Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos
de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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23/12/2018
CASE STUDY: O assalto ao BCP pela clique socialista de José Sócrates onze anos depois
O (Im)pertinências dedicou cerca de uma centena de posts a este tema (por exemplo aqui), uma das maiores vergonhas do regime que envolveu além do maestro José Sócrates, homens de mão como Santos Ferreira e Vara, facilitadores como o ministro anexo Vítor Constâncio (à época governador do BdP), homens do negócio socialista como Joe Berardo e muitos outros. Aproveitando a efeméride, Filipe Pinhal, administrador do BCP e no final sucessor de Jardim Gonçalves, escreveu no jornal SOL o artigo seguinte.
29/11/2018
Dúvidas (243) - Terão as criptomoedas futuro?
Por várias razões que não vem agora ao caso, sou da opinião que as criptomoedas não sendo moedas não terão futuro como moedas, como diria o Senhor de La Palice (se ele tivesse dito o que se diz que disse, mas não disse).
Pelos vistos, Vítor Constâncio, várias vezes ministro, governador do BdP e de seguida secretário-geral do PS (estranho não é? estamos em Portugal, não esqueça) e, até há pouco tempo, o nosso homem em Frankfurt no BCE, é também da mesma opinião: Criptomoedas «não são moeda coisa nenhuma» disse numa conferência no ISEG onde foi assistente e hoje é professor convidado.
E foi aí que as minhas certezas quanto às criptomoedas se transformaram em dúvidas ao recordar que em 23 de Fevereiro de 2000, Vítor Constâncio na tomada de posse como Governador do BdeP, também garantia «...Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária...».
Enfim, todos ainda devemos estar recordados da bancarrota a que nos conduziu Sócrates, de quem Constâncio foi ministro anexo, que também acreditava nos milagres da moeda própria e governou o país como se fosse o estado do Mississipi.
Pelos vistos, Vítor Constâncio, várias vezes ministro, governador do BdP e de seguida secretário-geral do PS (estranho não é? estamos em Portugal, não esqueça) e, até há pouco tempo, o nosso homem em Frankfurt no BCE, é também da mesma opinião: Criptomoedas «não são moeda coisa nenhuma» disse numa conferência no ISEG onde foi assistente e hoje é professor convidado.
E foi aí que as minhas certezas quanto às criptomoedas se transformaram em dúvidas ao recordar que em 23 de Fevereiro de 2000, Vítor Constâncio na tomada de posse como Governador do BdeP, também garantia «...Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária...».
Enfim, todos ainda devemos estar recordados da bancarrota a que nos conduziu Sócrates, de quem Constâncio foi ministro anexo, que também acreditava nos milagres da moeda própria e governou o país como se fosse o estado do Mississipi.
10/03/2017
ESTADO DE SÍTIO: A costela jacobina do PS e o «assalto ao castelo»
Com o beneplácito de Belém, o PS cerca os últimos vestígios de independência e procura minar o Conselho de Finanças Públicas. Comunistas e berloquistas vão mais longe e propõem a sua exterminação.
Como o BdP não se pode exterminar, nem a geringonça quer correr o risco de demitir Carlos Costa invocando falha grave e entrando em rota de colisão com o BCE, tenta-se, com o ruidoso apoio da tropa de choque comunista e berloquista, obrigar a criatura a demitir-se acusando-o de inacção no caso do BES (leia-se a propósito este artigo de João Vieira Pereira), recusando as suas propostas de nomeação para a administração e, cereja em cima do bolo, nomeando para o Conselho Consultivo do BdP Francisco Louçã, o tele-evangelista do trotskismo, inimigo da Europa e do euro, acompanhado por Murteira Nabo e Luis Nazaré, duas luminárias da nomenclatura socialista.
Enquanto isso, a imprensa amiga faz rufar os tambores. «Carlos Costa tem de se demitir» titula, por exemplo, Daniel de Oliveira, jornalista de causas/militante/comentador/analista, ex-comunista, ex-Plataforma de Esquerda, ex-Política XXI, ex-bloquista, ex-Livre, ex-Tempo de Avançar, cobrindo assim todo o leque da geringonça.
E, para o caso do homem não se demitir, colocam-se de reserva falhas graves. Só o pastorinho da economia dos amanhãs que cantam Nicolau Santos coleccionou sete. Sim, é o mesmo pastorinho que enfiou o barrete do vigarista Baptista da Silva, e que, como aqui escrevi há nove anos, fez o frete de limpeza dos detritos do Millenium bcp dos ombros do ministro anexo Constâncio, escrevendo no Expresso um artigo laudatório com o assombroso título «Greenspan defende Vítor Constâncio».
