Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.
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02/09/2023

O Dr. Paulo Pedroso tenta oferecer-nos o melhor da doutrina da Mouse School of Economics e atrapalha-se

O Dr. Paulo Pedroso, que entrou no círculo restrito dos famosos em 2003 quando foi acusado de pedofilia no processo Casa Pia (de que foi igualmente suspeito o Dr. Ferro «Cagando para o Segredo de Justiça» Rodrigues), é o que poderíamos chamar uma eminência do regime. Licenciado em Sociologia e pós-graduado pelo ISCTE (a Madrassa do PS) e nele investigador associado, ministro do Eng. Guterres, consultor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, antigo esposo da Dr.ª Ana Catarina Mendes (dirigente do PS e ministra do Dr. Costa), irmão do Dr. João Pedroso, advogado conhecido por ter sido contratado duas vezes pela Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues (ex-ministra da Educação do Eng. Sócrates e actual reitora do ISCTE, sempre essa insigne instituição) para fazer o mesmo manual de direito da Educação, nunca acabado. Saiu do PS em 2020, mas o PS nunca saiu dele.

Pois bem, o Dr. Paulo Pedroso, além de sociólogo, é também um pensador económico alinhado com a doutrina da Mouse School of Economics e foi com essa autoridade que, «de férias no Algarve», numa entrevista ao semanário de reverência, produziu a seguinte declaração:  

«O que me parece é que se chegarmos à média dos salários na União Europeia, parece-me uma meta adequada. E isso implicaria um aumento de salários em termos reais que vai até aos 20%, já com a inflação incorporada. Há uma margem que nos permite chegar aí.»

O Dr. Pedroso não explica como se conseguiria, assim de repente, este milagre de pagar a média dos salários europeus com a quarta mais baixa produtividade (PIB por hora a PPP) que é apenas 64% da média da UE. Mais à frente na entrevista, acenderam-se-lhe mais dois neurónios, abandona por instantes os seus delírios e acrescenta:

«Nós precisamos de aumentar o capital por posto de trabalho para depois poder aumentar a produtividade e, mais tarde, os salários (...)

A última década foi de baixíssimo investimento produtivo, quer dos privados, quer do Estado, o que degradou a nossa situação. Nós não conseguimos romper esta barreira e ter salários mais altos e postos de trabalho à altura da nova geração se não tivermos esse investimento.»
Eureka. A criatura compreendeu que para aumentar os salários precisamos de aumentar a produtividade e para isso temos antes de aumentar o capital por trabalhador. Contudo, os dois neurónios não foram suficientes para explicar como vamos aumentar o capital por trabalhador sem investir, nem como vamos investir com uma das taxas de poupança mais baixas da UE e com a maior parte do escasso investimento directo estrangeiro no imobiliário.

Ainda assim, sem se dar conta, produz uma outra declaração que desmente duas décadas do mantra socialista da geração mais educada de sempre, geração cuja parte mais aproveitável para desenvolver o país emigra e vai participar no desenvolvimento de outros países e o resto fica por aí a trabalhar na restauração ou se converte em utente da vaca marsupial pública.  

Ou corremos o risco de passar pelo mesmo que os países de leste há 50, 60 ou 70 anos: a melhoria dos níveis de educação não foi acompanhada por aumento da capacidade produtiva. E, de repente, tiveram uma população sobrequalificada e frustrada.»

Com grande sentido de oportunidade, os entrevistadores aproveitaram o atabalhoado pensamento do Dr. Pedroso e extraíram o segmento agitprop para fazer o título na edição online que é uma lambidela ao esquerdismo infantil, maduro e senil: «Há margem para um aumento real de 20% de salários, mas os trabalhadores não estão a ser capazes de o exigir: isto fazia-se com sindicatos». O título agitprop foi convertido na edição em papel num mais realista "Os jovens estão a votar com os pés

[Corrigi um erro no currículo do Dr. Pedroso]

25/11/2021

ACREDITE SE QUISER: Quase um quinto dos trabalhadores do Portugal dos Pequeninos gostariam de ser pagos com criptomoedas

Se as conclusões de um inquérito da empresa coverflex, com o apoio da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, abrangendo 814 participantes, tiverem alguma aderência à realidade laboral mostram uma mão-de-obra surpreendentemente moderna e arejada (ou, para os cépticos, não surpreendentemente lunática).  

Não surpreende a preferência de 60% dos inquiridos por uma semana de quatro dias, nem mesmo a de 30% que preferiam uma semana de 32 horas. Começa a surpreender que um quinto dos inquiridos declare receber ajudas de custo em teletrabalho, uma retribuição que se destinar a compensar custos extraordinários e aleatórios, normalmente nas deslocações em serviço, quando neste caso se trabalha em casa e se suportam geralmente menores custos.

