Um dos desportos favoritos dos portugueses é o massajar masturbativo do ego com a suposta admiração que a estranja nos dedica, boquiaberta com os nossos feitos. Se quisermos ser honestos, devemos reconhecer que a estranja não liga peva ao que fazemos e, quando liga, é para nos denegrir. Uma vez ou outra injustamente (devido à falta de credibilidade), como recentemente, quando os média britânicos vituperaram os polícias portugueses a propósito da suposta incompetência na investigação do rapto da menina inglesa.
«No trabalho, os portugueses não se valorizam entre si. Para arranjar emprego conta mais por quem se é recomendado do que o currículo ou a experiência que alguém possa ter e, para subir de posição, pesam mais a influência dos amigos e as relações de simpatia do que a competência ou a visão profissional da pessoa. Portugal ainda tem a mentalidade dos 'jobs for the boys'. Nestas culturas é natural que as pessoas não dêem o seu melhor porque não vêem o seu trabalho valorizado. E isso não traz felicidade» disse à Única, há duas semanas, Eva Henningsen, uma dinamarquesa que por cá vive e que parece conhecer bem a alma nacional.
Segundo ela os portugueses são infelizes devido ao «nepotismo enraizado na família, no trabalho e nas autoridades. ... São um povo muito simpático e caloroso, mas têm uma mentalidade de controlo que persiste. Houve uma grande revolução política (25 de Abril), mas o impulso de vigiar e controlar os outros mantém-se e isso tolhe a felicidade das pessoas porque lhes limita a liberdade de acção e de expressão. Portugal é um país católico ainda muito preso a convenções sociais do passado. Na Dinamarca as pessoas têm, mesmo, liberdade para serem o que quiserem desde que não violem a lei.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
31/05/2007
30/05/2007
DIÁRIO DE BORDO: de volta à maledicência
Provavelmente revigorado por umas curtas férias. Ainda mais provavelmente envinagrado por serem curtas.
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delírios pontuais
24/05/2007
ARTIGO DEFUNTO: e a montanha mediática pariu mais um rato fáctico
Por trás de cada uma das inúmeras notícias todos os dias publicadas sobre os feitos do governo deve haver um spin doctor que considera os consumidores de mídia uns perfeitos asnos a quem podem insultar impunemente o módico de inteligência que lhes sobra do assédio informativo.
Desta vez é a notícia que o «Governo dispensou 40% dos recibos verdes», isto é 40% dos infelizes avençados e tarefeiros que nunca chegaram a arrimar-se a um bico da teta da generosa vaca marsupial pública. Impante, o governo informa o seu agente no Diário Económico que «dispensou, no ano passado, quase metade dos trabalhadores da Administração Central com contratos de tarefa e avença».
Depois da conversão levada a cabo pelos governos do engenheiro Guterres (nos quais, recorde-se, participou o actual primeiro-ministro, seu confesso admirador) que transformaram dezenas de milhares de infelizes dos recibos verdes em felizardos utentes da vaca, sobrou pouco para o ímpeto reformista do engenheiro Sócrates. Segundo o ministério das Finanças sobraram apenas 8.698 infelizes, dos quais 3.660 foram expelidos o ano passado do ventre acolhedor da vaca para as agruras do mercado de trabalho.
Será isto um feito a creditar ao governo? Duvida-se. Primeiro pela insignificância no oceano dos setecentos e tantos mil utentes, segundo porque os infelizes 3.660 infelizes expulsos do paraísos eram presumivelmente os mais produtivos.
Desta vez é a notícia que o «Governo dispensou 40% dos recibos verdes», isto é 40% dos infelizes avençados e tarefeiros que nunca chegaram a arrimar-se a um bico da teta da generosa vaca marsupial pública. Impante, o governo informa o seu agente no Diário Económico que «dispensou, no ano passado, quase metade dos trabalhadores da Administração Central com contratos de tarefa e avença».
Depois da conversão levada a cabo pelos governos do engenheiro Guterres (nos quais, recorde-se, participou o actual primeiro-ministro, seu confesso admirador) que transformaram dezenas de milhares de infelizes dos recibos verdes em felizardos utentes da vaca, sobrou pouco para o ímpeto reformista do engenheiro Sócrates. Segundo o ministério das Finanças sobraram apenas 8.698 infelizes, dos quais 3.660 foram expelidos o ano passado do ventre acolhedor da vaca para as agruras do mercado de trabalho.
Será isto um feito a creditar ao governo? Duvida-se. Primeiro pela insignificância no oceano dos setecentos e tantos mil utentes, segundo porque os infelizes 3.660 infelizes expulsos do paraísos eram presumivelmente os mais produtivos.
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22/05/2007
BREIQUINGUE NIUZ: catástrofe social, disse ele
Pode ser conversa para militante, mas o certo é que o doutor Marques Mendes disse no almoço em Fafe, aparentemente sóbrio, coisas como «o primeiro-ministro tem obrigação de dar ao país explicações sobre o galopante aumento do desemprego para níveis como já não havia há 21 anos» e «o que está em causa neste momento não é apenas um rotundo fracasso da política do Governo. É uma catástrofe social que atinge em particular os mais pobres da sociedade». (Público de ontem)
Coisas incontornáveis? Talvez incontornáveis no estado de nevoeiro analítico em que a nação se encontra, mas com pressupostos preocupantes para um líder da oposição que deveria ter políticas alternativas e não mais do mesmo ou menos do mesmo.
Pensa o líder da oposição que compete ao governo criar empregos? Será? Só se for lugares no monstro do professor Cavaco et alia.
Acredita o líder da oposição que está perante uma catástrofe social? E o que chamou à situação decorrente das reformas que a Espanha realizou há 20 anos que fizeram o desemprego ultrapassar 20%? E o que chama ao estado de coisas em que temos vivido, sustentando empregos improdutivos e empresas inviáveis, na economia paralela ou na economia parasitária dos subsídios, que afundam empresas viáveis?
Num ponto ele pode ter razão. Como a medicina que o primeiro-ministro prometeu no programa de governo que administraria ao país é a mesma do líder da oposição, talvez seja um «rotundo fracasso da política do governo» não criar 150.000 novos empregos até ao fim do mandato. Ou talvez não. Se o doutor Marques Mendes pensar que o importante é manter o emprego, terá que fazer a justiça ao primeiro-ministro que ele, não destruindo, como prometeu, 75.000 empregos na administração pública só precisará de «criar» 75.000 para ficar tudo na «mesma».
