a má moeda que continua a afastar a boa, o país transforma um surto conjuntural de crescimento num autoengano confortável, mas perigoso. É este o pano de fundo da análise que se segue: a verdade proibida sobre um país que finge crescer enquanto afunda, que se engana a si próprio e que esconde, atrás de dados polidos, um processo silencioso de declínio, divergência e desperdício de talento.» 

05/12/2025

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: "Quando a América actua às ordens de Putin"

«O comportamento americano é verdadeiramente assombroso. Revela uma América controlada por aqueles “homens-massa” de que falava Ortega y Gasset, homens sem valores, sem um dentro, incapazes de reconhecerem algo maior do que eles. E por isso dividida contra si mesma, moralmente deslocada do seu antigo eixo, incapaz de reconhecer o sentido profundo da sua própria posição histórica. É uma nação que, num só gesto, dispara sobre os próprios pés e abdica da posição de núcleo da Civilização Ocidental, para se converter, sem transição, em administradora dos interesses de Moscovo. Os inimigos do Ocidente não poderiam sonhar com um enredo mais providencial.

No centro deste processo surgem as figuras de Trump e Witkoff, homens cujas biografias se entrelaçam com interesses russos e que ora aparecem, não como figuras ao serviço da sua pátria, mas como conselheiros oficiosos do Kremlin, indicando a um adversário declarado dos Estados Unidos o caminho mais eficaz para alcançar os seus desígnios. Não se trata de diplomacia, mas talvez de algo mais grave: uma deserção interior, uma traição da própria ideia de responsabilidade pública.

E enquanto isto se desenrola, o Partido Republicano mergulha na discórdia. Vance inclina-se para Moscovo com a naturalidade de quem perdeu o sentido da circunstância; Rubio tenta preservar um último vestígio de racionalidade; e outros senadores levantam a voz, conscientes de que a Administração Trump se tornou uma autêntica correia de transmissão das ambições russas. E só isso explica que o plano americano coincida, ponto por ponto, com as exigências acumuladas pelo Kremlin ao longo de anos.

É o drama clássico das nações que perderam o seu propósito: acabam a servir o projecto de outros.

Nada neste “processo de paz”, tem a ver com qualquer desejo de paz por parte de Rússia que, de resto, seria fácil de alcançar, bastando retirar-se de território alheio, coisa que pode fazer quando quiser.

Toda esta encenação foi “maskirovka”. Manipulação de percepções, fumo e espelhos. O objectivo real de Putin (e pelos vistos de Witkoff e Trump) era outro: matar no útero o projecto bipartidário no Senado americano, capaz de impor sanções verdadeiramente devastadoras à economia russa.

Lamentavelmente conseguiu.

A pergunta deixa, pois, de ser polémica e passa a ser inevitável: quem e porquê está realmente a determinar a estratégia americana?

A Europa, em choque, conseguiu suavizar o indecoroso ultimato americano, rasurou os pontos mais humilhantes e impediu que o documento final fosse uma mera acta de rendição.

Tudo para que no dia seguinte, os EUA fizessem saber (?) que têm intenções de reconhecer os ganhos territoriais russos.

Ou seja, a intervenção europeia não altera o essencial: a ordem internacional baseada em regras, deixou de existir, a NATO está em coma, o divórcio transatlântico parece iminente, e a Europa está hoje no papel de quem por temer lutar, se vê na condição servil de ter de aceitar o diktat dos outros.

Neste ocaso do Ocidente, Kiev, tornou-se tragicamente, o campo de batalha onde colidem dois mundos. Aquele que ainda acredita vagamente em regras e um outro para o qual só existe a força.

E se o divórcio entre os parceiros da Civilização Ocidental se consolidar, só esta perderá.  Ou seja, nós!

Os EUA caminham para um futuro amargo. Isolados na sua ilha, sem aliados, uma entidade política amoral, cujos compromissos valem o mesmo que os da Rússia: nada!

