Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

06/08/2025

Krugman on tariffs agreement Trump - EC. Apparent concessions?

«Like many U.S. institutions, the European Union has abysmally failed the Trump test. The EU is an economic superpower and could have retaliated effectively against Trump’s illegal tariffs — illegal under both U.S. and international law. Instead, Europe did nothing and even made some apparent concessions.

But notice my wording: apparent concessions. The optics of the Trump-EU deal were humiliating, and optics matter. If you examine the substance, however, it starts to look as if Europe played Trump for a fool. Specifically, a fossil fool.

The EU made two sort-of pledges to Trump. First, that it would invest $600 billion in the United States. Second, that it would buy $750 billion worth of U.S. energy, mainly oil and gas, over the next three years. The first promise was empty, while the second was nonsense.

About those investments: European governments aren’t like China, which can tell companies where to put their money. And the European Commission, which made the trade deal, isn’t even a government — it can negotiate tariffs but otherwise has little power. (...)

So what the EU actually promised on investment was nothing, Nichts, rien.

The pledge to increase U.S. energy exports was a lot more specific and gave a timeframe. But it’s not going to happen. In fact, it’s going to not happen on three levels. (...)

So a big increase in U.S. energy exports driven by demand from Europe is not going to happen. But how will Europe explain its failure to follow through?

It might not have to. Back during Trump’s first term, China promised to buy a lot of U.S. agricultural goods but never did. As far as I know, Trump never made an issue of it. He got to announce a big deal, then lost interest. (...)

Bottom line: Whatever Trump may think, Europe is not going to provide a big boost to U.S. fossil fuel production. He won’t like that, if anyone tells him. But the rest of us should be glad. As I’ve written before, renewables are clearly the energy technology of the future. Trump and his allies are Luddites, trying to stand in the way of progress and keep us burning fossil fuels. Their “burn, baby, burn” obsession is very bad for America and the world. But at least we can be reasonably sure that Europe won’t help, um, fuel that obsession.»

Fossil Fool - How Europe took Trump for a ride, Paul Krugman

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If Paul Krugman is right, the deal would be yet another case of a President focused on appearances who doesn't care about the results as long as he can present himself as a big winner.

05/08/2025

ARTIGO DEFUNTO: A maneira estúpida de usar a Inteligência Artificial para fabricar notícias

Para fabricar uma notícia sobre o festival Vodafone Paredes de Coura um jornalista da SIC, do grupo que publica o "semanário de referência" Expresso, recorreu a um dos modelos de IA que, depois de lhe sugerir o conteúdo da notícia, terminou oferecendo

«Se quiseres, posso adaptar o texto para imprensa escrita, incluir citações simuladas ou adicionar um parágrafo introdutório mais promocional. Queres isso?»

O jornalista copiou diligentemente todo o texto sugerido, incluindo a oferta, que publicou online, texto que chamou a atenção e mereceu comentários da concorrência, como este do 24 Horas.

Sem surpresa, talvez receando o Efeito Streisand, o grupo Impresa não deu explicação oficial nem se encontraria qualquer referência no seu semanário de referência não fora o artigo de opinião «A nova era da batota» de Aguiar-Conraria, economista e comentador do Expresso (cujos artigos leio habitualmente, apesar da urticária que o hífen me faz), que denuncia o caso, sem citar o órgão informativo em causa.

04/08/2025

Crónica da passagem de um governo (9)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Se as intenções parecem boas, convirá lembrar que o inferno está cheio delas

Reformar o Estado é torná-lo mais eficaz e/ou mais eficiente, seja para fazer mais e/ou melhor o que já faz hoje, seja para fazer o mesmo com menos recursos, seja, melhor ainda, aliviar a sociedade civil e fazer melhor e menos com menos recursos. No patuá governativo isto diz-se com muito mais prosa, mas qualquer reforma do Estado tem de alcançar esses propósitos e das duas uma: ou bem mantém o aparelho administrativo e a despesa com pessoal ou bem reduz um e outra, o que inevitavelmente passa por “violar” os direitos adquiridos de muitos dos 760 mil apparatchiks, como fez o governo “neoliberal” de Passos Coelho.

E é aí que a porca torce o rabo, ou seja, o coro das oposições de esquerda e de direita (sim, não se vê o Chega a patrocinar tal coisa), mais o coro dos sindicatos, das redacções onde pululam as oposições de esquerda, mais o Tribunal Constitucional, entram em sintonia a gritar pelas ameaças ao Estado sucial, significando as ameaças à preservação do statu quo que todos parasitam e querem preservar. Sem esquecer que o Dr. Marcelo, o patrocinador das contra-reformas do Dr. Costa, não deixará de usar o seu púlpito em Belém para tentar polir a sua imagem e reservar o seu lugar cativo num rodapé da História.

Por exemplo, o que vai acontecer aos milhares de apparatchiks que habitam o terço dos organismos que as boas intenções do ministro da Educação querem eliminar? Outro exemplo, vai a spending review que o governo consagrou no Decreto-Lei n.º 87/2025, de 25 de julho algum dia sair das páginas do Diário da República para constituir um instrumento de gestão da dívida pública e «promover maior eficiência na alocação de recursos, reduzir desperdícios e otimizar a priorização das despesas públicas»?

Este governo (e os anteriores) esperam que os “privados” façam o papel da assistência social

Em 2016 o Dr. Costa anunciou que até 2020 todas as crianças teriam acesso ao ensino-pré-escolar. Nove anos depois, o número de crianças matriculadas era praticamente o mesmo de 2016 e havia milhares de crianças sem vaga. Dezasseis meses depois da posse do primeiro governo AD das 12.475 lugares que o governo espera serem proporcionados pelos “privados” estes só ofereceram 1.213 lugares.

E porquê? Porque o governo quer pagar uma mensalidade de 208 euros que é metade da mensalidade que um colégio privado (Colégio Moderno) com accionistas socialistas (a família Soares) cobra no ensino pré-escolar (515 euros). E poderiam os “privados” cobrar menos? Não parece, quando se percorrem as muitas centenas de página espalhadas por 6 (seis) leis, 5 (cinco) decretos-leis, 4 (quatro) portarias e 14 (catorze) despachos que compõem o quadro regulamentar do ensino pré-escolar, sem contar com o Plano individual de sesta proposto pelo PAN. Ora aqui está um campo fértil para reformas do governo.

Insanidade é continuar a fazer o mesmo e esperar resultados diferentes

Os preços da habitação continuam a subir, explodem os títulos dos jornais. E podia ser de outra maneira? Poder podia, mas não era a mesma coisa, porque exigiria políticas públicas para reduzir os custos de contexto do desenvolvimento urbano e incentivar a construção ou, em alternativa, aumentar os impostos para financiar a “habitação social”, que a prazo teria os mesmos maus resultados que tem em todo o mundo. Em vez disso, com uma oferta insuficiente, este governo, e os anteriores, promovem a procura com medidas como o “crédito jovem” com garantias públicas que no 1.º semestre deste ano representaram 25% do crédito total concedido.

