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28/09/2003

Estórias e morais – O Profeta, Aisha e o multiculturalismo

Em várias cidades portuguesas, belgas e suiças realizaram-se ontem marchas brancas pelos direitos das crianças e contra a pedofilia. Não foram vistos adeptos das várias correntes do multiculturalismo e do relativismo moral, que são conhecidos pela sua pulsão manifestante. Esta estória é-lhes dedicada.
A estória ...
Segundo o lente Bukhari, os companheiros do Profeta relataram que, certa altura, o Arcanjo Gabriel apareceu a Maomé, que na época tinha 50 anos, e revelou-lhe desnudada uma menina de 6 (seis) anos, chamada Aisha. O Profeta já tinha várias esposas (à data da morte tinha 9, segundo as escrituras), e a sua libido, talvez por isso, estava exaurida. Talvez por isso, ou apesar disso, ninguém chegará a saber, nem mesmo o lente Bukhari.
Três anos depois, o Profeta desposou a pequena Aisha, então com 9 anos. Logo após as núpcias, a falecida libido do Profeta ressuscitou e retomou o ímpeto dos 40 anos, sempre segundo as fontes citadas pelo lente Bukhari. E desta maneira Aisha arrumou a concorrência e tornou-se a favorita do Profeta, que dizem as crónicas preferia "comer os frutos de árvores intocadas".
... e a moral ...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Esclarecimento:
Para que O Impertinente não tenha que se esbofetear a si próprio, como disse que faria a Dr.ª. Clara Pinto Correia, depois de reconhecer que plagiou o New Yorker, esclareço que esta estória já foi contada recentemente pelo Economist e já tinha sido contada séculos antes por Bukhari, um lente do islamismo "considerado o mais autêntico dos primeiros compiladores dos pensamentos do Profeta".

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