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06/05/2008

BREIQUINGUE NIUZ: a ressurreição da doutrina da substituição de importações segundo o engenheiro Sócrates

«Na cerimónia de apresentação de um novo projecto da tecnológica alemã Qimonda, realizada hoje em Vila do Conde, José Sócrates, citado pela agência Lusa salientou que "Portugal tem hoje um 'cluster' nas energias renováveis que não tinha há três anos", tendo acrescentado que o país "está agora a produzir o que antes era importado porque era demasiado sofisticado para ser feito em Portugal".» (Diário Económico)

Com 60 anos de atraso, o melhor do pensamento económico do engenheiro Sócrates ressuscitou a doutrina da substituição das importações, imaginada pela esquerdalhada que infestava a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) no princípio dos anos cinquenta, que deu um pouco por toda a América Latina os resultados conhecidos. E também por cá o marcelismo a adoptou ao colo da adesão à EFTA, com resultados obscurecidos pelas trapalhadas do PREC. Abandonada por todos, incluindo as luminárias que aconselham o presidente Lula da Silva, parece ter sido acolhida como doutrina oficial do governo (pelo menos nessa manhã).

Este soluço doutrinal foi produzido durante a inauguração da fábrica da Qimonda que fabricará células solares cujo sofisticado processo de produção não incorpora uma só patente, um módico de tecnologia gerado pelas sinapses de cientistas portugueses.

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