«Pagar a dívida é ideia de criança»

Este governo parece acreditar no mantra do Eng. Sócrates e continua briosamente a aumentar a dívida pública que cresceu nos dois trimestres deste anos para 96,4% e para 98,1% e em Junho acrescentou-lhe 2,5 mil milhões (BdP). E não, o aumento da dívida não tem sido para investir em projectos que melhorem a produtividade e a competitividade – vejam-se as dotações orçamentais para investimento em Investigação & Desenvolvimento em que a capitação da despesa é menos de 79 euros o que nos coloca nos últimos 5 cinco lugares da UE.

Sem o turismo estaríamos de volta a 2011

No segundo trimestre o PIB cresceu 1,9% em relação a 2024 e 0,6% em relação ao trimestre anterior (estimativa rápida do INE) e teria sido pior se não fosse o consumo a puxar pela economia e, principalmente, sem o turismo que em 2024 representou 12% do PIB e este ano poderá crescer mais.

03/08/2025

CASE STUDY: The benefits of AI are greatly exaggerated, at least for now and in the context of the Economy

«In early February Openai, the world’s most famous artificial-intelligence firm, released Deep Research, which is “designed to perform in-depth, multi-step research”. With a few strokes of a keyboard, the tool can produce a paper on any topic in minutes. Many academics love it. (...) 

Should you shell out $200 a month for Deep Research? (...) To help you decide, your columnist has kicked the tyres of the new model. How good a research assistant is Deep Research, for economists and others?

The obvious conclusions first. Deep Research is unable to conduct primary research, from organising polls in Peru to getting a feel for the body language of a chief executive whose company you might short. Nor can it brew a coffee, making it a poor substitute for a human assistant. Another complaint is that Deep Research’s output is almost always leaden prose, even if you ask it to be more lively. Then again, most people were never good writers anyway, so will hardly care if their ai assistant is a bit dull. (...) 

When it comes to data questions requiring more creativity, however, the model struggles. (...) The model has even greater difficulty with more complex questions, including those involving the analysis of source data produced by statistical agencies. For such questions, human assistants retain an edge.

01/08/2025

DIÁRIO DE BORDO: Elegeram-no? Então aguentem outros cinco anos de TV Marcelo (21) - Sem vergonha e sem limites

Então aguentem outros cinco anos, uma espécie de sequência indesejada da série Outras preces (não escutadas).

«Para se salvar, Marcelo está disposto a contribuir para o aumento da “pós-verdade” na política portuguesa. Também na questão da imigração, a “verdade” deixa de existir, e “não há números credíveis”. As “narrativas” é que contam; e ter influência nos meios de comunicação social para espalhar as “narrativas” convenientes ao senhor Presidente. Cada vez que ouvirem o PR a criticar o populismo e a demagogia não liguem nenhuma, ou comecem às gargalhadas. Marcelo Rebelo de Sousa é o político mais populista que existe em Portugal. Numa década, reduziu a presidência da república a um populismo sem vergonha e sem limites.»

«Populismo sem vergonha e sem limites», escreveu João Marques de Almeida sobre o Dr. Marcelo palavras que não hesito em subscrever. Não sei se estes últimos episódios terão ou não surpreendido JMA, mas seguramente não me surpreenderam a mim 9 (nove) anos e centenas de posts depois.

30/07/2025

SERVIÇO PÚBLICO: A irracionalidade do Sistema Eléctrico Nacional

Alguns dias depois do último apagão no dia 28 de Abril, o Dr. Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, veio dizer urbi et orbi que «atribuir a culpa do apagão às renováveis é absurdo», o que, podendo ser exagerado ou não ser toda a verdade, não é absurdo dada a natureza intermitente das energias renováveis (ver a título de exemplo imagem aqui ao lado e atente-se que no caso português não há baterias) e a consequente complexidade de gerir os sistemas eléctricos que delas dependem fortemente. Estamos perante aquele tipo de problemas que se enquadram no adágio "too much of a good thing can be a bad thing", sendo certo que a medida do excesso e o limite a partir do qual temos um problema é eminentemente mutável e dependente do contexto físico e dos sistemas de gestão da energia existente.

A agravar estes problemas temos no caso português os incentivos errados para investir nas energias renováveis que atingiram o auge com os governos socialistas e foi a este respeito que recordei ter lido recentemente um artigo do Eng. Clemente Pedro Nunes, que vou citar integralmente para não se perder na espuma dos dias, como dizia o Boris, em intenção de quem preferir conhecer a natureza das coisas em vez de debitar slogans. Aqui vai ele.  

«A competitividade da economia portuguesa exige um Sistema Elétrico otimizado.
             
A eletricidade, entendida como ‘fluxo eletrónico’, não se armazena diretamente, o que torna o Sistema Elétrico muito exigente em termos do fornecimento estável aos consumidores.

A introdução, a partir de 2005, de milhares de MW de potências intermitentes, eólicas e solares, protegidas por FIT – Feed In Tariffs, provocou um ‘desastre económico’ no Sistema Elétrico Português.
As FIT são ‘mecanismos político-contratuais’ que conferem, aos investidores que deles beneficiam, uma ‘reserva de mercado’ com as seguintes vantagens:
1. A respetiva eletricidade tem acesso sempre garantido à Rede Pública, mesmo que o mercado dela não necessite;
2. O produtor tem sempre um preço de venda garantido, normalmente muito acima do preço do mercado livre nesse momento;
3. Todos os encargos com os backups para evitar os ‘apagões’ provocados pelas intermitências, são suportados pelos consumidores.

29/07/2025

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (65)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

O Dr. Centeno, sempre ele

A avaliar pelas muitas centenas de referências que todas as semanas polvilham a imprensa do regime, o Dr. Centeno é a figura mais importante deste regime. A semana passada não foi excepção, ou mais exactamente foi uma excepção excepcional pelo tempo de antena e tinta dedicados à última obra da criatura – a poucos dias do fim do mandato foi colocar a primeira pedra da futura sede do BdP, um investimento que pode chegue a cerca de 300 milhões ainda antes de lhe ser aplicado o coeficiente de derrapagem das obras públicas. O ministro das Finanças, o professor Pardal segundo o Dr. Centeno, reagiu pedindo um inquérito para averiguar como o Dr. Centeno congeminou tudo sem lhe dar cavaco, o que o Dr. Centeno desmentiu. Não sabendo quem está a mentir, arriscaria dizer que ambos não estão a dizer toda a verdade.

Ferrovia 2020 2030

A coisa que já ia em 37 mil dias de atraso no total dos troços “chocou” segundo o Público com o talude de xisto no Alandroal.