Ao mesmo tempo, Carlos César, presidente dos socialistas, com o descaramento habitual, considera que as «falhas do BdP “foram em segunda instância falhas da governação” de Passos», sem tirar as consequências do que diz que seria considerar os governos de Guterres e Sócrates responsáveis pelas falhas de governação do ministro anexo Vítor Constâncio, uma personalidade, agora estacionada em Frankfurt, que entre 1986 e 1989 saltitou entre a liderança do PS e a governação do BdP, voltando a esta em 2000 durante dez anos consecutivos.
Como o BdP não se pode exterminar, nem a geringonça quer correr o risco de demitir Carlos Costa invocando falha grave e entrando em rota de colisão com o BCE, tenta-se, com o ruidoso apoio da tropa de choque comunista e berloquista, obrigar a criatura a demitir-se acusando-o de inacção no caso do BES (leia-se a propósito este artigo de João Vieira Pereira), recusando as suas propostas de nomeação para a administração e, cereja em cima do bolo, nomeando para o Conselho Consultivo do BdP Francisco Louçã, o tele-evangelista do trotskismo, inimigo da Europa e do euro, acompanhado por Murteira Nabo e Luis Nazaré, duas luminárias da nomenclatura socialista.
Enquanto isso, a imprensa amiga faz rufar os tambores. «Carlos Costa tem de se demitir» titula, por exemplo, Daniel de Oliveira, jornalista de causas/militante/comentador/analista, ex-comunista, ex-Plataforma de Esquerda, ex-Política XXI, ex-bloquista, ex-Livre, ex-Tempo de Avançar, cobrindo assim todo o leque da geringonça.
E, para o caso do homem não se demitir, colocam-se de reserva falhas graves. Só o pastorinho da economia dos amanhãs que cantam Nicolau Santos coleccionou sete. Sim, é o mesmo pastorinho que enfiou o barrete do vigarista Baptista da Silva, e que, como aqui escrevi há nove anos, fez o frete de limpeza dos detritos do Millenium bcp dos ombros do ministro anexo Constâncio, escrevendo no Expresso um artigo laudatório com o assombroso título «Greenspan defende Vítor Constâncio».
Ao mesmo tempo, Carlos César, presidente dos socialistas, com o descaramento habitual, considera que as «falhas do BdP “foram em segunda instância falhas da governação” de Passos», sem tirar as consequências do que diz que seria considerar os governos de Guterres e Sócrates responsáveis pelas falhas de governação do ministro anexo Vítor Constâncio, uma personalidade, agora estacionada em Frankfurt, que entre 1986 e 1989 saltitou entre a liderança do PS e a governação do BdP, voltando a esta em 2000 durante dez anos consecutivos.
29/05/2015
Pro memoria (235) – A escala de partidarização do PS é muito sui generis
Recordando este post:
Se há uma figura do regime que se pode considerar paradigma dos conflitos de interesses é o Dr. Vítor Constâncio, a quem em tempo foi bem dado o cognome de «ministro anexo» pelo professor Louçã, o mesmo a quem foi dado o igualmente apropriado cognome de «tele-evangelista». O Dr. Vítor Constâncio de governador do Banco de Portugal de 1985 a 1986 transitou neste último ano, para secretário-geral do PS, cargo que abandonou em 1989. Entre 1995 e 2000 foi administrador do BPI e com o habitual à-vontade transitou em 2000 do banco supervisionado para o BdeP supervisor onde se mantive até 2010, aí ganhando merecidamente o cognome de «ministro anexo» pelos seus inestimáveis serviços ao governo PS e aos bancos e banqueiros do regime. Para conhecer retrospectivamente uma parte da sua obra clique na etiqueta «ministro anexo».
Passados 5 anos, Pedro Nuno Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PS descreveu como «a mais partidarizada de um governador de sempre» a renovação do mandato de Carlos Costa que tinha sido nomeado em primeiro lugar pelo governo de José Sócrates, com grandes encómios do então ministro das Finanças Teixeira dos Santos.