Conseguirá o doutor Marques Mendes perceber que a economia só se renova com a destruição de uns empregos e a criação de outros? Compreenderá que a política de manter empregos a qualquer custo é o caminho mais directo para os destruir sem criar novos.
Coisas incontornáveis? Talvez incontornáveis no estado de nevoeiro analítico em que a nação se encontra, mas com pressupostos preocupantes para um líder da oposição que deveria ter políticas alternativas e não mais do mesmo ou menos do mesmo.
Pensa o líder da oposição que compete ao governo criar empregos? Será? Só se for lugares no monstro do professor Cavaco et alia.
Acredita o líder da oposição que está perante uma catástrofe social? E o que chamou à situação decorrente das reformas que a Espanha realizou há 20 anos que fizeram o desemprego ultrapassar 20%? E o que chama ao estado de coisas em que temos vivido, sustentando empregos improdutivos e empresas inviáveis, na economia paralela ou na economia parasitária dos subsídios, que afundam empresas viáveis?
Num ponto ele pode ter razão. Como a medicina que o primeiro-ministro prometeu no programa de governo que administraria ao país é a mesma do líder da oposição, talvez seja um «rotundo fracasso da política do governo» não criar 150.000 novos empregos até ao fim do mandato. Ou talvez não. Se o doutor Marques Mendes pensar que o importante é manter o emprego, terá que fazer a justiça ao primeiro-ministro que ele, não destruindo, como prometeu, 75.000 empregos na administração pública só precisará de «criar» 75.000 para ficar tudo na «mesma».
Conseguirá o doutor Marques Mendes perceber que a economia só se renova com a destruição de uns empregos e a criação de outros? Compreenderá que a política de manter empregos a qualquer custo é o caminho mais directo para os destruir sem criar novos.
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21/05/2007
SERVIÇO PÚBLICO: as notícias da retoma eram manifestamente exageradas
A semana passada o engenheiro Sócrates trombeteou para os mídia «um sinal de recuperação clara», citando estimativas rápidas do PIB que o INE apresentou. O homem não fez a coisa por menos: «o maior crescimento trimestral dos últimos cinco anos». (Agência Financeira)
O Impertinências, nisto parecido com sua excelência o PR, disse para com os seus botões esperar para ver (os botões de sua excelência foi um rancho de jornalistas).
Hoje os Indicadores de Conjuntura do Banco de Portugal, informam-nos que a actividade económica se manteve estável nos últimos 5 meses e, para ajudar, o indicador coincidente do consumo privado diminui em Abril, o que não augura boas notícias para os próximos meses.
Possíveis explicações para o fenómeno das discrepâncias:
1.ª o INE fez umas estimativas tão rápidas que se enganou nas contas
2.ª o ministro anexo do BdeP decidiu reabilitar-se e marcar as suas distâncias ao governo
3.º com amigos destes no INE mais vale o 1.º ministro ter só inimigos
4.º na viagem das Avenidas novas para a Rua do Ouro perdeu-se 0,4% do PIB
O Impertinências, nisto parecido com sua excelência o PR, disse para com os seus botões esperar para ver (os botões de sua excelência foi um rancho de jornalistas).
Hoje os Indicadores de Conjuntura do Banco de Portugal, informam-nos que a actividade económica se manteve estável nos últimos 5 meses e, para ajudar, o indicador coincidente do consumo privado diminui em Abril, o que não augura boas notícias para os próximos meses.
Possíveis explicações para o fenómeno das discrepâncias:
1.ª o INE fez umas estimativas tão rápidas que se enganou nas contas
2.ª o ministro anexo do BdeP decidiu reabilitar-se e marcar as suas distâncias ao governo
3.º com amigos destes no INE mais vale o 1.º ministro ter só inimigos
4.º na viagem das Avenidas novas para a Rua do Ouro perdeu-se 0,4% do PIB
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20/05/2007
ESTADO DE SÍTIO: os excessos de zelo revelam tiques autoritários
Qual terá sido o critério em que se fundou a suspensão e o processo disciplinar instaurado pela Direcção Regional de Educação do Norte a um professor de inglês que terá feito um «comentário jocoso ..., dentro de um gabinete a um "colega" e retirado do anedotário nacional do caso Sócrates / Independente», segundo as suas próprias palavras?
E se esse critério, qualquer que tenha sido, tivesse sido aplicado aos comentários jocosos, produzidos pelos gabinetes deste país e fora dos gabinetes, a propósito das inúmeras tontices (a maior parte deles menos desabonatória do seu carácter e menos grave do que as alegadas manobras da UnI) que o parlapatão doutor Santana Lopes produziu durante o seu breve consolado?
Resposta: 9 em cada 10 utentes da vaca marsupial pública teriam sido suspensos. O que até teria sido uma benção, diga-se.
E se esse critério, qualquer que tenha sido, tivesse sido aplicado aos comentários jocosos, produzidos pelos gabinetes deste país e fora dos gabinetes, a propósito das inúmeras tontices (a maior parte deles menos desabonatória do seu carácter e menos grave do que as alegadas manobras da UnI) que o parlapatão doutor Santana Lopes produziu durante o seu breve consolado?
Resposta: 9 em cada 10 utentes da vaca marsupial pública teriam sido suspensos. O que até teria sido uma benção, diga-se.
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19/05/2007
ESTADO DE SÍTIO: mais estatísticas de causas que sustentam um optimismo pessimista
O INE diz que a taxa de desemprego atingiu no 1.º trimestre o valor mais alto dos últimos 20 anos, ou seja 470 mil desempregados, sem esquecer 108 mil «inactivos desencorajados», seja lá o que for que signifique desencorajado para trabalhar.
O ministro do Trabalho prefere apelar para o que ele acredita ser a auto-estima ferida dos portugueses e cita as estatísticas de causas dos centros de emprego para traçar um cenário mirífico de recuperação do emprego. (Diário Económico)
E, no entanto, o cenário «pessimista» que emerge dos números do INE é muito mais optimista do que o cenário «optimista» ministerial que, a ser acreditado, era caso para se ficar ainda mais pessimista.