O mais surpreendente, porém, é o desejo manifestado por 23% dos inquiridos de terem uma parte da remuneração paga em cripto-moedas. Só me recompus da surpresa quando recordei a espantosa capacidade imaginativa dos indígenas mostrada por exemplo num estudo de opinião de há uma meia dúzia de anos que concluiu haver uma percentagem considerável de portugueses cujo local favorito para o sexo era junto a uma lareira, um dispositivo presente apenas numa pequena percentagem de habitações.

03/03/2021

CASE STUDY: O multiplicador de subsídios. O caso TAP

Ontem de manhã no parlamento o Dr. Miguel Frasquilho, presidente do CA da TAP e talvez a pessoa do PSD com mais sucesso no complexo político-empresarial socialista, mostrou a razão do seu sucesso ao invocar o multiplicador socialista como um verdadeiro pastorinho da economia dos amanhãs que cantam para justificar o dinheiro que vai ser afundado na empresa a que preside. Segundo o Dr. Frasquilho 

«A ajuda pública estimada até 2024 terá um impacto positivo na economia cerca de duas a três vezes superior até 2030, portanto, é um impacto positivo muito forte, que se verificará em todas as vertentes».

Para os cépticos que usam a história como referência, o passado da TAP sugere que o destino dos 4 ou 5 ou 6 ou seja lá o que for mil milhões de euros dos sujeitos passivos que Dr. Costa e o seu putativo sucessor Dr. Pedro Nuno Santos pretendem lá afundar, terão o destino dos anteriores.

Para as criaturas com fé o que se passou no passado não é necessariamente o que se passará no futuro. Reconhecerão que nas histórias da multiplicação já houve alguns exageros como o multiplicador 18 dos doutores Pereira e Jorge Andraz para as infraestruturas rodoviárias que aplicado aos autoestradas foi o que se viu - multiplicou a dívida em vez do PIB. Porém, neste caso, o multiplicador do Dr. Frasquilho é mais modesto.

Quem terá razão? Provavelmente ambos. O primeiros terão razão porque, no pior estado que até agora a TAP se encontrou e numa conjuntura para a aviação mais difícil que a TAP jamais enfrentou, até a recuperação do dinheiro que será afundado numa TAP controlada pelo governo seria um milagre. Os segundos terão também razão porque, não sendo o futuro igual ao passado, o dinheiro a afundar na TAP no presente e no futuro será um múltiplo do dinheiro afundado no passado.

06/08/2020

O impacto da bazuca de Merkel-von der Leyen no Portugal dos Pequeninos (2) - A bazuca dele é maior do que a delas

Continuação de (1)

Como se pode ver no diagrama seguinte (*), a tão celebrada bazuca de Merkel-von der Leyen é afinal modesta comparada com a bazuca de Trump, constatação que o pensamento oficial nunca poderá fazer por razões que dispensam ser explicadas.

 
(*) Os números do diagrama são os provisórios de Junho e diferem dos números finais. 

À modéstia da bazuca acrescenta-se a profunda diferença que resulta dos EUA constituírem uma zona monetária quase óptima o que está muito longe de acontecer com a Zona Euro, sem falar dos restantes países com moeda própria. De facto, uma zona monetária para ser óptima precisa cumprir várias condições e entre elas a mobilidade da mão-de-obra. Ora, na UE existem fortes barreiras culturais e administrativas (acesso condicionado a muitas profissões, sistemas de segurança social heterogéneos, etc.), e linguísticas (mais de 20 línguas diferentes) que constituem sérios obstáculos (para aprofundar este tema ver a etiqueta zona monetária óptima).


Como se não fosse suficiente, a adicionar à discrepância entre a queda do PIB e o tamanho da bazuca para cada país (ver no primeiro diagrama a comparação da Alemanha com a Espanha), a exposição à dívida pública e o impacto previsto no PIB da pandemia é muito diverso, como se pode constatar no segundo diagrama.

(Continua)

31/07/2020

O impacto da bazuca de Merkel-von der Leyen no Portugal dos Pequeninos (1) - Pensamento milagroso

Expresso, CE 25-07-2020
À primeira vista, o diagrama acima mostra que o aparente alívio do Dr. Costa e a sua foguetada são justificados. Ele vê a coisa como a garantia de uma bonança até ao final da legislatura e, quem sabe, um trampolim para uma eventual candidatura a Belém em 2026.

À segunda vista a coisa parece menos promissora. É verdade que Portugal irá receber 57,9 mil milhões (mM) em 10 anos, mas apenas 15,3 mM serão subvenções e quase 3/4 serão empréstimos que terão de ser reembolsados. Aliás, para sermos rigorosos, até mesmo as subvenções que saem do orçamento comunitário terão de ser financiadas por contribuições de todos os países, incluindo os beneficiários.