Se há uma figura do regime que se pode considerar paradigma dos conflitos de interesses é o Dr. Vítor Constâncio, a quem em tempo foi bem dado o cognome de «ministro anexo» pelo professor Louçã, o mesmo a quem foi dado o igualmente apropriado cognome de «tele-evangelista». O Dr. Vítor Constâncio de governador do Banco de Portugal de 1985 a 1986 transitou neste último ano, para secretário-geral do PS, cargo que abandonou em 1989. Entre 1995 e 2000 foi administrador do BPI e com o habitual à-vontade transitou em 2000 do banco supervisionado para o BdeP supervisor onde se mantive até 2010, aí ganhando merecidamente o cognome de «ministro anexo» pelos seus inestimáveis serviços ao governo PS e aos bancos e banqueiros do regime. Para conhecer retrospectivamente uma parte da sua obra clique na etiqueta «ministro anexo».
Passados 5 anos, Pedro Nuno Santos, vice-presidente do grupo parlamentar do PS descreveu como «a mais partidarizada de um governador de sempre» a renovação do mandato de Carlos Costa que tinha sido nomeado em primeiro lugar pelo governo de José Sócrates, com grandes encómios do então ministro das Finanças Teixeira dos Santos.
23/01/2015
Dúvidas (73) – Teria o DDT caído, não fora ter-se metido com o PQP e o Chico dos Porsches? (II)
Recordando: antes de nos felicitarmos pelo «funcionamento das instituições» que colocou um fim (provisório?) ao reinado do Dr. Ricardo Salgado, o Dono Disto Tudo, convirá reflectirmos um pouco sobre as verdadeiras causas da queda da casa dos Espíritos.
Como agora se torna cada vez mais claro, as «instituições» funcionaram mal e tardiamente. Os administradores não executivos «independentes» do BES entravam mudos e saíram calados, a comissão de auditoria vivia em paz e harmonia com a comissão executiva, o ROC e auditor KPMG assobiava para o lado e sacudia a água do capote «alertando» os seus estados de alma (*), o BdeP empurrava com a barriga para frente tentando gerir as pressões do DDT, o governo lavava as mãos, porque quem tinha de lidar com o assunto era (de facto) o supervisor.
A acrescentar tudo o que já se sabia que funcionou mal, tivemos a confirmação esta semana pela boca do seu presidente José Alves na audição na comissão parlamentar de inquérito que a PwC cessou unilateralmente em 2002 a auditoria do BES por razões na altura não publicamente não reveladas mas que foram comunicadas ao Banco de Portugal e à CMVM. Razões que incluíam, entre outras irregularidades, o financiamento de offshores, as entidades que foram do perímetro de consolidação do grupo, a opacidade da ES International, o financiamento encapotado do BES a não residentes para a aquisição de acções do próprio banco, da PT e da PTM.
Adivinhe quem era o governador do BdP em 2002. Vítor Constâncio, o ministro anexo, o mesmo que fez a famosa «declaração Mississipi» no discurso de tomada de posse em 2000, assobiou para o lado no BPN, o mesmo que estimou para o governo de José Sócrates défices vindos do governo de Santana Lopes com uma precisão de centésimas de um ponto percentual. Quem mais haveria de ser?
Como agora se torna cada vez mais claro, as «instituições» funcionaram mal e tardiamente. Os administradores não executivos «independentes» do BES entravam mudos e saíram calados, a comissão de auditoria vivia em paz e harmonia com a comissão executiva, o ROC e auditor KPMG assobiava para o lado e sacudia a água do capote «alertando» os seus estados de alma (*), o BdeP empurrava com a barriga para frente tentando gerir as pressões do DDT, o governo lavava as mãos, porque quem tinha de lidar com o assunto era (de facto) o supervisor.
A acrescentar tudo o que já se sabia que funcionou mal, tivemos a confirmação esta semana pela boca do seu presidente José Alves na audição na comissão parlamentar de inquérito que a PwC cessou unilateralmente em 2002 a auditoria do BES por razões na altura não publicamente não reveladas mas que foram comunicadas ao Banco de Portugal e à CMVM. Razões que incluíam, entre outras irregularidades, o financiamento de offshores, as entidades que foram do perímetro de consolidação do grupo, a opacidade da ES International, o financiamento encapotado do BES a não residentes para a aquisição de acções do próprio banco, da PT e da PTM.