Porque falhou o programa Arrendar para Subarrendar? pergunta-se o semanário de reverência

Recorde-se que este programa lançado pela dupla Dr. Costa-Dr. Pedro Nuno representou um investimento de 2,8 milhões (aproximadamente o preço de uma penthouse no Parque das Nações) e abrangeria 320 imóveis, sendo 220 do Instituto Financeiro da Segurança Social e da Santa Casa da Misericórdia, e 100 de privados. Dois anos depois foram 290 casas arrendadas das quais só 62 estão ocupadas. Pior é difícil. Para não elaborar muito sobre o assunto, remeto para este o post “Os imóveis do Estado” de HPS que explica em palavras simples os porquês deste programa estar destinado a falhar.

A educação sexual – depois da imigração o PS dá mais um tiro no seu pé direito

Sem perceber que o Chega não o inventou, apenas deu uma voz esganiçada ao problema da imigração que os governos socialistas ignoraram (uma sondagem revela que quase 70% dos inquiridos concorda com maiores restrições à concessão da nacionalidade) e sobretudo agudizaram, o PS continua a insistir no mais do mesmo. Por falar em imigração, um dos legados dos governos socialistas é o caos administrativo em que deixou a AIMA incapaz de saber qual o número de imigrantes residentes em Portugal.

Como se não fosse suficiente para perder o seu eleitorado, o PS acrescentou à insistência nas ideias obtusas sobre a imigração ideias obtusas sobre uma educação sexual e inventou que o governo AD a queria suprimir, mais uma vez sem perceber que um número crescente de criaturas repudia a chamada ideologia do género que os socialistas vêm usando para afagar as meninges de uma escassa minoria de urbanitas como ersatz às ideias esgotadas do socialismo.

28/07/2025

Crónica da passagem de um governo (8)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Hoje há lambujinhas, amanhã não sabemos

O Estado sucial, as empresas e as famílias parecem estar de acordo com o adágio do Eng. Sócrates - «pagar a dívida é ideia de criança» - e continuam a endividar-se a bom ritmo. Em Maio o Estado aumentou o seu endividamento em 4,4 mil milhões (mM) para 374,1 mM, as empresas não financeiras em 2,3 mM para 301,1 mM e as famílias em 1,2mM para 164 mM, no total o endividamento subiu 7,9 mM para 839,1 mM.

Enquanto o endividamento aumenta, a taxa de poupança das famílias que tinha recuperado, aproximando-se dos níveis europeus depois da pandemia, voltou a cair 3 pp no 1.º trimestre.

Não é Não? Talvez não

Não sei que cedências terá feito a AD para o Chega votar a lei da nacionalidade, mas aposto singelo contra dobrado que não chegam aos calcanhares do preço da geringonça que o PS infligiu ao país para governar em 2015 apesar de ter perdido as eleições. Seja como for, numa democracia madura os acordos partidários com menor ou maior amplitude são indispensáveis para assegurar a governabilidade.

Uma no cravo, outra na ferradura

O governo nomeou o Dr. Gabriel Bernardino para presidente da ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, um matemático com um profundo conhecimento do sector de seguros e presidente em dois mandatos do EIOPS - European Insurance and Occupational Pensions Authority, onde realizou um trabalho reconhecido como de grande mérito.

O governo nomeou também governador do BdP o Dr. Álvaro Santos Pereira, “O Álvaro”, antigo ministro da Economia do governo PSD-CDS de Passos Coelho, aparentemente depois de ter uma nega do Dr. Vítor Gaspar, antigo ministro das Finanças do mesmo governo e claramente mais qualificado para o lugar de governador.

Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»

Numa crónica do mês passado escrevi provocatoriamente a propósito dos €714.829 pagos em quatro anos a um dermatologista por 497 cirurgias em produção adicional e quase 1.500 no horário regular que se o pagamento tiver sido pago pelos honorários devidos deveria ser apontado como um bom exemplo. Aparentemente foi isso que aconteceu (e mais umas embrulhadas resultantes da microgestão do SNS), segundo as declarações do CEO do Hospital de Santa Maria ao Expresso.

Faltam médicos no SNS? Peçam ao PS para voltar a meter a pasta na bisnaga da TAP e usem-se os 3,2 mil milhões para acrescentar durante uma década uns 7 mil médicos aos cerca de 30 mil existentes (ninguém parece saber o número exacto).

Ó Dr. Sarmento, guarde uns trocos para o Banco de Fomento

Será a gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines, serão os 6,5 mil milhões de garantias para financiar PME e agora a «revolução» anunciada pelo chairman que consistirá em ressuscitar a Sofid para usar o dinheiro dos contribuintes europeus para investir «em países emergentes e em vias de desenvolvimento» (ou talvez em vias de subdesenvolvimento), aproveitando, acrescento, a experiência do Banco de Fomento a torrar dinheiro no Portugal imergente.

Take Another Plan. Uma bandeirada

mais liberdade
Para não variar, o governo insiste na fantasia de esperar vender 49,9% de uma empresa pública que desde a nacionalização no PREC até 1994 nunca teve um cêntimo de lucro, recebeu a preços actuais mais de mil milhões de euros e nesse ano embolsou mais 1,75 mil milhões, sem esquecer os últimos 3,2 mil milhões à pala da pandemia. (Sérgio Palma Brito)

O mercado da habitação funciona apesar dos programas estatais, mas não da forma prevista

Parece uma ideia despropositada o Estado e as autarquias venderem habitações sociais a quem nelas já reside, pela razão óbvia que não coloca no mercado mais casas para vender ou arrendar. Ou talvez não se, como parece estar a acontecer, os casas vendidas aos seus inquilinos por um preço abaixo do mercado forem por eles vendidas a preços de mercado. Por exemplo, a câmara de Lisboa vendeu 1.630 casas entre 2009 e 2021 a um preço médio de menos de 30 mil euros que decorridos 10 anos estão a ser revendidas por um múltiplo do valor de compra. (fonte)

27/07/2025

After Sleepy Joe, Donald P. Trump follows. Maybe the Oval Office is to blame.

«President Trump said he was "surprised" that Powell had been nominated to be chair of the Federal Reserve. "I was surprised he was appointed," Trump said. "I was surprised, frankly, that Biden put him in and extended him." However, Trump himself initially nominated Powell to lead the Fed in 2017. Biden renominated Powell in 2021.» (MSBNC)

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"P" stands for Parkinson

26/07/2025

UE, cada vez menos um gigante económico e cada vez mais um anão político e militar

As poucas dezenas de democracias plenas e sociedades prósperas existentes no planeta encontram-se na sua maioria na Óropa, o que permite a qualquer cidadão europeu dizer quase tudo o que lhe passar pela cabeça sem consequências desagradáveis, disfrutar de um nível de vida que faz inveja a quase todo o resto do mundo, com excepção dos Estados Unidos que pagam por isso um preço elevado, desde uma saúde pública deficiente, uma esperança de vida vários anos inferior à média europeia, uma sociedade dividida e pouco coesa, uma democracia problemática com um score muito inferior ao da média da UE e, last but not the least, um governo por uma criatura instável sofrendo de narcisismo patológico com uma corte que o bajula, tolerado pelos tecnogarcas que fingem acreditar nas suas baboseiras enquanto tentam extrair vantagens.