A questão é tão simples que só é difícil de ver por causa do nevoeiro analítico dos spin doctors governamentais. Nas duas décadas que levamos de subsídios da UE, criámos empregos total ou parcialmente improdutivos no estado napoleónico-estalinista e nos seus anexos (centenas de empresas públicas, muitas delas actualmente semi-públicas). Só a administração pública terá engordado com 2 ou 3 centenas de milhar de utentes.
A engorda teve dois efeitos letais para o crescimento económico. Por um lado, um efeito directo na produtividade já que o subemprego ou o emprego fictício não acrescenta valor, só acrescenta custos. Por outro, porque criou nos mercados de trabalho uma oferta de emprego que manteve os salários artificialmente elevados, que sustentou uma procura de bens de consumo e de habitação (potenciada pela baixa das taxas de juro), que ajudou a manter à tona milhares de empresas inviáveis de todos os tamanhos.
Imagine-se, nesta situação, se o emprego aumentasse. Deveríamos ficar mais pessimistas se o cenário idílico que vive na cabeça do ministro do Trabalho (supondo que ele acredita no que diz) tivesse alguns pontos de contacto com a realidade. Estaríamos ainda mais presos numa armadilha de que os nossos vizinhos espanhóis se libertaram há 20 anos, quando chegaram a uma taxa de desemprego superior a 20% e reorganizaram todo o tecido empresarial.
Como é que se sai desta armadilha? Fechando empresas, descontinuando negócios, emagrecendo o monstro que o professor Cavaco e o engenheiro Guterres (para só citar os maiores responsáveis) alimentaram com desvelo. Quanto ao monstro, estamos conversados, porque as ganas do engenheiro Sócrates são mais no campo discursivo do que no campo das reformas. Quanto às antigas empresas públicas e seus resíduos no interior de empresas privadas, os excedentes são enviados para uma bela aposentação com confortáveis pensões (só o Millenium bcp à sua conta enviou milhares que recebeu do BPA, BPSM, etc.).
Fica pois o emagrecimento para as micro-empresas e PME por esse país fora (sobretudo no Norte) que vão ter que pagar uma parte desproporcionada da factura da obesidade alheia. Enquanto não aparecem (in)voluntários para pagar o resto da factura é difícil imaginar a retoma.
O ministro do Trabalho prefere apelar para o que ele acredita ser a auto-estima ferida dos portugueses e cita as estatísticas de causas dos centros de emprego para traçar um cenário mirífico de recuperação do emprego. (Diário Económico)
E, no entanto, o cenário «pessimista» que emerge dos números do INE é muito mais optimista do que o cenário «optimista» ministerial que, a ser acreditado, era caso para se ficar ainda mais pessimista.
A questão é tão simples que só é difícil de ver por causa do nevoeiro analítico dos spin doctors governamentais. Nas duas décadas que levamos de subsídios da UE, criámos empregos total ou parcialmente improdutivos no estado napoleónico-estalinista e nos seus anexos (centenas de empresas públicas, muitas delas actualmente semi-públicas). Só a administração pública terá engordado com 2 ou 3 centenas de milhar de utentes.
A engorda teve dois efeitos letais para o crescimento económico. Por um lado, um efeito directo na produtividade já que o subemprego ou o emprego fictício não acrescenta valor, só acrescenta custos. Por outro, porque criou nos mercados de trabalho uma oferta de emprego que manteve os salários artificialmente elevados, que sustentou uma procura de bens de consumo e de habitação (potenciada pela baixa das taxas de juro), que ajudou a manter à tona milhares de empresas inviáveis de todos os tamanhos.
Imagine-se, nesta situação, se o emprego aumentasse. Deveríamos ficar mais pessimistas se o cenário idílico que vive na cabeça do ministro do Trabalho (supondo que ele acredita no que diz) tivesse alguns pontos de contacto com a realidade. Estaríamos ainda mais presos numa armadilha de que os nossos vizinhos espanhóis se libertaram há 20 anos, quando chegaram a uma taxa de desemprego superior a 20% e reorganizaram todo o tecido empresarial.
Como é que se sai desta armadilha? Fechando empresas, descontinuando negócios, emagrecendo o monstro que o professor Cavaco e o engenheiro Guterres (para só citar os maiores responsáveis) alimentaram com desvelo. Quanto ao monstro, estamos conversados, porque as ganas do engenheiro Sócrates são mais no campo discursivo do que no campo das reformas. Quanto às antigas empresas públicas e seus resíduos no interior de empresas privadas, os excedentes são enviados para uma bela aposentação com confortáveis pensões (só o Millenium bcp à sua conta enviou milhares que recebeu do BPA, BPSM, etc.).
Fica pois o emagrecimento para as micro-empresas e PME por esse país fora (sobretudo no Norte) que vão ter que pagar uma parte desproporcionada da factura da obesidade alheia. Enquanto não aparecem (in)voluntários para pagar o resto da factura é difícil imaginar a retoma.
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18/05/2007
LA DONNA E UN ANIMAL STRAVAGANTE: por trás de uma grande mulher está o quê? (2)
Está o marido dela, falsamente respeitoso (a patroa maiúscula), que finge confessar os seus (mais do que justificados) receios, e que se revela falando de sedução e de usar as armas do inimigo para melhor o dominar (já não lhe chegava dormir com ele).
Mandei o seu post à Patroa. Vamos ver se me deixa entrar em casa hoje ou não.
Nesta dicotomia que no seu blog documenta através da etiqueta «iguais mas diferentes» há um exemplo recente que gosto que tenha ocorrido: interpreto que uma parte da vitória do Sarko sobre a Sego foi uma vitoria do macho sobre a fêmea, do sexo fraco sobre o sexo forte (não, não me enganei).
Já nem entro em linha de conta com o erotismo do frente-a-frente entre os dois no qual a Sego até chegou a levar um penteado semelhante ao da mulher de Sarko. Sarko com um sorriso que corrompe qualquer um e Sego, senhora, elegante, distinta: todo o debate girou à volta da sedução (entre ele e ela mas também e sobretudo entre eles e o público, em que ela de forma desafiadora, forma essa tão típica aos machos, nunca deixou de o fixar olhos nos olhos como que a afirmar a sua superioridade de matriarca. Marcou-me também o facto do François dela quase nunca aparecer enquanto que a Cecilia dele foi desaparecendo à medida que a campanha se tornava mais intimista. Só voltou no dia da vitória, substituindo a outra.