Acresce que estamos a falar de valores brutos, sem descontar as contribuições para o orçamento comunitário. Se compararmos com o período de 20 anos de 2000 a 2020, Portugal recebeu um valor líquido de 51,8 mil milhões equivalente a uma média anual de 2,5 mM superior em quase 40% à do Plano de Recuperação Europeu.

Durante esse período de 20 anos a dívida pública aumentou de 70 mM para mais de 260 mM, ou seja um incremento de 190 mM e nos últimos 10 anos teve um incremento de 80 mM que foram torrados com o resultado conhecido. Também em 10 anos, da bazuca sairão 40 mM de empréstimos ou seja metade do incremento líquido da dívida pública nos 10 anos anteriores.

Se considerarmos que nos últimos 10 anos o crescimento do PIB foi positivo, apesar de medíocre (média anual de 0,5%), enquanto que, na estimativa super-optimista do governo, o PIB cairá este ano 9%, ou seja quase o dobro do montante das subvenções para os próximos 10 anos, temos de concluir que a salvação pela bazuca é puro pensamento milagroso, de resto, uma especialidade socialista. 

(Continua)

09/06/2020

O óbvio ululante acerca da bazuca de Frau Ursula


«Bem sei que, dos biliões de euros já anunciados, nos disseram que cerca de 500 mil milhões serão distribuídos a fundo perdido. Em vez de um empréstimo, uma dádiva. Mas, caramba, até o mais cândido dos ingénuos perceberá que alguém terá de financiar essa dádiva. A Comissão Europeia é financiada pelos Estados europeus e, portanto, seremos nós todos a pagar essa dádiva que vamos receber. Seja na forma de maiores contribuições dos países, seja na de mais impostos ou até de um imposto europeu. Portanto, olhar para os 15 mil milhões que dizem que Portugal vai receber a fundo perdido como uma prenda sem sabermos como vai ser paga é de uma inocência enternecedora.

As dificuldades económicas que enfrentamos devem-se à redução brutal da atividade económica causada pela covid. Um choque destes é, simultaneamente, causado pela procura (consome-se e investe-se menos) e pela oferta (vários sectores económicos foram encerrados e o desemprego aumentou). Um trabalho recente de Pedro Brinca, João Duarte e Miguel Faria-e-Castro, publicado como documento de trabalho na Federal Reserve Bank of St. Louis, estima que pelo menos dois terços da redução da atividade económica se devem à contração da oferta e no máximo um terço advém da procura. Quer isso dizer que, possivelmente, as típicas políticas económicas keynesianas de estímulo da procura apenas poderão ajudar a resolver uma fração do problema.

Grande parte do problema exigirá mais trabalho - e não é de todo claro que apoios dos governos ajudem em vez de atrapalhar. Sabemos o que são estes programas de recuperação económica apoiados com subsídios. Teremos uma camada de burocracia europeia a definir quais são os sectores económicos de futuro. Aqueles que são merecedores de subsídios e quais os condenados. Apostar-se-á na inovação, na 5ª revolução industrial, no ambiente, nas cidades inteligentes, etc. Depois teremos uma camada de burocracia nacional a implementar estes grandes desígnios e a definir quais os adequados para Portugal. Depois teremos as empresas do regime a organizarem-se e a fazer lobbying para abocanharem a parte de leão dos subsídios. Tudo isto financiado com impostos ou com dívida que pagaremos.»

Excerto de "Abrir buracos para tapar buracos", Luís Aguiar-Conraria no Expresso

"Óbvio" Que salta à vista. = CLARO, EVIDENTE, MANIFESTO, PATENTE, VISÍVEL
"Ululante" [Brasil, Informal]  Que se manifesta claramente. = EVIDENTE, GRITANTE, ÓBVIO
"Panzerschreck" ("terror dos blindados"), nome popular do Raketenpanzerbüchse, uma espécie de bazuca inventada pelos alemães na 2.ª GM 

O título deste post é o mesmo que Nelson Rodrigues, um jornalista e escritor brasileiro fora da caixa, usou numa colectânea de crónicas publicadas em vários jornais nos finais dos anos sessenta. Estou a usá-lo não porque as crónicas de NR tenham alguma relação com o artigo citado, mas porque, ao arrepio do habitual estilo por vezes hifenado de LA-C, este artigo foca com muita clareza as questões essenciais da bazuca de Frau Ursula, as quais deveriam ser do domínio do óbvio ululante. Bazuca que está a ser usada nas sessões de ilusionismo do Dr. Costa, muito aplaudidas pela corte de jornalistas e comentadores, como mais um coelho tirado da sua vasta cartola.

03/06/2020

Quem cabras não tem e cabritos vende de algum lugar lhe vêm

«A União Europeia irá entregar aos Estados-membros que o pedirem um montante que, objetivamente, não tem. Para o fazer, terá de emitir dívida que será comprada, que pagará juros e que no final do período do empréstimo terá de ser paga. Para pagar essa dívida, ao longo dos próximos anos, a União Europeia terá de recorrer ao seu orçamento. Ora, pergunta-se – de onde vêm os recursos para o orçamento da União Europeia? Basicamente de duas fontes. Uma percentagem pequena de alguns impostos que cobra; a maior parte de transferências dos orçamentos dos Estados-membros.