É claro que a Óropa tem imensos problemas como o envelhecimento, uma imigração que a irresponsabilidade dos governos deixou atingir o limiar de uma séria ameaça à coesão social e tem sido pasto dos vários nativismos (em todo o caso a uma escala não maior do que a dos EU, ao contrário da lenda), uma competitividade sufocada pela obsessão regulamentadora (em todo o caso não muito maior do que a dos EU [*]), e, sobretudo, não conseguiu criar até agora um mercado verdadeiramente único, nomeadamente na área dos serviços, o que não deixa de ser o resultado expectável para uma entidade supranacional que não é um verdadeiro Estado e tem no seu seio dezenas de Estados e nacionalidades que no passado não muito longínquo se combateram ferozmente.

Fonte

Por tudo isso, para uma criatura que aprecie a liberdade e o bem-estar, viver na Óropa é a quase todos os títulos mais agradável do que viver nos Estados Unidos, só que a felicidade não está garantida e no horizonte não se vislumbram políticas para resolver os problemas que afligem a UE. Veja-se por exemplo o quadro financeiro plurianual 2028-34 que apesar de ter aumentado de 1,2 biliões para 1,8 biliões continua a representar uma percentagem anual ridícula de 1,15% do Rendimento Nacional Bruto da UE e o pouco que representa irá ser aplicado, provavelmente e como de costume, para fazer felizes os agricultores, sobretudo franceses, e construir autoestradas. Os 50 mil milhões anuais para a competitividade (menos de 7% do que Mario Dragui estimou serem necessários) são insuficientes e arriscam-se a ser torrados em projectos para dar brilho aos governos. É um pouco mais do muito mesmo.

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[*] Um exemplo, o caos inerente ao sistema americano de supervisão bancária, por coincidência descrito esta semana no Expresso por Willen H. Buiter, um economista que o conhece muito bem.

25/07/2025

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Portugueses no topo do mundo (75) - Duvido que algum dia o "Amália" cante. É o nosso fado

Outros portugueses no topo do mundo.

aqui tinha feito uma referência ao "Amália", um «LLM português», à época ainda por baptizar, que o Dr. Luís Montenegro anunciou com pompa e circunstância durante a Web Summit com o propósito de «inovarmos em português, preservando o nosso idioma e utilizando a nossa cultura ao serviço da inovação». Para além do facto de provavelmente não dever ser classificado como um LLM, e ser um ou vários domain-specific models dos quais já existem milhares, duvidei desde logo se algum dia veríamos tal modelo.

O LLM português que chegou a estar previsto para estar pronto no primeiro trimestre de 2025 «partiria de uma base em open source já existente, o Tower LLM, da Unbabel». Três meses depois a task force que estava a desenvolver o Amália anunciou que o seu mandato seria até ao final de 2028.

Ora acontece que a Unbabel, uma start-up portuguesa dedicada à tradução, que já então estava em dificuldades, provavelmente viu no "Amália" uma tábua de salvação e através dos lóbis do costume chegou até ao ouvido do Dr. Montenegro, tem nesta altura «os dias contados» e está a tentar ser comprada. Daí que sem nenhuma surpresa ter sido agora anunciado que o «projecto tem respeitado o calendário do Governo, mas só deverá ser público em 2026, contrariando expectativas». Calendário? Qual calendário? Expectativas? Quais expectativas? Não certamente as minhas que não sou dado ao wishful thinking e tenho agora reforçada a mesma dúvida que tinha quando tudo começou: algum dia veremos tal modelo?

24/07/2025

(Un)intended consequences of the BIG, BEATIFUL BILL

BBB favors the richest and increases inequality


BBB will increase the Federal State's deficit


BBB will increase the Federal State's debt

BBB will diminish growth prospects

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Sources: Ten charts to explain Trump’s big, beautiful bill ; The big beautiful bill reveals the hollowness of Trumponomics

23/07/2025

A saúde em Portugal. Desfazendo algumas ideias feitas (5)

 [Continuação de (1), (2), (3) e (4)]

FALÁCIA: ««O SNS é um tesouro» é um dos slogans do agitprop socialista,

FACTOS:  Sendo inquestionável que o SNS não é um completo desastre, o certo que, apesar da melhoria dos 5,8 anos de vida saudável aos 65 anos em 2005 para os 7,9 anos em 2022, ficamos no último terço da UE.


O facto de, pelo contrário, a esperança de vida dos portugueses nos colocar no primeiro terço à custa de 12,6 anos de vida com algum tipo de deficiência, talvez se deva mais à dieta mediterrânica em extinção do que ao SNS.

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Fontes: Health at a Glance: Europe 2024, OECD, Nov 2024 e ChatGPT

22/07/2025

He took the words right out of my mouth, only Mr Trump can do that

«Mr Trump is a rich, powerful man leading a movement which contains people who believe that rich, powerful men cover up crimes for each other. The Trump movement includes free-traders and protectionists, pro-Ukraine people and pro-Russia people, those who want mass deportations and those who would spare hotel and farm workers. Mr Trump has kept them mostly happy by taking all these positions simultaneously. No other politician in America can do that.»

"The Epstein files and Donald Trump"

21/07/2025

Crónica da passagem de um governo (8)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Take Another Plan. Não sabemos se vai sobrar alguma coisa da privatização

Sabendo-se que a TAP valerá uns 1.700 milhões, já se havia concluído que os 49,9% que o governo pretende vender poderão render pouco mais de um quarto dos 3,2 mil milhões que lá foram torrados.  Isto foi antes de se levar em conta que Mme Ourmières-Widener, a ex-CEO da TAP escolhida pelo Dr. Pedro Nuno apresentou em tribunal um pedido de indemnização de 5,9 milhões pelas sevícias contratuais a que a sujeitaram, 700 trabalhadores da TAP poderão receber de indemnizações um valor total que pode atingir até 80 milhões de euros, dos quais só metade está provisionada, e a Azul, a operadora do antigo accionista David Neeleman, reclama o pagamento de uma dívida que pode atingir 180 milhões de euros.

Take Another Plan. E se telefonassem para Bruxelas ou para S. João da Madeira e perguntassem ao Dr. Costa e ao Dr. Pedro Nuno, respectivamente?

Quando à dívida à Azul, o Dr. Pinto da Luz, que ocupa o lugar antes do Dr. Pedro Nuno, admitiu em entrevista que não encontrou no ministério a carta em que o governo do Dr. Costa aceitava que o financiamento da Azul em 2016 foi um empréstimo obrigacionista a reembolsar e não como um suprimento de capital que poderia ser perdido pela Azul.

Take Another Plan. O que distingue o PS, o PSD e o Chega

O PS nacionaliza primeiro e depois diz que vai reprivatizar 100%. O PSD privatiza primeiro e depois diz que vai manter nacionalizado 50,1%. O Chega não privatiza antes nem depois, partilhando sem surpresa a ideia do Dr. Costa de que «a TAP é fundamental. Na era da globalização, tem a importância que as caravelas tiveram na era dos Descobrimentos».