Putin continuará, triunfante, a testar fronteiras, a explorar divisões, a aproveitar cada hesitação, para caminhar paulatinamente em direcção ao seu almejado “Império Euroasiático”

A China observa. Toma notas. Cada concessão feita a Moscovo transforma-se numa lição sobre Taiwan. O choque com a Rússia será inevitável, mas até lá ainda vai algum tempo.

Os restantes países extraem a única conclusão possível: na selva hobbesiana, sem armas nucleares, sem garantias credíveis, haverá sempre alguém disposto a rifar o nosso território quando lhe apetecer.»

José António Rodrigues do Carmo no Observador

03/12/2025

Europeans have been warned. Beware.

«We are not planning to go to war against Europe. I have said that a hundred times. But if Europe wants to wage a war against us and suddenly starts a war with us, we are ready. There should be no doubt about that. The only question is if Europe suddenly starts a war against us, I think very quickly… Europe is not Ukraine. In Ukraine, we are acting with surgical precision. You see my point, don’t you? It is not a war in the direct, modern sense of the word. If Europe suddenly decides to go to war against us and actually follows through with it, then a situation may arise very quickly where we will be left with no one to negotiate with.»

Vladimir Putin at a press conference yesterday in Moscow


In theory, the Russian Empire, a great power with the second-largest army in the world, that failed to successfully invade a country with less than a third of its population and less than a fifth of its armed forces, an Empire with an economy smaller than Italy's, would have no chance of defeating the EU. In practice, a dictatorship, where there is no such thing as freedom of expression or public opinion, ruled by a despot with a price on his head, represents an existential threat to a collection of states managed by Eurocrats who are only risking their jobs.

02/12/2025

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (78)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

A obra empresarial socialista

Em boa verdade, a responsabilidade pela persistência do sector empresarial do Estado (SEE) e pelas perdas pantagruélicas, que acabam a ser pagas pelos contribuintes, não é exclusivamente socialista. O PSD, ou mais exactamente a fracção PS-D, partilha essas responsabilidades, mais pelas omissões do que pelas acções. Ainda assim, devemos assacar ao PS a maior quota de responsabilidade, quer por mais anos que governou quer, sobretudo, pela promoção activa do papel do Estado na economia.

O estudo “Sector Empresarial do Estado e Regional 2023-2024” do Conselho das Finanças Públicas traça um retrato arrasador do SEE. Só 36 empresas das 88 analisadas tiveram resultados positivos. No total o SEE ocupa quase 190 mil trabalhadores (quase 4% da população activa). De 2023 para 2024 o volume de negócios e o investimento cresceram e o prejuízo total aumentou de -766 milhões para -1.312 milhões e o número de empresas com capitais próprios negativos (o que de acordo com o Código das Sociedades faria delas empresas falidas) aumentou de 29 para 35. O caso das entidades do SNS é particularmente grave. Mais de 70 dessas entidades tinham capitais próprios negativos em 2024. Pior é difícil.

O PS apagou as “linhas vermelhas” que o separam do partido do Dr. Ventura?

Os dois partidos chumbaram uma actualização de menos de 2% das propinas do ensino universitário. Possivelmente não perceberam que isso não ajuda o alunos pobres que merecem ser ajudados, os quais deveriam ser parcialmente ou totalmente dispensados de propinas e/ou terem bolsas. Isso significa que terá de aumentar o financiamento das universidades pelo Estado à custa dos impostos pagos de todas as famílias, mesmo pelas que não têm estudantes universitários. E esses impostos para substituir o aumento das propinas representam uma fracção maior precisamente nas famílias de menores rendimentos,

Como se fosse pouco, os dois partidos aprovaram a eliminação de portagens de onde terão de ser aumentadas as compensações aos concessionários, uma vez mais pagas com impostos regressivos e também por quem não utiliza essas portagens.