Significa isto que os 750 mil milhões que irão ser pedidos emprestados, independentemente da forma como a União Europeia os vier a distribuir entre os seus Estados-membros (empréstimos, transferências, subvenções, doações, pouco importa para o caso), acrescidos dos juros respetivos, terão de ser devolvidos a quem os emprestou e vão sair ou de impostos que a União cobra ou de transferências que os Estados membros lhe fazem.

Devido ao montante em questão, devido a outros compromissos a que o orçamento comunitário já tem de fazer face, é expectável que, recorra-se a impostos ou a transferências orçamentais, uns ou outras terão de ser fortemente reforçadas nos anos mais próximos. Só assim a União poderá continuar a ter a sua atividade normal financiada e, ainda, pagar o capital e os juros deste novo empréstimo.

Como não é de crer que a Comissão Europeia esteja disposta a pedir aos Estados-membros para estes aumentarem as suas transferências diretas para o orçamento comunitário nos anos próximos, o mais provável é que se abra a porta à criação de impostos europeus (nomeadamente sobre a atividade digital das grandes empresas e a produção excessiva de dióxido de carbono).

Ou seja – a forma mais provável de a União Europeia poder vir a pagar o empréstimo que vai contrair (facilitemos a linguagem) para distribuir pelos Estados-membros necessitados significará abrir a porta à criação de verdadeiros de impostos europeus. Esta é a realidade que, infelizmente, ainda não foi discutida nem debatida.»

Excerto de «A fundo perdido?»,  João Pedro Dias, no Jornal Económico

11/04/2020

Não foi a banca que foi salva e não foi o Estado que salvou. A banca não vai salvar-nos e o plano Marshall é um delírio ou outro nome para os ricos que paguem a crise

Percebo que Dona Catarina Martins grite salvámos a banca, agora a banca tem de salvar-nos. Afinal ela é uma artista do teatro independente, o teatro a quem o estado diz «toma lá dinheiro e faz qualquer coisa», como em tempos o caracterizou António Feio, um artista do teatro dependente do público.

Percebo que o Dr. Louçã mande o pelotão berloquista gritar que devemos evitar que a banca tenha lucros. Ele sabe perfeitamente que uma banca sem lucros, como qualquer empresa sem lucros, está destinada a falir... ou a ser nacionalizada. Percebo perfeitamente que o Sr. Jerónimo diga coisas parecidas porque ele também sabe do mesmo.

Percebo perfeitamente que o Dr. Costa diga coisas parecidas em modo "solidário", como os bancos «já contaram com a comunidade nacional no suporte à sua actividade. Agora é a fase de os bancos ajudarem». Para o caso é indiferente se ele acredita ou não, porque o Dr. Costa não tem convicções, só tem conveniências.

Já tenho mais dificuldade em perceber que o Dr. Rio diga também o mesmo, porque ele tem obrigação de saber que as parcelas mais significativas do activo e do passivo dos bancos são os créditos a clientes e os depósitos de clientes, respectivamente. De onde, numa crise, como aquela em que acabámos de entrar, o crédito malparado só pode aumentar e os depósitos de clientes só podem diminuir, por isso ele poderia ter ficado calado porque só por milagre a banca aumentaria os lucros. Como deveria saber que a banca portuguesa não está adequadamente capitalizada.

E todos deveriam ter percebido que o dinheiro dos contribuintes para salvar a banca na crise de 2011 não foi bem para salvar a banca. Foi para salvar os credores da banca que entraram em incumprimento e para salvar os accionistas, como os Espírito Santo que usaram o dinheiro do banco em proveito próprio e em proveito da tentativa de domínio da banca pela clique socialista liderada pelo Sr. Eng. José Sócrates. E também deveriam percebido que a maioria desses credores inadimplentes eram empresas do complexo político-empresarial socialista que na sua maioria parasitavam o Estado Sucial.

E o Estado não salvou essa gente, o Estado usou o dinheiro dos contribuintes e mais dívida, ou seja o dinheiro futuro dos contribuintes, pelo que, segundo a lógica das supracitadas luminárias, seria essa gente quem teria o dever de salvar os contribuintes. Por isso, é  melhor os contribuintes darem corda aos sapatos porque terão de ser eles próprios a salvar-se, como habitualmente..