Para os viticultores não é igual ao litro. É igual à TAP e ao BES

Um dias destes, os viticultores de Vila Real manifestaram-se exigindo soluções para combater a crise e exigindo o «escoamento para as nossas uvas» e «tratamento igual à TAP e ao BES» (fonte). Sabendo-se que a única coisa que foi escoada da TAP e do BES foi a grana, no primeiro caso por um leque alargado de interesses e no segundo caso por iniciativa do Dono Disto Tudo e do Animal Feroz, aparentemente o tratamento igual exigido são os 3,2 mil milhões que o Dr. Costa e os seus governos sepultaram na TAP e muitos outros milhares de milhões de perdas enterradas no caso do BES. Espera-se que o Dr. Montenegro não se deixe embriagar e não se disponha a que o orçamento escoe as uvas dos viticultores.

A contabilidade criativa como arma de defesa. O Sr. Vladmiro que se cuide!

A semana passada o Dr. Montenegro revelou numa conferência sobre defesa organizada pela SIC que entre os investimentos públicos para atingir a meta dos 5% de defesa e segurança, além das despesas da GNR, combate aéreo a incêndios florestais e pensões dos militares reformados (fonte), também vai considerar o investimento no novo aeroporto de Lisboa.

Seduzindo os pensionistas

Não sei se o desvelo com que o Dr. Montenegro trata os pensionistas conseguirá o milagre de os trazer ao redil eleitoral do PSD, de onde fugiram com as veleidades do Dr. Passos Coelho garantir a sustentabilidade de longo prazo da segurança social, pensionistas que a este respeito partilham o desabafo atribuído a John Maynard Keynes «a longo prazo estamos todos mortos». Embora o sucesso não esteja garantido, o Dr. Montenegro esforça-se e vai pagar um suplemento aos pensionistas em Setembro e vai reduzir retroactivamente as retenções na fonte de IRS.

O Banco de Fomento já está a trabalhar a preparar-se para o prejuízo?

Ainda antes da gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines e dos 6,5 mil milhões de garantias para financiar PME, o Banco de Fomento já está a reduzir os seus pífios lucros de 10,9 milhões no 1º semestre do ano passado a uns ainda mais pífios 8,9 milhões no 1º semestre deste ano.

20/07/2025

ESTÓRIA E MORAL: Segundo o áctivismo, a discriminação pode ser má ou pode ser boa

Estória

O que têm em comum (1) Jasper Ceylon, um entre vários outros pseudónimos literários de um canadiano, (2) Michael Derrick Hudson, um bibliotecário de Indiana, e (3) Aaron Barry, um professor de inglês de Vancouver, além de serem brancos da classe média que tentaram sem sucesso publicar os seus poemas ou novelas?

Para conseguirem ser publicados uns inventaram personas, tais como membro de género fluido da diáspora nigeriana ou Ye-Fen Chou, todos eles se apresentaram como espécimenes de minorias raciais ou sexuais e conseguiram não apenas que os seus trabalhos fossem rapidamente publicados, alguns deles deliberadamente de má qualidade literária, como todos obtiveram prémios de literatura. 

Têm ainda em comum ter contados as suas estórias pessoais ao jornalista River Page que as publicou em The Free Press sob o título "The White Man Who Pretended to Be Black to Get Published".

Moral

Se pensavam que discriminação racial consistiria em os membros de um grupo humano usufruírem de vantagens por essa pertença e, por isso a consideravam má, pensem duas vezes. Se os grupos discriminados forem brancos a discriminação é boa. 

19/07/2025

A saúde em Portugal. Desfazendo algumas ideias feitas (4)

[Continuação de (1), (2) e (3)]

FALÁCIA: Precisamos de formar mais enfermeiros.


FACTOS: 

(1) Na UE a relação média enfermeiros/médicos é 2,5, sendo o número de enfermeiros e médicos por mil habitantes de 9,2 e 3,7, respectivamente. Os rácios equivalentes em Portugal são 1,3, 7,9 e 5,8, respectivamente. De onde, apesar da relação enfermeiros/médicos ser das mais baixas da UE não podemos concluir que em termos comparativos com UE temos muito menos enfermeiros do que a média e, pelo contrário, temos certamente muito mais médicos. 

(2) Nos anos 2020 a 2023 cerca de 5 mil enfermeiros formados em Portugal expressaram formalmente a intenção de emigrar e exercer enfermagem no estrangeiro. Em Março de 2023 havia cerca de 4 mil enfermeiros portugueses registados no Reino Unido. Na Suíça o número de enfermeiros portugueses entrados em 2023 foi o quarto mais elevado. 

(3) Destes números fragmentários não podemos concluir que é necessário formar mais enfermeiros, mas podemos certamente concluir que precisaremos de reter mais enfermeiros formados em Portugal.
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Fontes: Health at a Glance: Europe 2024, OECD, Nov 2024 e ChatGPT

18/07/2025

You can't fool all of the people all the time (3)

Continuation of (1) and (2).



Maintaining leadership in disapproval, ahead of foreign-born Obama and sleepy Joe.


Improving disapproval in all domains even in his talismanic domain, the deportation of illegal immigrants.

I suspect disapproval is spreading among believers who, after listening for many months to their priests accusing the deep state of hiding pedophile Jeffrey Epstein's client list, are now told by the MAGA shallow state that there is nothing to show for it.

With these rising disapproval ratings, wouldn't it be better for Mr. Trump to also deport voters who disapprove of him?
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17/07/2025

Operação Marquês - uma justiça de opereta numa república dos bananas

300 (trezentos) juízes, 50 (cinquenta) recursos, uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, vários crimes já prescritos, um processo com mais de 62 mil (sessenta e duas mil) páginas, incluindo as 6 mil (seis mil) páginas do despacho do Juiz Rosa, em mais de 200 (duzentos) volumes, o equivalente a um décimo dos julgamentos de Nuremberga (de 20/11/1945 a 1/10/1946) onde foram julgados 23 dirigentes nazis.

16/07/2025

¡No Pasarán! passed away and was resurrected elsewhere

Thanks to this comment on my June 22 post about the blog ¡No Pasarán!, which I thought was dead, I learned that it was resurrected in another form and with another name, allegedly because of «Google’s rapacious censorship department», and not as I had imagined due to author finally concluded that continuing to justify MAGA , its ideas and its people was in fact an insult to his and our intelligence. 

I have to confess that I still think that the reason I imagined would be a much better justification for closing the blog.