Adivinhe quem era o governador do BdP em 2002. Vítor Constâncio, o ministro anexo, o mesmo que fez a famosa «declaração Mississipi» no discurso de tomada de posse em 2000, assobiou para o lado no BPN, o mesmo que estimou para o governo de José Sócrates défices vindos do governo de Santana Lopes com uma precisão de centésimas de um ponto percentual. Quem mais haveria de ser?
30/03/2014
SERVIÇO PÚBLICO: Os segredos de Polichinelo da governação socrática
Como aqui procurei mostrar, nas vésperas da intervenção da troika a tesouraria do governo de José Sócrates estava praticamente seca – uma realidade que as luminárias socialistas sempre negaram, mentindo descaradamente com a ajuda do jornalismo de causas e dos opinion dealers do regime. Não havia dinheiro senão para uns 4-5 dias de despesa, pensava.
Estava enganado. Segundo revelou Durão Barroso na sua entrevista ao Expresso, «Portugal, de acordo com o que comunicou a nível técnico, tinha pouco mais de 300 milhões em caixa», ou seja menos de um dia de despesa média.
Na mesma entrevista revela ainda Durão Barroso ter chamado «três vezes Vítor Constâncio a S. Bento para saber se aquilo do BPN era verdade», o que vem confirmar as enormes responsabilidades em relação ao BPN do ministro anexo, que haveria durante o governo de José Sócrates de revelar-se incondicionalmente ao serviço das políticas que conduziram o país à bancarrota.
Estava enganado. Segundo revelou Durão Barroso na sua entrevista ao Expresso, «Portugal, de acordo com o que comunicou a nível técnico, tinha pouco mais de 300 milhões em caixa», ou seja menos de um dia de despesa média.
Na mesma entrevista revela ainda Durão Barroso ter chamado «três vezes Vítor Constâncio a S. Bento para saber se aquilo do BPN era verdade», o que vem confirmar as enormes responsabilidades em relação ao BPN do ministro anexo, que haveria durante o governo de José Sócrates de revelar-se incondicionalmente ao serviço das políticas que conduziram o país à bancarrota.
26/03/2014
Bons exemplos (77) – Coisas que se devem ao ministro anexo Constâncio…
… por ter ido descansar para Frankfurt. São várias, mas a principal foi ter deixado de ser governador do Banco de Portugal, deixando o lugar vago para Carlos Costa que grosso modo tem cumprido as expectativas impertinentes.
Exemplo: o BdeP está a obrigar o BES a separar as suas actividades bancárias das participações de banco do regime nas empresas do regime fora da área financeira; descobriu-lhe a careca do financiamento das suas participadas através de papel comercial com que entupiu os fundos cujas unidades de participação impingiu aos clientes e last but not least obrigou a constituir uma provisão de 700 milhões e vai obrigar a mudar o modelo de governação (ver aqui a estória resumida por António Costa, o director do Económico e não o outro). Alguém imagina o ministro anexo que fechou os olhos ao BPN, BPP e BCP a encostar os Espíritos à parede?
Exemplo: o BdeP está a obrigar o BES a separar as suas actividades bancárias das participações de banco do regime nas empresas do regime fora da área financeira; descobriu-lhe a careca do financiamento das suas participadas através de papel comercial com que entupiu os fundos cujas unidades de participação impingiu aos clientes e last but not least obrigou a constituir uma provisão de 700 milhões e vai obrigar a mudar o modelo de governação (ver aqui a estória resumida por António Costa, o director do Económico e não o outro). Alguém imagina o ministro anexo que fechou os olhos ao BPN, BPP e BCP a encostar os Espíritos à parede?
15/03/2014
Pro memoria (165) – O homem não passa e a obra fica
Se há uma figura do regime que se pode considerar paradigma dos conflitos de interesses é o Dr. Vítor Constâncio, a quem em tempo foi bem dado o cognome de «ministro anexo» pelo professor Louçã, o mesmo a quem foi dado o igualmente apropriado cognome de «tele-evangelista». O Dr. Vítor Constâncio de governador do Banco de Portugal de 1985 a 1986 transitou neste último ano, para secretário-geral do PS, cargo que abandonou em 1989. Entre 1995 e 2000 foi administrador do BPI e com o habitual à-vontade transitou em 2000 do banco supervisionado para o BdeP supervisor onde se mantive até 2010, aí ganhando merecidamente o cognome de «ministro anexo» pelos seus inestimáveis serviços ao governo PS e aos bancos e banqueiros do regime. Para conhecer retrospectivamente uma parte da sua obra clique na etiqueta «ministro anexo».