E quanto ao plano Marshall proposto pelo Dr. Poiares Maduro - uma proposta surpreendente para uma criatura que até aqui não parecia desprovida de senso, proposta que no mínimo é um outro nome para os Corona bonds e no máximo um perfeito disparate - devemos começar por recordar algumas coisas: (1) os beneficiários do Plano Marshall foram países europeus destruídos por uma guerra que arrasou as suas indústrias e as infraestruturas em geral; (2) por muito que o Dr. Costa e outros políticos chamem guerra às medidas para debelar a pandemia, a única coisa que esta destruiu foram as fantasias; (3) o doador de então foi um Estado que ele próprio precisa agora de se ajudar nesta crise e para tal já mobilizou 1.800 mil milhões de euros, isto é, 3,6 vezes os 500 mil milhões de euros de uma União Europeia ou mais de 5 vezes considerando as respectivas populações; (4) o presidente em exercício do dador não é um Harry Truman, mas um Donald Trump que foi eleito a prometer Make America Great Again e não Make Europe Great Again.

02/04/2020

Mitos (303) - Milagres do dinheiro caído do helicóptero ou derramado das rotativas de Frankfurt (ACTUALIZADO)


Quem só tem um martelo vê todos os problemas como pregos é o título de uma série de posts deste blogue que talvez explique a fé de inúmeras luminárias nos efeitos miraculosos de «ligar as rotativas em Frankfurt 24-sobre-24 horas, imprimir moeda e distribuí-la pelos países» para responder a uma crise que consiste essencialmente numa quebra da produção de bens e serviços resultante do confinamento obrigatório e da suspensão da maioria das actividades e, no caso português, em que o turismo representa directa e indirectamente mais de um quinto do PIB, de uma quebra da procura externa que não se resolve dando dinheiro aos turistas para visitarem Portugal.

Ou dito de outro modo, é difícil entender a fé em medidas, como o helicopter money, que talvez pudessem ser eficazes em resposta a uma recessão provocada por uma queda da procura mas que de pouco servem para aumentar a oferta, nem mesmo a oferta externa pois trata-se de uma pandemia que afecta todos os nossos parceiros comerciais. De que serve o dinheiro se não houver onde o gastar?

Quereis uma medida eficaz? Multiplicai os testes, aceitai uma letalidade mais elevada da pandemia (ou talvez apenas mais concentrada no tempo) limitando o confinamento aos infectados não curados e às pessoas com maior risco. É difícil? Sim e exige coragem cuja oferta também é escassa. Ainda assim, iria doer.

Quando não se dispõe das rotativas de Frankfurt e à pala da pandemia se tenta a mutualização da dívida, chutando o problema para Bruxelas ou Frankfurt, pode dizer-se o que escreveu a Economist:
«Manter as pessoas seguras é, afinal, a principal preocupação de um Estado. A saúde é da competência dos governos nacionais, de acordo com os tratados da UE . (...)  Neste caso, a responsabilidade é clara. As acções dos governos nacionais determinarão quantos vivem ou morrem. Reclamar que a UE está a falhar em ajudar em questões de saúde é como comprar um gato e queixar-se que ele não corre para apanhar o pau.»
ACTUALIZAÇÃO (Sugestão ao governo português, em alternativa a andar pedinchar dinheiro)
A ministra da Saúde britânica anunciou o objectivo de 100 mil testes por dia no final deste mês e confirmou que o governo está a ponderar emitir «certificados de imunidade», permitindo aos seus detentores comprovar que estiveram infectados e estão imunizados e, portanto, podem voltar a trabalhar.

28/02/2020

Pro memoria (398) - Perseguido pelo passado (continuação)

Interroga-se um leitor neste comentário ao post anterior se o aumento da emigração para o Reino Unido se deve ao Brexit. A resposta é provavelmente sim. O próprio artigo do Público refere que de 22.622 em 2017 a emigração para o RU desceu para 18.871 em 2018 e apenas em 2019 aumentou para 24.593.

Contudo, o que persegue Costa não é a emigração para o Reino Unido em especial. É a emigração em geral que ele atribuía aos malefícios do governo PSD-CDS tutelado pela troika durante o resgate, governo que tentou em condições dificílimas consertar o desconserto herdado dos dois governos PS de Sócrates (no primeiro dos quais Costa foi ministro).

A um mês das eleições de 2015 Costa dizia aos jovens emigrantes: «E é por isso que no próximo dia 04 [de outubro] vamos ter de escolher entre os que apostam em votar para voltar ou aqueles que apostam em votar para continuar a emigrar».

Vejamos a evolução da emigração total (fonte de 2011 até 2018: PORDATA) estimando que em 2019 (dados ainda não disponíveis) a emigração para os restantes países se manteve e no total aumentou os cerca de 5.700 do Reino Unido.

2011.....100.978
2012.....121.418
2013.....128.108
2014.....134.624
2015.....101.203
2016......97.151
2017......81.051
2018......81.754
2019......87.400

É este o milagre socialista do Dr. Costa em quatro anos provavelmente irrepetíveis de bonança, para a qual nada contribuiu, virada a página da austeridade?