15/07/2025

Mitos (352) - Criminalidade, os "factos alternativos", as percepções e a realidade

Se o "Relatório do observatório da segurança e defesa" há dias divulgado pela SEDES for credível como parece (pelo que conheço da SEDES, uma instituição independente com 55 anos, vou tomá-lo como tal), há uma acentuada dicotomia entre a percepção da criminalidade tal como os mídia a apresentam e a realidade que as estatísticas sugerem. Citando o sumário executivo do anexo B "Segurança e Insegurança: um paradoxo nacional" do relatório:

«Este estudo foca a perceção da insegurança e a relação desta com a criminalidade existente em Portugal, apresentando contributos para abordar os problemas identificados. É analisado o paradoxo existente entre a diminuição da criminalidade participada em Portugal (-1,3% entre 2000-2024) e um crescimento de 130% nas menções a crimes nas primeiras páginas dos jornais, sendo identificados quatro fatores determinantes para esta realidade. São também identificados quatro problemas que concorrem para este paradoxo, sendo apresentados quatro contributos estruturais que permitem debelar a questão numa abordagem holística, visando alinhar a perceção pública com a realidade criminal, melhorar a confiança nas instituições bem como desenvolver melhores políticas públicas.» 

É interessante verificar que os dados disponíveis sugerem um enviesamento dos mídia que empolam a criminalidade e ao fazê-lo suscitam em certos sectores da opinião pública sentimentos de insegurança e de hostilidade aos imigrantes, a quem é atribuído o suposto aumento da criminalidade, hostilidade que os mídia, onde predominam jornalistas de esquerda, vêm de seguida lamentar e contraditar. Se assim for, é mais uma consequência indesejada de acções do jornalismo de causas que faria as delícias de Robert Merton ou, em português corrente, mais um tiro no pé direito da esquerda.

14/07/2025

Crónica da passagem de um governo (7)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Graças à bazuca e ao turismo, a coisa lá se vai aguentando

Com o atraso habitual da divulgação da informação pelas instituições do Estado sucial, neste caso o INE, ficámos a saber que o ano passado entraram quase 3 turistas por cada residente, os quais dormiram quase 60 milhões de noites e gastaram mais 14% do que no ano anterior. Prevê-se que no final deste ano o turismo represente mais de um quinto (21,5%) do PIB. Aguarda-se um voto de repúdio do Dr. Ventura e do seu partido unipessoal por esta invasão de estrangeiros LGBTI e fumadores de charros.

O ministro admite atraso “vergonhoso” no Ferrovia 2020

Com a ligeireza de quem, por agora, só é responsável por um quinto do atraso de 5 anos do Ferrovia 2020 e dos 37 mil dias de atraso na conclusão de todos os troços, o ministro das Infraestruturas, que desfruta da vantagem de ser muito difícil fazer pior do que o Dr. Pedro Nuno, anterior detentor do cargo, reconheceu em entrevista do Expresso que os atrasos no Ferrovia 2020 são «uma vergonha».

Take Another Plan. O governo AD promete mais do mesmo

Na mesma entrevista, o mesmo ministro Eng. Pinto Luz, não foi tão longe como o Dr. Costa, que tinha admitido privatizar a TAP “na totalidade” depois de a ter renacionalizado oito anos antes, e garantiu que «não estamos a fazer uma privatização de 100% da TAP encapotada» e que a privatização de 49,9% «não será feita a todo o custo».

Com essa garantia o ministro deve ter tipo o aplauso do PS do Dr. Carneiro, por apego à ”propriedade estatal dos meios de produção”, e do Dr. Ventura do Chega, por apego à “soberana nacional” e a uma “companhia de bandeira”, algo que hoje só se encontra no Portugal dos Pequeninos e no caixote de lixo da história. Podem ambos dormir descansados, o que será feito é manter a todo o custo a presença do Estado sucial na TAP injectando-lhe periodicamente fundos. O ministro admitiu ainda o que toda a gente já sabia, que não garante que o Estado receba os 3,2 mil milhões que os governos socialistas lá enterraram. Claro que não, o governo talvez consiga receber um quarto disso pelos 49,9% que pretende vender, uma vez que os 100% valerão pouco mais de metade dos 3,2 mil milhões.

Entretanto, quando se compara o período da privatização da TAP que terminou em 2020, em plena pandemia, com os anos seguintes constatamos que tem menos aviões, menos passageiros, tem praticamente o mesmo número de trabalhadores, e apesar de ter mais receitas continua com resultados miseráveis, apesar da injecção de 3,2 mil milhões.

Quanto ao novo aeroporto de Lisboa, voltámos quase a 1969…

… ano em que foi criado pelo Estado Novo o Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa. Com vários anos de atraso, a ANA está a discutir com o governo a redução a proporções mais realistas do futuro elefante branco, um projecto megalómano que tem como premissa que o futuro será igual ao passado aditivado de um crescimento exponencial da entrada de estrangeiros LGBTI e fumadores de charros.

Por falar em elefantes brancos…

O Banco de Fomento que geriu um sistema de garantia mútua que até ao final de 2020 registou perdas por pagamento de garantias de 880 milhões e desde 2012 até ao ano passado registou perdas de 124 milhões nas cerca de 300 start-ups em que participou, recentemente anunciou a participação numa gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines e agora anuncia poder mobilizar em parceria com o Fundo Europeu de Investimentos (FEI) 6,5 mil milhões de garantias para financiar PME, financiamento que estas sem as garantias não conseguem obter na banca comercial. A minha esperança é que os contribuintes europeus através do FEI nos ajudem a suportar o pesado fardo que resultará de despejar dinheiro em cima de empresas de viabilidade duvidosa.

No Portugal dos Pequeninos o “venture capital” é uma espécie de peditório

Segundo o semanário de reverência, o governo prepara-se para “abrir a porta” às sociedades de capital de risco para usarem o dinheiro parqueado nos fundos de pensões e nos activos que representam provisões das seguradoras para «injectar no ecossistema de inovação nacional perto de €1,4 mil milhões nos próximos anos».

Os “venture capitalists” costumam colocar o seu próprio dinheiro onde colocam a boca, investindo em start-ups e assumindo os respectivos riscos. Neste caso estamos perante um conceito original que a Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) tenta vender ao governo consistindo em usar o dinheiro dos pensionistas e dos segurados, fazendo aqui o papel de “desventure capitalists”, do dinheiro confiado às empresas de gestão de fundos de pensões e aos seguradores para investir nos projectos onde as sociedades de capital de risco colocam a boca. A minha esperança é que tudo isto não passe do semanário de reverência a lançar o barro da APCRI à parede.

13/07/2025

A escola é para aprender e não para ser endoutrinado

«Se uma escola der instrumentos e ferramentas para estudar e aprender a matemática, as línguas e a história, as ciências naturais e a geografia, a física e a química, ver-se-á rapidamente que os jovens crescem melhor. Se a mesma escola proporcionar aos seus jovens tempos e modos de cultura e artes, de música e de literatura, de pintura e de dança, as famílias depressa ficarão surpreendidas com as capacidades juvenis em desenvolvimento, sem necessidade de doutrina social. Se a escola conseguir organizar visitas de estudo, ateliers de criatividade e meios de expressão, prontamente surgirão resultados inesperados. Se a escola for capaz de ocupar os jovens durante dias inteiros, sem “furos” nem “folgas”, as consequências surpreenderão os pais e os mentores das escolas de valores. Se a escola for ela própria pontual e rigorosa, o seu exemplo será pedagogia maior. A escola tem de acreditar em si, nos seus alunos e nos seus professores, não tem de pregar valores e crenças. A escola deve respeitar a igualdade de todos os cidadãos, não deve fazer propaganda de uma qualquer forma de igualdade em detrimento de outra. A escola não deve promover uma religião, deve apenas respeitar os que professam uma qualquer. A escola tem de ser democrática, não tem de impingir a doutrina democrática.»