Veio agora a saber-se pelo Conselho Superior da Magistratura, entalado pela prescrição do processo de Jardim Gonçalves pelas alegadas malfeitorias no BCP, que o procedimento contra-ordenacional esteve cinco anos e cinco meses no BdeP, antes de ser enviado ao tribunal, no período entre Março de 2005 e 04 de Agosto de 2010. Não certamente por acaso, o governador do Banco de Portugal durante todo esse período foi o nosso homem que ficou sentado em cima do processo à espera do seu sucessor.
Imigrado entretanto para o BCE, adaptou-se tão bem aos ares de Frankfurt que ninguém consegue tirá-lo de lá. Nem mesmo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que espera há 8 meses que Vítor Constâncio se disponha a ser ouvido no âmbito do processo de Banco Privado Português, no qual está arrolado como testemunha por este banco, em mais um caso em que as suas funções de ministro anexo lhe roubaram o tempo para fazer o papel de supervisor.
Veio agora a saber-se pelo Conselho Superior da Magistratura, entalado pela prescrição do processo de Jardim Gonçalves pelas alegadas malfeitorias no BCP, que o procedimento contra-ordenacional esteve cinco anos e cinco meses no BdeP, antes de ser enviado ao tribunal, no período entre Março de 2005 e 04 de Agosto de 2010. Não certamente por acaso, o governador do Banco de Portugal durante todo esse período foi o nosso homem que ficou sentado em cima do processo à espera do seu sucessor.
Imigrado entretanto para o BCE, adaptou-se tão bem aos ares de Frankfurt que ninguém consegue tirá-lo de lá. Nem mesmo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que espera há 8 meses que Vítor Constâncio se disponha a ser ouvido no âmbito do processo de Banco Privado Português, no qual está arrolado como testemunha por este banco, em mais um caso em que as suas funções de ministro anexo lhe roubaram o tempo para fazer o papel de supervisor.
12/12/2013
Pro memoria (152) – Mais nódoas para o currículo do ministro anexo
Se João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português, estiver a falar verdade, o Banco de Portugal «não só conhecia como sempre consentiu na comercialização das estratégias de retorno absoluto com garantia de capital». Estas «estratégias» não só foram uma das causas do afundamento do BPP como em boa verdade são operações com taxa garantida que só poderiam ser feitas por seguradoras.
Como tudo isto se passou durante o mandato 2000-9 do ministro anexo Vítor Constâncio, agora em repouso em Frankfurt, se isto for verdade, são mais umas nódoas para o currículo do ministro anexo.
Como tudo isto se passou durante o mandato 2000-9 do ministro anexo Vítor Constâncio, agora em repouso em Frankfurt, se isto for verdade, são mais umas nódoas para o currículo do ministro anexo.
18/05/2013
ARTIGO DEFUNTO: Espero bem que os eurodeputados repudiem o modelo socrático-teixeirense
Confesso ter ficado ainda mais preocupado do que quando escrevi este post ao ler uma meia dúzia de artigos com títulos do tipo «Eurodeputados querem proteger depósitos acima de 100 mil euros».
E porquê? Ora, porque bem poderia ser que os eurodeputados pretendessem serem os contribuintes a pagar a falência dos bancos, segundo o modelo socrático-teixeirense, pagamento que no caso do BPN vai ser maior do que o défice das contas públicas. Fiquei tão preocupado que quase me dispus a ler um documento de 60 páginas em europês intragável, baptizado «Banking Union: The Single Resolution Mechanism - Monetary Dialogue, 18 February 2013, Compilation of Notes».
11/05/2013
ARTIGO DEFUNTO / ESTADO DE SÍTIO: Na cabeça desta gente é tudo Estado e são tudo taxas
Se um marciano, ou a maioria dos portugueses, lesse o que escrevem os mídia sobre quem suporta o risco de falência de um banco nunca perceberia que há basicamente dois modelos:
- A solução «natural» consistindo em os accionistas suportarem as perdas do banco, sendo o remanescente suportado pelos credores juniores (sem garantia) e seniores (com garantia) e os depositantes (que na verdade são em substância credores sem garantia) – exemplo: os bancos cipriotas na crise recente;
- A solução de socialização dos prejuízos que consiste em os contribuintes sem qualquer relação com o banco falido suportarem todas ou a maior parte das perdas através da injecção de capital feita pelo Estado em nome da salvação do sistema financeiro – exemplo: a solução socrática para o BPN em que a conta dos contribuintes já ultrapassa 7 mil milhões de euros.