11/08/2016

A mentira como política oficial (19) - O milagre das 35 horas

Uma boa gestão dos recursos humanos iria garantir que da redução do horário para 35 horas semanais não resultariam mais contratações nem aumento da despesa, foi a lengalenga que Costa e Centeno nos contaram durante vários meses.

Nem os próprios terão acreditado nesta treta como agora se veio a saber. Desde Março o governo dispõe de um estudo sobre o impacto da redução estimando que um quarto das entidades públicas precisará de reforçar os efectivos e «o Executivo vai responder a estas necessidades com contratados a prazo, tendo de garantir 3.621 empregos na Saúde e na Educação. [..]  na Educação serão renovados 2.621 contratos que terminavam no final deste mês. Na Saúde serão contratados “de forma faseada” mil novos enfermeiros. Na Justiça, o Governo preferiu aumentar as horas extraordinárias, revela o memorando sobre o impacto das 35 horas

Sem surpresa, o MF manda dizer que bla bla bla isso não terá consequências na execução orçamental. Podemos apostar singelo contra dobrado que todas estas previsões sairão furadas.

26/06/2016

ACREDITE SE QUISER: Magia socialista


«Minhas senhoras e meus senhores, minhas meninas e meninos! Tenho a enorme honra em vos apresentar a maior magia de todos os tempos! Depois de vermos um país a crescer sem crescer, com o desemprego a baixar sem baixar, e uma dívida pública que desce a subir, depois de vermos uma vaca com asas, teremos hoje o enorme privilégio de assistir ao arrojado e inimaginável lance: fundos de indemnização sem capital! Nem Wall Street alguma vez sonhou tal! 

No cumprimento de mais uma palavra dada à sociedade e aos enganados do BES, pela primeira vez em Portugal alguém se vai aventurar a criar um fundo de indemnização sem capital para indemnizar! É verdade! Um autêntico milagre só comparável ao da multiplicação dos pães! Pois vejamos: o fundo de indemnização para os lesados do GES não tem capital porque o Estado o não coloca lá. Se lá colocasse mais €250 milhões a dívida pública que já aumentou este ano 2,84% aumentava perigosamente e o défice que já se prevê carregado ficaria ainda mais comprometido... Por isso, o fundo de indemnização será alimentado com empréstimos do fundo de garantia dos depósitos (FGD) e no diferencial, pelo fundo de resolução (FR).

13/02/2016

ACREDITE SE QUISER: Foi encontrado o nucleótido da liberdade no ADN da TAP (2)

Depois de re-verter a venda da TAP, a geringonça decidiu re-baptizar o Aeroporto da Portela dando-lhe o nome de Humberto Delgado, o «General Sem Medo». Vem por isso a propósito re-publicar parcialmente o post que escrevi faz um ano acerca da notícia «TAP: Nascida há 70 anos com liberdade no ADN».

Tudo o que temos pensado e escrito aqui no (Im)pertinências sobre a «companhia de bandeira» fica posto em causa porque, afinal, o ácido desoxirribonucleico da TAP tem lá uns nucleótidos de Humberto Delgado. Fica-nos a dúvida se na altura da criação da TAP nos idos de 1945 o «General Sem Medo» já teria expurgado todos os nucleótidos do fascismo até então predominantes, desde 1926 quando participou no golpe de 28 de Maio e em 1941 quando publicou artigos na revista «Ar» de grande simpatia para com o nazismo em que escreveu sobre Hitler
«O ex-cabo, ex-pintor, o homem que não nasceu em leito de renda amolecedor, passará à História como uma revelação genial das possibilidades humanas no campo político, diplomático, social, civil e militar, quando à vontade de um ideal se junta a audácia, a valentia, a virilidade numa palavra
Ou quando foi nomeado em 1944 pelo governo de Salazar Director do Secretariado da Aeronáutica Civil, ou em 1951 e 1952 quando foi procurador à Câmara Corporativa ou quando foi nomeado em 1952 adido militar na embaixada em Washington onde viveu durante cinco anos. É nesse período que a lenda situa a sua conversão à liberdade, a caminho dos 50 anos e após 3 décadas de situacionista emérito - dizem os detractores que a conversão se deve mais a vaidades e ambições insatisfeitas do que a convicções.

É claro que pelo meio, em 1945 e 1946, Delgado criou a TAP e lá deixou nucleótidos não fascistas que trazia escondidos no seu ADN. Nucleótidos que passaram despercebidos até ao atento PCP, quando em 1958 Delgado se candidatou a PR, e, talvez por isso, começou por apoiar o anticomunista Cunha Leal, uma relíquia da I República, para finalmente apoiar o compagnon de route Arlindo Vicente e praticamente só depois do assassinato de Delgado, numa manobra típica do tacticismo de Cunhal, o recuperou para o património antifascista.