Escola de Valores, António Barreto no Público

12/07/2025

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: Expliquem isso ao Eng. António Guterres

The UN «was not created in order to bring us to heaven, but in order to save us from hell».

Dag Hammarskjöld, economista e escritor, membro da Academia Sueca, Secretário-Geral das Nações Unidas de 1953 até 1961, ano em que morreu num acidente de aviação em Ndola, Rodésia do Norte (actual Zâmbia)

Does history repeat itself the first time as a tragedy and the second time as a comedy?

«If you’re old enough, you’ve seen this movie: An eccentric billionaire, full of bile and nursing grudges against the incumbent Republican president, wants to create a third major political party and shake up the system.

In 1992, the billionaire was H. Ross Perot, and his vehicle for attacking the incumbent president, George H. W. Bush, was something called the Reform Party. Perot had a few good ideas; he wanted to balance the federal budget, for example, which is never a bad thing. But mostly, he was something of a rich crank who had a vendetta against the Bush family: In one of many strange moments, Perot claimed that his abrupt exit from the race in the summer of 1992 was because Bush had been plotting a smear campaign against his daughter, something for which he never offered proof.

It wasn’t a very good movie, and it certainly didn’t need a reboot, but we might be getting one anyway. Elon Musk has announced the formation of the “America Party,” a new political organization whose main idea is … well, the goal isn’t clear. Musk hasn’t said much about it, other than that it would be dedicated to stopping wasteful government spending. But mostly, his announcement seems dedicated to aggravating President Donald Trump, with whom Musk has had a very public falling out. And Trump is plenty aggravated. “I am saddened to watch Elon Musk go completely ‘off the rails,’ essentially becoming a TRAIN WRECK over the past five weeks,” Trump wrote on his Truth Social site on Sunday, adding that the “one thing Third Parties are good for is the creation of Complete and Total DISRUPTION & CHAOS.”

Trump’s trademark punctuation aside, the president has a point, at least about the possible disruption of the GOP. Even if Musk is serious—and one never knows with planet Earth’s richest jumping jester—the odds of this new party coming into existence are low: Third parties don’t get much traction in the U.S. political system. The chances that it will become a force in American politics are even lower. But if that’s the case, why is Trump so angry? A few days later, perhaps realizing how panicky his initial reaction sounded, Trump changed his tune. “It’ll help us,” he said of Musk’s new party.

And here, Trump is wrong: If Musk creates a new party to appeal to disaffected members of the now-defunct coalition that he, Trump, and some of the MAGA movement all cohabited, such a party—if it has any impact at all—is likely to hurt Republicans more than Democrats. Musk is a deeply unpopular figure in American politics, but what public support he enjoys comes heavily from the GOP itself. For now, he seems to be taking Perot’s approach, rooting the America Party in anger about the bloated and irresponsible One Big Beautiful Bill that Trump and the Republicans squeaked through Congress.

But who’s the audience for this appeal? It’s not big business or economic conservatives; Musk’s record as a business leader has taken a major hit, and those groups have already thrown in their lot with Trump and the GOP. It’s not the national-security Republicans, who know that Musk is no better than the fringiest and most isolationist Trumpers when it comes to foreign affairs. It’s certainly not the Never Trumpers, who, if Musk even wanted their support in the first place, would never forget his sycophantic embrace of Trump.

The real worry for Republicans is that Musk will peel off small numbers of people in two groups, both of them important to Trump’s grip on Capitol Hill. One group consists of swing voters who don’t much like Trump but who have stayed with him for various reasons; Musk might be able to get them pumped up about another celebrity movement. They could be swayed by Musk’s supposed anger about budgets the same way some of them bought into arguments about egg prices and inflation, allowing Musk’s candidates to shave away a few points here and there from the GOP.

But more worrisome to the Republicans is that Musk will corner the crackpot vote.

10/07/2025

A vida de alguns devotos da Trumpologia não é fácil

Até agora identifiquei três espécies principais de adeptos da Trumpologia: (1) os devotos com limitada capacidade de elaboração mental que acreditam em qualquer treta debitada pelo objecto da sua devoção e constituem provavelmente a maior parte dos eleitores americanos de Donald Trump e dos seus admiradores no estrangeiro; (2) os adeptos providos de capacidade média de elaboração mental, e em certos casos até acima da média, que por isso se apressam a elaborar justificações dos discursos e das acções do Sr. Trump e (3) os cínicos e realistas para quem o Sr. Trump é apenas o veículo possível para adoptar algumas políticas da sua conveniência, grupo onde podemos encontrar a maioria dos tecnogarcas e outros oportunistas que parasitam a Trumpologia.

Baseada numa espécie de credo quia absurdum, a vida para os primeiros é fácil (*) e, por razões diferentes, também é fácil para os terceiros ou pelo menos é fácil até ao ponto em que as acções do Sr. Trump atropelam os seus interesses e, mais raramente, as suas ideias.

Difícil é a vida dos segundos, nos quais podemos incluir as figuras da direita liberal ou conservadora doméstica, constantemente sobre pressão para darem o melhor dos seus intelectos para justificar com um módico de racionalidade discursos e acções contraditórias, sem lhes ocorrer que com um cinismo comparável ao dos tecnogarcas americanos poderiam invocar o princípio Amicus meus, inimicus inimici mei (Mateus 17:22-23) e dispensarem-se de contorcionismo, na melhor hipótese, ou patetice, na pior.  

Poderia dar inúmeros exemplos, desde as "tarifas" que mudam todos os dias às políticas orçamentais, mas vou apenas citar os dois mais recentes relacionados com a invasão da Ucrânia: depois de ter exibido várias demonstrações de apreço e compreensão, o Sr. Trump criticou duramente o Sr. Putin pelas tretas com que ele desde sempre o vem enrolando e, menos de uma semana depois de ter sido inesperadamente suspensa a entrega de armas à Ucrânia, foi inesperadamente retomada.

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(*) A Economist identifica como «um dos superpoderes de Donald Trump (...) dizer algo em um momento, contradizer no próximo e convencer a maioria dos fiéis do MAGA de que ele nunca mudou sua posição». A meu ver, engana-se ao atribuir aos supostos superpoderes do Sr. Trump o que não passa de uma consequência da limitada capacidade de elaboração mental da maioria dos fiéis, ou, no caso da minoria, de uma impulso irreprimível de justificar essas acções contraditórias por falta de coragem de invocar o princípio bíblico.

09/07/2025

A saúde em Portugal. Desfazendo algumas ideias feitas (3)

[Continuação de (1) e (2)]

FALÁCIA: A resposta à pandemia de Covid-19 foi muito afectada pela falta de todos os profissionais de saúde disseram as autoridades portuguesas à OECD, como se pode ver no quadro seguinte.


