Continuação das Crónicas: «
da anunciada avaria irreparável da geringonça», «
da avaria que a geringonça está a infligir ao País» e «
da asfixia da sociedade civil pela Passarola de Costa» e do «
Semanário de Bordo da Nau Catrineta». Outras
Sequelas da Nau Catrineta do Dr. Costa.
As “contas certas” estavam erradas
Confirma-se que o tão celebrado excedente do 4.º trimestre do ano passado se converteu num défice de 0,2% no 1.º trimestre deste ano durante o governo do Dr. Costa. Ficou também a saber-se que esse défice se deve ao aumento das pensões, uma medida muito inspirada numa tentativa de comprar os votos dos três milhões de pensionistas, e a quatro dezenas de resoluções do conselho de ministros aprovadas já com o governo do Dr. Costa demitido em Novembro que
não tinham dotação orçamental, todas com o mesmo propósito eleitoral.
«Cá em casa está (quase) tudo bem»
Foi com este título panglossiano que o semanário de reverência nos anunciou que a economia portuguesa foi a 12.º com maior crescimento no 1.º trimestre à vertiginosa velocidade de 1,5%, velocidade à qual alcançaríamos a Alemanha no final do século, se esta continuasse a crescer ao ritmo actual. A má notícia é que aos ritmos actuais todos os países sobreviventes do colapso soviético nos teriam ultrapassado.
Apesar de não identificar as componentes do “
quase”, o Expresso inclui na sua peça o diagrama acima da produtividade (“
protividade” para o Dr. Costa) por trabalhador em % da média da UE que mostra um resultado que temos de atribuir ao PREC e às décadas de economia de inspiração socialista, consideração que levaria o jornalista a mudar o título «Cá em casa está (quase) tudo bem, excepto o essencial».
O melhor não é suficientemente bom
Segundo o INE a taxa de poupança no 1.º trimestre cresceu para 8% do rendimento disponível bruto o que constitui o melhor valor dos últimos anos.
A má notícia é que em média a taxa de poupança das famílias portuguesas tem sido metade da Zona Euro e, por isso, o mesmo tem acontecido com a taxa de investimento. A consideração deste facto levaria o jornalista do Expresso a explicitar que o quase tudo da baixa produtividade é sobretudo a descapitalização da economia resultante de investimento insuficiente por falta de poupança interna (e externa porque o capital estrangeiro não vê vantagem em investir numa economia de baixa produtividade).
(Continua)