No dia 22 de Junho comuniquei por email à Telepac que em 7 de Julho mudaria a minha oficina para outro local, mantendo o mesmo n.º de telefone e pedindo a transferência da ligação ADSL para esse mesmo número no novo local (por acaso a 1 km do antigo e na mesma área PT). Apesar do meu email identificar o nome do «utente», o n.º de telefone e o username ADSL, a Telepac responde-me pedindo o que já sabia pelo meu email e o que podia saber consultando a minha conta, como o n.º de contribuinte e outras informações reconhecidamente indispensáveis para transferir a ligação.
No dia seguinte enviei a informação pedida e recebo como resposta a sugestão de «ao contactar a PT Comunicações, deverá solicitar a mudança exterior do número telefone e de todos os serviços que se encontrem associados, onde inclui o ADSL». Obedientemente, assim fiz. No dia 7 de Julho a PT instala-me os telefones fixos na oficina e diz que a ligação ADSL seria feita pela Telepac nas 24 a 48 horas úteis seguintes. Nos dias imediatos (até ontem) fui telefonando, ora para a PT, ora para a Telepac, tentando salvar-me no naufrágio digital em que me afundava. Do lado da PT o assunto era empurrado para a Telepac. Do lado da Telepac faziam-me perguntas inteligentes como qual o sistema operativo, se os microfiltros bla bla, se não sei quê bla bla, e qual o modelo de modem. Face à informação de que o modem não era do modelo vendido pela Telepac, ouvia-se um ah!, pois claro do outro lado da linha. Ao segundo ah! tive que perder um pouco a compostura para explicar que a ligação não estava pura e simplesmente activada e que estavam a querer tratar a doença errada.
E assim andei, até ontem. Apesar de tudo podendo ter acesso às minhas contas de email e à web através de GPRS e WiFi. No final da manhã, ao tentar aceder à minha conta recebo esta simpática mensagem «O seu acesso Internet encontra-se bloqueado para utilização, porque de acordo com os nossos registos existe(m) factura(s) cujo pagamento não foi ainda registado apesar de estarem ultrapassados os prazos limite.» Sendo a minha oficina de boas contas, saltou-me a tampa e agredi verbalmente a pobre operadora que me atendeu a seguir. Fiquei ainda pior quando a mocinha, dorida da porrada, se deu ao trabalho de procurar no buraco negro que são as BDs da Telepac e, após uma apneia de 10 minutos, facturada a Euro 0,3025/m, emergiu explicando que «o serviço tinha sido cancelado por mudança de morada e seria reactivado entre 3 a 5 dias úteis».
Entretanto, os clientes (não tenho «utentes») que me enviam emails recebem a resposta «... does not like recipient. Remote host said: 550 That e-mail address has been suspended (#5.7.1)» e ficam a saber que o gajo com quem fazem negócios não é apreciado pela Telepac.
Em resposta ao minha última mensagem (enviada por uma conta analógica de recurso) em que me interrogo «não sei se a Telepac consegue perceber que actuando com esta absoluta negligência está a destruir o seu activo mais importante que são os clientes» recebo a higiénica resposta «o processo de activação do serviço ADSL na linha telefónica com o número xpto se encontra em curso, pelo que solicitamos que aguarde a sua conclusão. Desta forma, esperamos ter contribuído para o esclarecimento da situação em causa, lamentando a situação verificada e os transtornos causados.»
E pronto, por hoje é tudo. Desejo as maiores felicidades ao doutor Paulo Azevedo na entrada na barbacã dos songamongas e na subsequente expulsão dos vassalos do Visconde Barão acoitados na torre de menagem, recentemente abandonada pelo doutor Horta e Costa, o dandy com o melhor aparelhado double windsor e o mais belo roupão de seda das telecomunicações mundiais.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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