Foi uma campanha sexy. Ao contrario das precedentes com Chirac morto-vivo e Mitterand zombie, são dois «jovens», de bom aspecto, que usam e abusam do seu charme em parte natural em parte produto puro de marketing, ultrapassados só pelo Kennedy e a sua Jacqueline. Ele faz ciclismo, ela vela e nada.
Ele tem ideias e pensamentos - certos ou errados - mas estruturados, preparados, fundamentados, cartesianos. Ela é intuição feminina bruta no sentido exacto dado pela Simone de Beauvoir («a intuição feminina é aquele instinto estranho que permite a uma mulher saber que está certa, quer o esteja ou não»). Como aquele caso sub-demagógico dela querer que as mulheres-polícia fossem acompanhadas para casa por um polícia para evitarem o que acontecera dias antes a duas delas.
É pois uma vitória do Homem sobre a Mulher.
Sobretudo quando, para ganhar, ele utilizou armas tipicamente femininas e não as suas ideias e pensamentos.
Mandei o seu post à Patroa. Vamos ver se me deixa entrar em casa hoje ou não.
Nesta dicotomia que no seu blog documenta através da etiqueta «iguais mas diferentes» há um exemplo recente que gosto que tenha ocorrido: interpreto que uma parte da vitória do Sarko sobre a Sego foi uma vitoria do macho sobre a fêmea, do sexo fraco sobre o sexo forte (não, não me enganei).
Já nem entro em linha de conta com o erotismo do frente-a-frente entre os dois no qual a Sego até chegou a levar um penteado semelhante ao da mulher de Sarko. Sarko com um sorriso que corrompe qualquer um e Sego, senhora, elegante, distinta: todo o debate girou à volta da sedução (entre ele e ela mas também e sobretudo entre eles e o público, em que ela de forma desafiadora, forma essa tão típica aos machos, nunca deixou de o fixar olhos nos olhos como que a afirmar a sua superioridade de matriarca. Marcou-me também o facto do François dela quase nunca aparecer enquanto que a Cecilia dele foi desaparecendo à medida que a campanha se tornava mais intimista. Só voltou no dia da vitória, substituindo a outra.
Foi uma campanha sexy. Ao contrario das precedentes com Chirac morto-vivo e Mitterand zombie, são dois «jovens», de bom aspecto, que usam e abusam do seu charme em parte natural em parte produto puro de marketing, ultrapassados só pelo Kennedy e a sua Jacqueline. Ele faz ciclismo, ela vela e nada.
Ele tem ideias e pensamentos - certos ou errados - mas estruturados, preparados, fundamentados, cartesianos. Ela é intuição feminina bruta no sentido exacto dado pela Simone de Beauvoir («a intuição feminina é aquele instinto estranho que permite a uma mulher saber que está certa, quer o esteja ou não»). Como aquele caso sub-demagógico dela querer que as mulheres-polícia fossem acompanhadas para casa por um polícia para evitarem o que acontecera dias antes a duas delas.
É pois uma vitória do Homem sobre a Mulher.
Sobretudo quando, para ganhar, ele utilizou armas tipicamente femininas e não as suas ideias e pensamentos.
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17/05/2007
LA DONNA E UN ANIMAL STRAVAGANTE: por trás de uma grande mulher está o quê?
A notícia já é velha, mas as notícias novas são tratadas na secção BREIQUINGUE NIUZ. Aqui trata-se de mulheres, muitas delas donas ou patroas, segundo o desaparecido Pedro Arroja.
A business school da Universidade (com maiúscula) católica (com minúscula) foi classificada pelo Financial Times em 19.º lugar no ranking da formação de executivos. Mesmo que o FT não seja o papa, e já lá se escreveu muita asneira, ainda que bem escrita, com pompa e circunstância, o certo é que a classificação significa alguma coisa e quase pode ser colocada na mesma prateleira dos dois Nobel que nos calharam.
Mas o mais importante para esta secção do Impertinências, é Fátima Barros, a directora da FCEE da UC, uma das pessoas a quem mais ficamos a dever o FT ter descoberto a excelência na profusão da mediocridade que contamina as universidades portuguesas.
Se por trás de um grande homem está uma grande mulher, o que estará por trás duma grande mulher? No geral, ignoro. Neste caso está um amigo do Impertinências, agora completamente babado, que também passou pela FCEE, a quem dou os parabéns por ter convencido a Fátima a aceitar ser a patroa dele.
A business school da Universidade (com maiúscula) católica (com minúscula) foi classificada pelo Financial Times em 19.º lugar no ranking da formação de executivos. Mesmo que o FT não seja o papa, e já lá se escreveu muita asneira, ainda que bem escrita, com pompa e circunstância, o certo é que a classificação significa alguma coisa e quase pode ser colocada na mesma prateleira dos dois Nobel que nos calharam.
Mas o mais importante para esta secção do Impertinências, é Fátima Barros, a directora da FCEE da UC, uma das pessoas a quem mais ficamos a dever o FT ter descoberto a excelência na profusão da mediocridade que contamina as universidades portuguesas.
Se por trás de um grande homem está uma grande mulher, o que estará por trás duma grande mulher? No geral, ignoro. Neste caso está um amigo do Impertinências, agora completamente babado, que também passou pela FCEE, a quem dou os parabéns por ter convencido a Fátima a aceitar ser a patroa dele.
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16/05/2007
ARTIGO DEFUNTO: I beg your pardon?!
Para o Los Angeles Times Wolfowitz pleads case to World Bank board
Para o Diário Económico, Wolfowitz implora para ficar como administrador do Banco Mundial.
Para o Diário Digital, Wolfowitz implora manutenção do cargo à administração.
Wolfowitz, le vieux con, já é suficientemente repugnante e não vão ser estes títulos fabricados pela ignorância e/ou pela falta de escrúpulo que o tornam pior.
Para o Diário Económico, Wolfowitz implora para ficar como administrador do Banco Mundial.
Para o Diário Digital, Wolfowitz implora manutenção do cargo à administração.