29/04/2013
Bons exemplos (57) - Um regulador que não jogou golfe com os regulados
«I didn’t know the bank CEOs. I didn’t play golf with them. I just thought I’d call it as I saw it», disse ao Financial Times em Janeiro Matthew Elderfield, um inglês nomeado em 2010 pelo governo irlandês como regulador bancário. Fez um excelente trabalho para combater o compadrio na banca irlandesa e vai agora ser nomeado responsável de «compliance» do Lloyds Banking Group, liderado por António Horta-Osório. (Fonte: Financial Times)
Nós por cá teríamos ficado felizes mesmo se Constâncio, o ministro anexo, tivesse jogado golfe com os Espíritos e Ulrich ou mesmo tivesse ido à missa com Jardim Gonçalves, desde que ao menos tivesse mantido algumas distâncias do governo e do PS a quem serviu. Distâncias que, reconheça-se, não teria sido fácil manter para quem foi o seu secretário-geral de 1986 a 1989.
Nós por cá teríamos ficado felizes mesmo se Constâncio, o ministro anexo, tivesse jogado golfe com os Espíritos e Ulrich ou mesmo tivesse ido à missa com Jardim Gonçalves, desde que ao menos tivesse mantido algumas distâncias do governo e do PS a quem serviu. Distâncias que, reconheça-se, não teria sido fácil manter para quem foi o seu secretário-geral de 1986 a 1989.
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07/02/2013
ARTIGO DEFUNTO: Tiro no pé do ministro anexo

31/01/2013
Pro memoria (92) - Seria o Constâncio deles melhor do que nosso ministro anexo?
«Contratos de alto risco e suspeitas de gestão ruinosa passaram despercebidos ao Banco de Itália quando este era dirigido por Mário Draghi.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mário Draghi, teve ontem um encontro não programado com o ministro italiano das Finanças, Vittorio Grilli, para discutir o avolumar de problemas e suspeitas de gestão danosa no Monte dei Paschi di Siena (MPS), em vésperas de o assunto ser debatido no parlamento italiano e em plena campanha eleitoral.»
(Negócios)
À escala, Mario Draghi não chegou aos calcanhares do nosso ministro anexo, agora sentado na cadeira ao lado, no BCE em Frankfurt. Na verdade, 4 mil milhões de euros torrados no MPS, o banco mais antigo do mundo, em Itália, com um PIB quase 10 vezes o de Portugal, não comparam com os 6,5 mil milhões torrados no BPN em Portugal.
Em conclusão, ambos têm problemas de visão já antigos. Contudo, os óculos de Vítor Constâncio precisariam de mais dioptrias do que os de Mario Dragui.
À escala, Mario Draghi não chegou aos calcanhares do nosso ministro anexo, agora sentado na cadeira ao lado, no BCE em Frankfurt. Na verdade, 4 mil milhões de euros torrados no MPS, o banco mais antigo do mundo, em Itália, com um PIB quase 10 vezes o de Portugal, não comparam com os 6,5 mil milhões torrados no BPN em Portugal.
Em conclusão, ambos têm problemas de visão já antigos. Contudo, os óculos de Vítor Constâncio precisariam de mais dioptrias do que os de Mario Dragui.
02/11/2012
DIÁRIO DE BORDO: Não é só uma questão moral. E, se fosse, não seria pouco.
George Propovopoulos, o presidente do banco central grego, bem como os seus vice-governadores, abdicaram de 30% do salário como demonstração de solidariedade. Propovopoulos já tinha decidido reduzir o salário em 20% em 2009, o qual ficou agora em 7.716 euros mensais.
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11/09/2012
De boas intenções está o inferno cheio (12) – O mausoléu da Kaiserstrasse 29 vai ficar abarrotado (2)
A fé dos contribuintes do (Im)pertinências na sustentabilidade a longo prazo da Zona Euro é muito limitada e as instituições da União Europeia fazem pouco para a fortalecer. Desta vez, foi a proposta da Comissão para a supervisão dos bancos europeus ser gradualmente transferida para o BCE, já aqui comentada. Pior do que isso, é a possibilidade de o ex-ministro anexo Vítor Constâncio vir a ser nomeado peloureiro da supervisão. Pelo menos o próprio já parece andar a trabalhar para isso, como indiciam os manipulados plantados nos jornais (um exemplo).