FACTO: Já vimos que em termos comparativos Portugal é o país europeu que mais aumentou o número de médicos por mil habitantes nos últimos 20 anos e actualmente é o segundo país da Europa com mais médicos. Por isso, o problema não foi a falta de recursos, foi a falta de competência na gestão desses recursos.

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Fonte: Health at a Glance: Europe 2024, OECD, Nov 2024

08/07/2025

Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa (64)

Continuação das Crónicas: «da anunciada avaria irreparável da geringonça», «da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.

Take Another Plan. Isto é um caso de polícia

Decorrido mais de um ano do Dr. Pedro Nuno ter saído de cima da TAP, ainda se fazem sentir os efeitos da sua gestão. Em 2016 a TAP contraiu um empréstimo obrigacionista à Azul, seu accionista de então, e à Parpública, seu accionista de sempre, empréstimo que até hoje não foi liquidado cujo pagamento a Azul reclama em tribunal e a Parpública considerou irrecuperável

Entretanto, ficaram a conhecer-se ilegalidades em duas dezenas de contratos assinados por Mme Ourmières-Widener e pelo seu sucessor Dr. Luís Rodrigues, no total de centenas de milhões de euros que não foram submetidos à fiscalização prévia do TdC

Ainda assim, isso são miudezas face à brutalidade do facto de a TAP valer actualmente pouco mais de metade dos 3,2 mil milhões de euros injectados pelos governos socialistas.

O socialismo afecta as meninges até dos socialistas providos de um módico de senso comum

O Dr. Carneiro, actual líder do PS acusou «os partidos da direita (que) estão concentrados em matérias que não são as que preocupam as pessoas» apresentando ao parlamento propostas sem interesse para o povinho. O Dr. Carneiro não explicou se nessas propostas ele inclui os temas da imigração e da redução de impostos, por exemplo.

Para um autarca socialista os privados são uns patetas e o Estado central uma vaca leiteira

O Dr. Pizarro, ex-ministro da Saúde do Dr. Costa, actualmente candidato à presidência da câmara do Porto, prometeu um programa de construção de 5.000 fogos em regime de renda moderada entre 300 e 800 euros para o que conta com 650 milhões de euros dos “privados” assegurando a câmara «metade dos 62,5 milhões do custo anual das rendas, esperando receber o remanescente do Estado». Em suma, o Dr. Pizarro propõe-se como presidente de uma câmara, que tem um orçamento de despesas de capital de 127 milhões, que os “privados” invistam 650 milhões em habitações de renda “social” e o Estado central pague parte das rendas.

Para a CP ser lucrativa só é preciso aumentar os subsídios

Relembro que o Dr. Pedro Nuno, ministro das Infraestruturas de então e ex-líder do PS de hoje, celebrou os lucros da CP de 9,2 milhões em 2022 autoelogiando-se pelo “conseguimento” à custa de 2,3 mil milhões de subsídios de exploração. Como nos anos seguintes os subsídios de exploração não foram suficientes os “lucros” de 2023 baixaram para 3,6 milhões, os lucros de 2024 baixaram para 1,8 milhões e o investimento em 2024 foi pouco mais de um quinto do previsto.

07/07/2025

Crónica da passagem de um governo (6)

Outras Crónicas do Governo de Passagem

Navegando à bolina
Agora é oficial. A reforma do Estado sucial, se existir, consistirá em alivar o stress dos funcionários públicos

O Dr. Saraiva Matias, ministro da Reforma do Estado, declarou que o governo está «a trabalhar numa reforma administrativa assente na simplificação, digitalização, articulação e responsabilização, não para reduzir o Estado, mas para fortalecer a sua relevância e legitimidade».

Quando se sabe que o Dr. Costa transformou os 655 mil funcionários públicos que recebeu do Dr. Passos Coelho em mais de 740 mil, incluindo cerca de 16 mil “chefes” cujo número aumentou 45%, devemos ficar pré-ocupados com o propósito do Dr. Matias de não reduzir o zingarelho que consome mais de 40% do PIB.

E também devemos ficar pré-ocupados com a “gigafábrica de Inteligência Artificial” em Sines

Não porque a ideia seja estúpida, mas porque quem está a apostar nela é o Banco Português de Fomento que já entregou a candidatura para o financiamento pelos contribuintes europeus. Juntar os fundos europeus e uma entidade várias vezes anunciada para as «próximas semanas», sucedendo a um banco de fomento que fora privatizado por um governo PS, tinha ressuscitado em 2018 e segundo o Dr. Siza já estava criado em Janeiro de 2020 e só viu a luz do dia em 2021, que geriu um sistema de garantia mútua que até ao final de 2020 registou perdas por pagamento de garantias de 881,08 milhões.e desde 2012 até ao ano passado registou perdas de 124 milhões nas cerca de 300 startups em que participou, constitui a receita perfeita para o desastre.

O Dr. Montenegro também acredita que «pagar a dívida é ideia de criança»?

A dúvida justifica-se porque num contexto internacional de volatilidade significativa os governos AD estão a aumentar o endividamento do Estado que em valor absoluto desde o início do ano passado cresceu de 226,7 para 284,5 mil milhões e desde o início do ano o rácio dívida/PIB cresceu 5,1 pontos percentuais.

O Dr. Montenegro quer continuar a política de extorsão fiscal do Dr. Costa?

Depois de ter aumentado no ano passado 0,1 pontos percentuais para 35,6%, o governo prepara-se para aumentar a carga fiscal novamente. É o resultado inevitável da receita fiscal ter aumentado até Maio 13,2% face ao ano passado, muito acima do aumento nominal do PIB.

Insanidade é continuar a fazer o mesmo e esperar resultados diferentes

Já se sabia que no 1.º trimestre o Índice de Preços da Habitação cresceu em termos homólogos 4,7 pontos percentuais e agora ficou a saber-se que o número de novos contratos diminuiu 10,4%. Como habitualmente, na falta de dados fiáveis, discute-se filosoficamente se foi por causa do aumento da procura de novas habitação para compra devido ao Crédito Jovem, se foi a deslocação do mercado tradicional para o arrendamento de curta duração ou outra qualquer. O que se sabe é que 70% dos portugueses têm a sua casinha o que tem como consequência uma notável imobilidade devido aos imóveis a adicionar à imobilidade cultural da mão-de-obra com dificuldade de se mover para onde há oportunidades de trabalho porque, como dizia o saudoso Belmiro de Azevedo, os empregos não nascem ao pé de casa.

Os portugueses «vão ter razões para confiar no SNS»

mais liberdade

Sendo certo que os governos socialistas do Dr. Costa fizeram um notável trabalho de aumentar as listas de espera como gráfico mostra, o governo do Dr. Montenegro ainda não nos deu razões para confiar no SNS. Apesar dos seus planos para reduzir os tempos de espera das cirurgias, o número de "utentes" na lista em Maio é praticamente o mesmo de Novembro.