Wolfowitz, le vieux con, já é suficientemente repugnante e não vão ser estes títulos fabricados pela ignorância e/ou pela falta de escrúpulo que o tornam pior.
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ESTADO DE SÍTIO: uma cajadada, dois coelhos
O PSD e o seu líder doutor Marques Mendes, na procura dum candidato a presidente da câmara de Lisboa, conseguiram em poucos dias a façanhuda proeza de ofender eleitores de dois concelhos. Primeiro, os eleitores do concelho de Sintra, ao tentarem indigitar o doutor Seara que «por questões pessoais» não aceitou. Depois, ao indigitarem o doutor Negrão, vereador da câmara de Setúbal, mandaram dizer aos eleitores deste concelho que se também se estão borrifando para eles.
Bem pode o doutor Marques Mendes retirar a confiança política a todos os autarcas do PSD arguidos, que com isso não limpa o que agora sujou. Pelo contrário, se ao retirar a confiança política está, eventualmente, a manifestar algum respeito pelo partido, está ao mesmo tempo, eventualmente, a mostrar pouco respeito pelos eleitores. Ao indigitar candidatos como agora faz o pleno: manifesta desrespeito pelo seu partido, revelando-o como um repositório de mediocridades, desrespeito pelas escolhas dos eleitores e pelo compromisso dos eleitos.
Bem pode o doutor Marques Mendes retirar a confiança política a todos os autarcas do PSD arguidos, que com isso não limpa o que agora sujou. Pelo contrário, se ao retirar a confiança política está, eventualmente, a manifestar algum respeito pelo partido, está ao mesmo tempo, eventualmente, a mostrar pouco respeito pelos eleitores. Ao indigitar candidatos como agora faz o pleno: manifesta desrespeito pelo seu partido, revelando-o como um repositório de mediocridades, desrespeito pelas escolhas dos eleitores e pelo compromisso dos eleitos.
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a nódoa cai em qualquer pano
15/05/2007
ESTADO DE SÍTIO: escrever torto por linhas tortas
Não se pode dizer que o PSD tenha o exclusivo, nem talvez que seja o mais useiro do expediente, mas nele reincide com o maior desfaçatez. Até ao doutor Marques Mendes parece não lhe ter ocorrido que nomear um candidato para uma câmara que é presidente de outra é uma maior ofensa aos eleitores que nomear um ministro que é presidente duma câmara.
Que tal ínvio processo possa ter escapado ao escrutínio duma mente que se pretende mostrar acima da falta de escrúpulo que contamina a classe política, ou que tal processo lhe possa ter parecido normal, é, por si só, um indicador do ponto de degradação a que chegou o regime.
Dir-se-à que coisa morreu na praia. Pois morreu, mas apenas porque o indigitado doutor Seara «por questões pessoais, (entendeu) que não tinha condições». Se ao menos tivesse recusado candidatar-se a um lugar porque já o ocupa noutra câmara.
Que tal ínvio processo possa ter escapado ao escrutínio duma mente que se pretende mostrar acima da falta de escrúpulo que contamina a classe política, ou que tal processo lhe possa ter parecido normal, é, por si só, um indicador do ponto de degradação a que chegou o regime.
Dir-se-à que coisa morreu na praia. Pois morreu, mas apenas porque o indigitado doutor Seara «por questões pessoais, (entendeu) que não tinha condições». Se ao menos tivesse recusado candidatar-se a um lugar porque já o ocupa noutra câmara.
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14/05/2007
ESTÓRIA E MORAL: o dilúvio de palavras e o deserto de acções
Estória
Para quem se propunha reduzir o número de utentes da vaca marsupial pública em 75.000, durante o mandato de 4 anos, enviar até agora um prodigioso número de 95 para o quadro de excedentários dá-nos uma justa medida da diferença entre o dilúvio de palavras e o deserto de acções.
No final do mandato o governo arrisca-se a ter o número de funcionários públicos que tinha no princípio, e umas dezenas de milhar de aposentados mais.
Se o governo não consegue tomar as medidas que só dependem de si próprio, como quer animar a ecoanomia e criar empregos fora do estado napoleónico-estalinista, coisas que pouco mais dependem do governo do que a meteorologia?
Moral
A montanha da manipulação pariu o rato dos resultados.
Para quem se propunha reduzir o número de utentes da vaca marsupial pública em 75.000, durante o mandato de 4 anos, enviar até agora um prodigioso número de 95 para o quadro de excedentários dá-nos uma justa medida da diferença entre o dilúvio de palavras e o deserto de acções.
No final do mandato o governo arrisca-se a ter o número de funcionários públicos que tinha no princípio, e umas dezenas de milhar de aposentados mais.
Se o governo não consegue tomar as medidas que só dependem de si próprio, como quer animar a ecoanomia e criar empregos fora do estado napoleónico-estalinista, coisas que pouco mais dependem do governo do que a meteorologia?
Moral
A montanha da manipulação pariu o rato dos resultados.
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12/05/2007
SERVIÇO PÚBLICO: a génese do cinema de causas subsídio-dependente
Está por avaliar o papel que JBC (João Bénard da Costa) tem tido na perpetuação de alguns mitos e na opinião sectária sobre a valia de alguns filmes e cineastas portugueses. Mas, para já, gostaria de deixar aqui uma primeira reflexão sobre as razões que fizeram abortar a ideia de AP (Azeredo Perdigão) ao financiar, sob a forma de capital de risco, um grupo de cineastas que despontavam e aos quais nem o Regime nem o mercado proporcionavam qualquer oportunidade.(O velho 'Cinema Novo', de António-Pedro Vasconcelos, no Sol)
Hoje tenho a noção clara de que, se essa iniciativa não deu os frutos que se esperava, foi porque o Estado marcelista, ao criar, nas vésperas do 25 de Abril, o IPC, para tutelar o cinema e financiar directamente os cineastas, veio reforçar a ideia de que não havia um mercado para os nossos filmes e consolidou em todos nós uma mentalidade de assistidos em autogestão. Com isso, cineastas e Estado uniram-se, desde o inicio, numa visão ecológica sobre o cinema português, como se este fosse uma espécie em vias de extinção que urgia proteger dos predadores industriais. Essa trágica visão das coisas, ao invés dos resultados que AP pretendia obter, abortou qualquer hipótese de ver surgir uma rede de produtores responsáveis e de criar uma relação positiva destes com o mercado - as salas e os canais de TV, para os quais se reservou o papel de financiadores compulsivos dos filmes, em vez de os aliciar a serem parceiros activos na sua produção, interessando-os nos seus resultados.