E assim assistimos, 5 décadas depois, a propósito da «resistência» à privatização da TAP, ao reescrever da história pelo jornalismo de causas em cujo ADN encontramos mais facilmente os nucleótidos do PCP do que os nucleótidos da liberdade.

30/04/2015

Dúvidas (93) – Se é assim, porque não propõe o PS uma redução generalizada dos impostos para acabar com o desemprego?

Segundo o documento dos 12 economistas socialistas (ou serão socialistas economistas?) de resposta às 29 perguntas de Marco António Costa, o fim da sobretaxa de IRS criaria 15 mil postos de trabalho a partir de 2018.

O substrato científico da coisa parece-se bastante com os estudos de viabilidade das auto-estradas, do Novo Aeroporto e do TGV, cujo efeito multiplicador transformaria o país num espécie de Suíça à beira-mar. Mas admitamos que sim, que a coisa tem pernas para andar. Então, nesse caso porque não acabar com o desemprego reduzindo todos os impostos?

19/03/2015

ACREDITE SE QUISER: Foi encontrado o nucleótido da liberdade no ADN da TAP

Já tem vários dias e só agora que me caiu debaixo do olho este título surpreendente do Público (sim, é verdade, ainda me deixo surpreender por este jornal): «TAP: Nascida há 70 anos com liberdade no ADN».

Teria o Público feito o mapeamento do genoma da criatura TAP? Teria lá encontrado liberdade no meio de sequências fascizantes (era o que eu esperava que o Público encontrasse numa criatura criada em 1945 em pleno regime a que costumam chamar fascismo)?

A resposta à minha inquietação encontrei-a logo nas primeiras linhas da peça laudatória: «A TAP é provavelmente a única companhia aérea do mundo cujo fundador é um herói da liberdade … [escreveu] Frederico Delgado Rosa, neto e biógrafo de Humberto Delgado, o General Sem Medo,… [no] texto que assina nas páginas da revista de bordo que este mês está colocada no banco da frente em todos os 77 aviões da TAP, que todas as semanas levantam voo cerca de 2.500 vezes».

Está explicado. Tudo o que temos pensado e escrito aqui no (Im)pertinências sobre a «companhia de bandeira» fica posto em causa porque, afinal, o ácido desoxirribonucleico da TAP tem lá uns nucleótidos de Humberto Delgado. Fica-nos a dúvida se na altura da criação da TAP nos idos de 1945 o «General Sem Medo» já teria expurgado todos os nucleótidos do fascismo até então predominantes, desde 1926 quando participou no golpe de 28 de Maio e em 1941 quando publicou artigos na revista «Ar» de grande simpatia para com o nazismo em que escreveu sobre Hitler
«O ex-cabo, ex-pintor, o homem que não nasceu em leito de renda amolecedor, passará à História como uma revelação genial das possibilidades humanas no campo político, diplomático, social, civil e militar, quando à vontade de um ideal se junta a audácia, a valentia, a virilidade numa palavra
Ou quando foi nomeado em 1944 pelo governo de Salazar Director do Secretariado da Aeronáutica Civil, ou em 1951 e 1952 quando foi procurador à Câmara Corporativa ou quando foi nomeado em 1952 adido militar na embaixada em Washington onde viveu durante cinco anos. É nesse período que a lenda situa a sua conversão à liberdade, a caminho dos 50 anos e após 3 décadas de situacionista emérito - dizem os detractores que a conversão se deve mais a vaidades e ambições insatisfeitas do que a convicções.

É claro que pelo meio, em 1945 e 1946, Delgado criou a TAP e lá deixou nucleótidos não fascistas que trazia escondidos no seu ADN. Nucleótidos que passaram despercebidos até ao atento PCP quando em 1958 Delgado se candidatou a PR, e, talvez por isso, começou por apoiar o anticomunista Cunha Leal, uma relíquia da I República, para finalmente apoiar o compagnon de route Arlindo Vicente e praticamente só depois do assassinato de Delgado, numa manobra típica do tacticismo de Cunhal, o recuperou para o património antifascista.

E assim assistimos, 5 décadas depois, a propósito da «resistência» à privatização da TAP, ao reescrever da história pelo jornalismo de causas em cujo ADN encontramos mais facilmente os nucleótidos do PCP do que os nucleótidos da liberdade.

Fica-me uma dúvida igualmente inquietante: defenderiam os prosélitos com a mesma convicção a manutenção da TAP na esfera do Estado se esta, em vez de ter sido criada pelo «General Sem Medo», tivesse sido criada pelo almirante Henrique Tenreiro?