Infelizmente, os delicados negócios políticos por trás destas nomeações para as instituições da Óropa podem dar vencimento às pretensões de Vítor Constâncio. Recorde-se que o currículo do homem, enquanto responsável pela supervisão da banca portuguesa, inclui os conhecidos casos do BPN e BPP, sem esquecer o seu papel no assalto do PS ao BCP. Sem esquecer também a famosa declaração Mississipi no discurso de tomada de posse em 2000 onde nos ilumina com um paradigma que deveria ficar nos anais da economia:
Infelizmente, os delicados negócios políticos por trás destas nomeações para as instituições da Óropa podem dar vencimento às pretensões de Vítor Constâncio. Recorde-se que o currículo do homem, enquanto responsável pela supervisão da banca portuguesa, inclui os conhecidos casos do BPN e BPP, sem esquecer o seu papel no assalto do PS ao BCP. Sem esquecer também a famosa declaração Mississipi no discurso de tomada de posse em 2000 onde nos ilumina com um paradigma que deveria ficar nos anais da economia:
«Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária.»Comparem-se estes critérios paroquiais de nomeação para as altas instâncias financeiras da UE, com o que se está a passar no processo de substituição de Mervyn King, actual presidente do Banco de Inglaterra, em que a mais conceituada revista inglesa de economia e finanças defende que entre os candidatos se deveria encontrar o brasileiro Arminio Fraga e o polaco Leszek Balcerowicz.
16/05/2012
Pro memoria (55) - A culpa morreu solteira, outra vez
«O ministro das Finanças e o Governador enganaram o país a 2 de Novembro de 2008 quando, em conferência de imprensa, argumentaram com o risco sistémico», disse ontem no parlamento Miguel Cadilhe, presidente da SLN referindo-se à nacionalização do BPN ocorrida depois do BdeP e MF terem recusado as suas propostas.
Teixeira dos Santos foi descansar para a universidade do Porto e Vítor Constâncio para Frankfurt. Ambos continuam a produzir sound bites ampliados pelos jornais amigos e até hoje ninguém lhes pediu contas e ainda menos os responsabilizou.
Teixeira dos Santos foi descansar para a universidade do Porto e Vítor Constâncio para Frankfurt. Ambos continuam a produzir sound bites ampliados pelos jornais amigos e até hoje ninguém lhes pediu contas e ainda menos os responsabilizou.
28/04/2012
Devemos ficar preocupados? (2)
«Constâncio acredita num regresso aos mercados em 2013.»
Esta fé surge-lhe 3 semanas depois de ter admitido a necessidade de um novo resgate e uma dúzia de anos depois de ter garantido que a importância da balança de pagamentos para Portugal após a adopção do Euro seria parecida com a do Mississipi.
Receio que não sejam só os espanhóis que devem ficar preocupados com as competências preditivas do ex-ministro anexo. Ó Impertinente, tens a certeza que isso é mesmo o princípio do princípio?
Esta fé surge-lhe 3 semanas depois de ter admitido a necessidade de um novo resgate e uma dúzia de anos depois de ter garantido que a importância da balança de pagamentos para Portugal após a adopção do Euro seria parecida com a do Mississipi.
Receio que não sejam só os espanhóis que devem ficar preocupados com as competências preditivas do ex-ministro anexo. Ó Impertinente, tens a certeza que isso é mesmo o princípio do princípio?
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26/04/2012
06/04/2012
BREIQUINGUE NIUZ: O oráculo do ministro anexo
Tenho previsto que o governo português será forçado a reestruturar dívida e precisará de vários outros resgates. Até agora não tinha companhia de nenhuma luminária da economia do regime. Passei a ter. Victor Constâncio, o nosso agente em Franfkfurt, admitiu no final da reunião do Ecofin que Portugal poderia precisar de outro resgate.
Como as previsões de ministro anexo Constâncio até agora falharam rotundamente, incluindo a célebre comparação do Portugal do euro com o Mississipi, fiquei agora com as maiores dúvidas sobre se a acidental coincidência de previsões não significará que a minha previsão é tão fiável como as dele.
Como as previsões de ministro anexo Constâncio até agora falharam rotundamente, incluindo a célebre comparação do Portugal do euro com o Mississipi, fiquei agora com as maiores dúvidas sobre se a acidental coincidência de previsões não significará que a minha previsão é tão fiável como as dele.
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