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11/05/2007
ESTADO DE SÍTIO: cacafonia orçamental
“Se o Estado não esbanjar acaba com o défice em dez anos”, diz Oliveira Martins à Visão (Jornal de Negócios). Dando de barato o tamanho do SE, é uma boa intenção mais para o inferno orçamental.
Vítor Baptista, coordenador do Partido Socialista para a área económica propôs hoje a Emanuel dos Santos, Secretário de Estado adjunto do Orçamento, que quando houver condições orçamentais o Governo opte relançar o investimento público "ainda antes de baixar impostos". O que, disse o deputado, seria "ainda mais oportuno do que baixar taxas de impostos", pode ler-se no mesmo Jornal de Negócios.
Enquanto o presidente do Tribunal de Contas e antigo ministro das Finanças do governo do desaparecido engenheiro Guterres (com a sua quota-parte de responsabilidade no desconchavo orçamental) propõe, sem chamar o boi pelo nome, o eterno MacGuffin do orçamento base zero como ferramenta para produzir o milagre, a espécie de porta-voz para a economia do mesmo PS propõe-se já espatifar o que, não sei quem, chama «sequência dos bons resultados orçamentais do ano passado», que consiste apenas no maior défice orçamental da União Europeia.
Vítor Baptista, coordenador do Partido Socialista para a área económica propôs hoje a Emanuel dos Santos, Secretário de Estado adjunto do Orçamento, que quando houver condições orçamentais o Governo opte relançar o investimento público "ainda antes de baixar impostos". O que, disse o deputado, seria "ainda mais oportuno do que baixar taxas de impostos", pode ler-se no mesmo Jornal de Negócios.
Enquanto o presidente do Tribunal de Contas e antigo ministro das Finanças do governo do desaparecido engenheiro Guterres (com a sua quota-parte de responsabilidade no desconchavo orçamental) propõe, sem chamar o boi pelo nome, o eterno MacGuffin do orçamento base zero como ferramenta para produzir o milagre, a espécie de porta-voz para a economia do mesmo PS propõe-se já espatifar o que, não sei quem, chama «sequência dos bons resultados orçamentais do ano passado», que consiste apenas no maior défice orçamental da União Europeia.
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10/05/2007
ARTIGO DEFUNTO: a boa imprensa da PT
Títulos desta manhã:
às 7:38 no Jornal de Negócios, Lucros da PT caem 16,3% no primeiro trimestre
às 8:09 no Diário Económico, Lucro da PT cai 16,3% no primeiro trimestre
às 9:18 no Jornal de Negócios, PT em máximos de sete anos com resultados acima do esperado
às 9:30 no Diário Económico, Bons resultados levam PT a atingir máximo nos 10,65€.
às 7:38 no Jornal de Negócios, Lucros da PT caem 16,3% no primeiro trimestre
às 8:09 no Diário Económico, Lucro da PT cai 16,3% no primeiro trimestre
às 9:18 no Jornal de Negócios, PT em máximos de sete anos com resultados acima do esperado
às 9:30 no Diário Económico, Bons resultados levam PT a atingir máximo nos 10,65€.
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09/05/2007
08/05/2007
DIÁLOGOS DE PLUTÃO: ele já não
Como eu imaginei a Pilar
- E a Pilar? Ainda está com depressão?
- Nada. Passou-lhe tudo.
- Uáu!
- Está óptima. Optimista, cheia de energia.
- Qual o milagre?
- Começou a fazer body building?
- Body building? Não será ioga?
- Olha, não sei. Pode ser isso, ou outra coisa qualquer. Certo, certo, é que tem um personal trainer.
- Personal trainer?
- Sim. Porquê a admiração?
- Nenhuma. Bem me parecia.
- O queres tu dizer com o bem me parecia?
- Então, quer dizer tu ... já não ...?
- Já não o quê, pá! Pára lá essa conversa!
(ouvida no balneário do ginásio)
- E a Pilar? Ainda está com depressão?
- Nada. Passou-lhe tudo.
- Uáu!
- Está óptima. Optimista, cheia de energia.
- Qual o milagre?
- Começou a fazer body building?
- Body building? Não será ioga?
- Olha, não sei. Pode ser isso, ou outra coisa qualquer. Certo, certo, é que tem um personal trainer.
- Personal trainer?
- Sim. Porquê a admiração?
- Nenhuma. Bem me parecia.
- O queres tu dizer com o bem me parecia?
- Então, quer dizer tu ... já não ...?
- Já não o quê, pá! Pára lá essa conversa!
(ouvida no balneário do ginásio)
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07/05/2007
DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: pior a emenda do que o soneto
Por um lado, o governo que leva mais de 2 anos de mandato, deixou passar o período de borla, em que teve espaço e crédito políticos para fazer as reformas dolorosas, não consegue mais do publicar decretos e portarias, e gasta as suas melhores energias a facilitar o aborto e a proteger-nos de nós próprios, penalizando o tabagismo e protegendo-nos do consumismo. Inspirado pelo desígnio de evitar os malefícios deste último vício, o governo, pela boca do secretário de estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor (?), diz que quanto a pressões estamos conversados. Só cede a pressões dos lóbis do aborto e do LBGT para legislar sobre o casamento das bichas, quanto às pressões para deixar os hipermercados abrir aos domingos e feriados não quer nem ouvir. (Jornal de Negócios)
Por outro, a oposição pela boca do líder do PSD doutor Marques Mendes promete que quando ele for governo «haverá um ministro das pequenas e médias empresas», que acrescentará ainda mais entropia à decrépita e gigantesca máquina do estado napoleónico-estalinista. E porque não prometer também um ministro para as micro-empresas, outro para os profissionais liberais, outro para as start ups? Ele coitado, não é totalmente responsável pelo despautério. Está só a tentar chegar à altura do professor Cavaco, que teve há tempos a visão da «criação de uma secretaria de Estado para acompanhar a vida das empresas estrangeiras a actuar em Portugal»,numa daquelas suas visitas ao país chamado real, que eu acharia melhor chamado de irreal.