25/01/2015

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: Mitologia grega - Hocus pocus, tontus talontus, vade celerita jubes


Para quem não conheça, pode ler aqui um resumo do programa do Syriza que irá resolver os problemas dos gregos e dos troianos, que somos nós e os espanhóis (os irlandeses não acreditam em bruxas e estão há 4 anos a tratar da sua vidinha). Como teaser aqui vai a introdução:

We demand immediate parliamentary elections and a strong negotiation mandate with the goal to:
  • Write-off the greater part of public debt’s nominal value so that it becomes sustainable in the context of a "European Debt Conference". It happened for Germany in 1953. It can also happen for the South of Europe and Greece. 
  • Include a "growth clause" in the repayment of the remaining part so that it is growth-financed and not budget-financed. 
  • Include a significant grace period ("moratorium") in debt servicing to save funds for growth.
  • Exclude public investment from the restrictions of the Stability and Growth Pact. 
  • A "European New Deal" of public investment financed by the European Investment Bank.
  • Quantitative easing by the European Central Bank with direct purchases of sovereign bonds.
  • Finally, we declare once again that the issue of the Nazi occupation forced loan from the Bank of Greece is open for us. Our partners know it. It will become the country’s official position from our first days in power. 
On the basis of this plan, we will fight and secure a socially viable solution to Greece’s debt problem so that our country is able to pay off the remaining debt from the creation of new wealth and not from primary surpluses, which deprive society of income.

With that plan, we will lead with security the country to recovery and productive reconstruction by: 
  • Immediately increasing public investment by at least €4 billion. 
  • Gradually reversing all the Memorandum injustices. Gradually restoring salaries and pensions so as to increase consumption and demand. 
  • Providing small and medium-sized enterprises with incentives for employment, and subsidizing the energy cost of industry in exchange for an employment and environmental clause. 
  • Investing in knowledge, research, and new technology in order to have young scientists, who have been massively emigrating over the last years, back home. 
  • Rebuilding the welfare state, restoring the rule of law and creating a meritocratic state.

09/09/2014

O tigre celta e o tareco lusitano (5) – De como o professor João Ferreira do Amaral transforma o segundo no primeiro à custa de injecções

[Este post é uma sequência ilógica da série «O tigre celta e o tareco lusitano»]

«Aliás, não tenho isto estudado é apenas um ‘feeling', mas Portugal até poderia ser um caso sério de crescimento económico na União Europeia se tivesse esta ajuda cambial. Podia ser um verdadeiro tigre da Europa como foi a Irlanda, que aliás desvalorizou muito a sua moeda antes de entrar na moeda única e antes do tal milagre económico irlandês.» Foi o que disse o professor João Ferreira do Amaral entrevistado pelo Económico.

Numa questão desta magnitude, confessar que não estudou e só tem um «feeling» é ao mesmo tempo de uma grande honestidade e de uma grande irresponsabilidade por parte de um membro da economia mediática, que tem a seu favor ter sido dos pouquíssimos a ter apontado os riscos de uma economia como a portuguesa adoptar a disciplina monetária e fiscal imposta pela Zona Euro.

O certo é que nem é preciso muito estudo para concluir ser necessária uma dose considerável de fé para acreditar no milagre que a «ajuda cambial» faria a Portugal, a partir de uma hipotética saída do Euro, milagre que não fez durante mais de 2 décadas em que o melhor resultado foi 75% do PIB per capita ppc da Irlanda e com o euro pelo meio ainda desceu para 60%. E já nem falo do que se está agora a passar com a retoma do crescimento e o yield a 2 anos da Irlanda inferior a zero. Para arrumar o assunto reproduzo o quadro deste post do ano passado.


Ó senhor professor, perdoe-me a franqueza, mas para fazer de um tareco um tigre não chega abandonar o tareco à sua atávica indisciplina monetária e fiscal.

21/08/2014

Pro memoria (188) – As soluções para a sustentabilidade da segurança social segundo Costa

«Para António Costa, o que põe em causa a sustentabilidade do sistema da Segurança Social não é o valor das atuais pensões, mas "a crise económica".

"Só o desemprego e a emigração, por perda de salários e por perda de contributos, criaram uma fragilidade de 8 mil milhões de euros", frisou.

O candidato à liderança do PS salientou que foi feita uma "grande reforma" da Segurança Social durante a governação socialista "muito elogiada em Portugal e em toda a União Europeia, como a reforma que mais contribuiu para a sustentabilidade futura do sistema".

Nesse sentido, defendeu que é necessário "estabilizar as pensões de hoje e ir acompanhando no futuro, na Concertação Social", para que se crie "um equilíbrio positivo entre a política de rendimentos, entre a sustentabilidade do sistema e o crescimento económico".

"A grande prioridade hoje para reforçar a sustentabilidade do nosso sistema de Segurança Social é travar a crise, é criar emprego, é de novo reforçar as contribuições para a Segurança Social", salientou

[Jornal de Notícias]

Em resumo, as únicas reformas da segurança social que precisariam de ser feitas já foram feitas pelo PS em devido tempo; o que falta é o crescimento que o PS criará como criou quando esteve no governo.

Fonte: PORDATA