Por outro, a oposição pela boca do líder do PSD doutor Marques Mendes promete que quando ele for governo «haverá um ministro das pequenas e médias empresas», que acrescentará ainda mais entropia à decrépita e gigantesca máquina do estado napoleónico-estalinista. E porque não prometer também um ministro para as micro-empresas, outro para os profissionais liberais, outro para as start ups? Ele coitado, não é totalmente responsável pelo despautério. Está só a tentar chegar à altura do professor Cavaco, que teve há tempos a visão da «criação de uma secretaria de Estado para acompanhar a vida das empresas estrangeiras a actuar em Portugal»,numa daquelas suas visitas ao país chamado real, que eu acharia melhor chamado de irreal.
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06/05/2007
05/05/2007
ESTADO DE SÍTIO: uma desfaçatez acima do comum
Um dos elementos fundamentais da retórica do Primeiro-ministro é que “antes” não se fazia nada, não se decidia nada, a oposição defendia sempre o contrário de hoje; “agora” decide-se tudo, faz-se tudo, sempre com um “rumo” certo e seguro que o PS sempre teve. Quando ouço isto, só há uma pergunta que acho que deveria ser obrigatório fazer: naquele preciso momento do “antes” quais eram as posições que o PS e José Sócrates defendiam sobre a matéria respectiva?(Antes e depois de JPP, no Abrupto)
Para se reconstruir honestamente o mundo de “antes” é vital saber o que é que eles defendiam “antes”. E aqui a resposta é simples: o PS e José Sócrates defendiam o contrário de “agora”, sendo que o “agora” é muito mais parecido com o que os outros defendiam “antes”. “Antes” era a “obsessão do deficit”, “agora” é o “rigor orçamental”; “antes” era o “discurso da tanga”, “agora” é “um momento muito difícil”; “antes” era colocar os números antes das pessoas, “agora” é a irresponsabilidade de colocar as pessoas antes dos números, na saúde, na segurança social, na administração pública. Esta retórica política é uma das coisas que mais desprestigiam a política em democracia. PSD e PS pagam um preço significativo por essa retórica, mas o actual Primeiro-ministro é de uma desfaçatez acima do comum nesta forma de mentira.
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E agora José?
SERVIÇO PÚBLICO: as pirâmides do estado napoleónico-estalinista (11)
Será editado na primeira quinzena de Maio, pela Tribuna, o livro «O Erro da Ota e o Futuro de Portugal: a Posição da Sociedade Civil».
O panorama traçado pelos autores revela que não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca. O que está em jogo exige começar por “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.
Em segundo lugar, os autores deste livro rejeitam a Ota. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária: rejeitam o erro da Ota que contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”.
Em terceiro lugar, aceitam que a Portela tem de ser complementada por um novo Aeroporto que deverá surgir de uma perspectiva de implementação faseada. O novo Aeroporto Internacional terá de reservar espaço de desenvolvimento para todo o século XXI. Para isso, o território em que se implanta deve ser bem compreendido, e as ligações com portos e ferrovias bem estabelecidas porque, em futuro próximo, as contingências ambientais limitarão a correcção de trajectória.
(de um email de Luís Gonçalves)
O panorama traçado pelos autores revela que não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca. O que está em jogo exige começar por “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.
Em segundo lugar, os autores deste livro rejeitam a Ota. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária: rejeitam o erro da Ota que contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”.
Em terceiro lugar, aceitam que a Portela tem de ser complementada por um novo Aeroporto que deverá surgir de uma perspectiva de implementação faseada. O novo Aeroporto Internacional terá de reservar espaço de desenvolvimento para todo o século XXI. Para isso, o território em que se implanta deve ser bem compreendido, e as ligações com portos e ferrovias bem estabelecidas porque, em futuro próximo, as contingências ambientais limitarão a correcção de trajectória.
(de um email de Luís Gonçalves)
04/05/2007
SERVIÇO PÚBLICO: e não se pode exterminá-los?
No Diário da República de 30 de Abril publica-se mais uma longa lista de 78 portarias que estabelecem estruturas nucleares, aprovam estatutos, fixam dotações máximas das unidades orgânicas flexíveis e outras medidas supostamente indispensáveis para reformarem outras tantas instituições.
No início do 3.º dos 4 anos que o governo se concedeu para levar a cabo a reforma administrativa, não há sinais visíveis de downsizing da vaca marsupial e os ímpetos reformadores esgotam-se na ejaculação legislativa.
De toda a ejaculatória do dia 30, uma das mais inspiradoras é a Portaria n.º 569/2007 do ministério da Economia e da Inovação (I-no-va-ção?) que «fixa a dotação máxima de chefes de equipas multidisciplinares da Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade».
Alguém é capaz de imaginar uma empresa com mais de 700.000 empregados a ser reorganizada ao ritmo do Diário da República?
Quantos daqueles repositórios de burocracia, mais do que inútil, nociva, regurgitando inutilidades não poderiam ser exterminados, em vez de «reformados»?
Porque não se dedica o governo a tratar da única coisa que está e deve estar ao seu alcance e é da sua inteira responsabilidade, em vez de se masturbar a produzir declarações para dinamizar a economia, ou a tentar animar os portugueses, ou a impedir que se estrepem com nicotina, ou qualquer outras das múltiplas (in)actividades onde torra 1/3 do PIB?
No início do 3.º dos 4 anos que o governo se concedeu para levar a cabo a reforma administrativa, não há sinais visíveis de downsizing da vaca marsupial e os ímpetos reformadores esgotam-se na ejaculação legislativa.
De toda a ejaculatória do dia 30, uma das mais inspiradoras é a Portaria n.º 569/2007 do ministério da Economia e da Inovação (I-no-va-ção?) que «fixa a dotação máxima de chefes de equipas multidisciplinares da Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade».
Alguém é capaz de imaginar uma empresa com mais de 700.000 empregados a ser reorganizada ao ritmo do Diário da República?
Quantos daqueles repositórios de burocracia, mais do que inútil, nociva, regurgitando inutilidades não poderiam ser exterminados, em vez de «reformados»?
Porque não se dedica o governo a tratar da única coisa que está e deve estar ao seu alcance e é da sua inteira responsabilidade, em vez de se masturbar a produzir declarações para dinamizar a economia, ou a tentar animar os portugueses, ou a impedir que se estrepem com nicotina, ou qualquer outras das múltiplas (in)actividades onde torra 1/3 do PIB?
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03/05/2007
SERVIÇO PÚBLICO: no perder está o ganho
Segundo o ministério das Finanças, quase metade das empresas portugueses apresenta prejuízos. Porque não fecham essas empresas? é uma pergunta que M. de La Palice não desdenharia fazer. Porque existem pelo menos 3 contabilidades: a contabilidade para a gerência, a contabilidade para os sócios e a contabilidade para o fisco, é a resposta.
E porquê a diferença entre a contabilidade para o fisco e as outras?, perguntaria M. de La Palice. O ministério das Finanças poderia responder porque «apesar de a taxa nominal do imposto ter decrescido 16,66%, (de 30% para 25%), a receita líquida do IRC do ano de 2005 foi inferior à de 2004 em apenas 4,4%, e a de 2006 já foi superior à de 2004 em 11,8%».
(Fonte Diário Económico)
Segundo os analistas do BPI a «decisão do Santander Totta de eliminar algumas comissões cobradas aos clientes terá um impacto negativo para a banca portuguesa». O banco vai perder 10 milhões de euros por ano, mas espera ganhar 200 mil novos clientes. O impacto negativo na banca é, neste caso, um impacto positivo nos seus clientes, tudo isto sem o governo disparar um tiro, sem o senhor engenheiro ter feito uma declaração, sem um único telefonema para os mídia das dezenas de spin doctors que gravitam à sua volta.
(Fonte Jornal de Negócios)
E porquê a diferença entre a contabilidade para o fisco e as outras?, perguntaria M. de La Palice. O ministério das Finanças poderia responder porque «apesar de a taxa nominal do imposto ter decrescido 16,66%, (de 30% para 25%), a receita líquida do IRC do ano de 2005 foi inferior à de 2004 em apenas 4,4%, e a de 2006 já foi superior à de 2004 em 11,8%».
(Fonte Diário Económico)
Segundo os analistas do BPI a «decisão do Santander Totta de eliminar algumas comissões cobradas aos clientes terá um impacto negativo para a banca portuguesa». O banco vai perder 10 milhões de euros por ano, mas espera ganhar 200 mil novos clientes. O impacto negativo na banca é, neste caso, um impacto positivo nos seus clientes, tudo isto sem o governo disparar um tiro, sem o senhor engenheiro ter feito uma declaração, sem um único telefonema para os mídia das dezenas de spin doctors que gravitam à sua volta.
(Fonte Jornal de Negócios)
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desconfiai dos mercados
02/05/2007
ESTÓRIA E MORAL: Hugo Rafael Louis Chávez Bonaparte, o caudilho socialista (RECTIFICADO) [OUTRA VEZ]
Estória
Esquecidas as prateleiras vazias do sistema comunista, como a memória dos povos é curta, teremos que agradecer ao coronel Chávez o favor de esvaziar as prateleiras das lojas de Caracas para lembrar aos colombianos (*) que o que aconteceu uma vez pode acontecer sempre que as mesmas circunstâncias se reunam. Como agora, que o regime chavista, para combater a inflação, resolveu fixar os preços e controlar os circuitos de abastecimento dos alimentos evaporando-os do mercado. Em resposta, o chavismo organizou «mega-mercados» de rua para esconjurar a «maldição do capitalismo» (ver no Economist, Venezuela's overheating economy - disponível para assinantes).
Como acontece aos engenheiros sociais de todas as correntes, se a medicina que aplicam não cura a maleita (um resultado recorrente) sempre concluem que a dose foi insuficiente e logo se propõem aplicar mais da mesma. Até ao ponto em que o paciente se livra deles, infelizmente alguns (ou muitos) anos depois.
Moral
A história repete-se. A primeira vez como tragédia e a segunda como comédia. (Marx, 18 Brumário)
(*) Por enquanto, os compatriotas do coronel Chavéz ainda são os venezuelanos e não os colombianos, como distraidamente escrevi. Como atenuante, invoca-se o facto dum perfeito idiota sul-americano como o Chavéz poder ser perfeitamente colombiano. Como agravante, aceita-se que a distracção é objectivamente uma ofensa involuntária grave a Alvaro Uribe e menos grave aos colombianos.
(Agradecimento ao detractor acidental JSC) [benfeitor frequente JSC].
A temperatura do paciente do doutor Chavéz
Esquecidas as prateleiras vazias do sistema comunista, como a memória dos povos é curta, teremos que agradecer ao coronel Chávez o favor de esvaziar as prateleiras das lojas de Caracas para lembrar aos colombianos (*) que o que aconteceu uma vez pode acontecer sempre que as mesmas circunstâncias se reunam. Como agora, que o regime chavista, para combater a inflação, resolveu fixar os preços e controlar os circuitos de abastecimento dos alimentos evaporando-os do mercado. Em resposta, o chavismo organizou «mega-mercados» de rua para esconjurar a «maldição do capitalismo» (ver no Economist, Venezuela's overheating economy - disponível para assinantes).
Como acontece aos engenheiros sociais de todas as correntes, se a medicina que aplicam não cura a maleita (um resultado recorrente) sempre concluem que a dose foi insuficiente e logo se propõem aplicar mais da mesma. Até ao ponto em que o paciente se livra deles, infelizmente alguns (ou muitos) anos depois.
Moral
A história repete-se. A primeira vez como tragédia e a segunda como comédia. (Marx, 18 Brumário)
(*) Por enquanto, os compatriotas do coronel Chavéz ainda são os venezuelanos e não os colombianos, como distraidamente escrevi. Como atenuante, invoca-se o facto dum perfeito idiota sul-americano como o Chavéz poder ser perfeitamente colombiano. Como agravante, aceita-se que a distracção é objectivamente uma ofensa involuntária grave a Alvaro Uribe e menos grave aos colombianos.
(Agradecimento ao detractor acidental JSC) [benfeitor frequente JSC].
A temperatura do paciente do doutor Chavéz
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01/05/2007
AVALIAÇÃO CONTÍNUA: mais uma tanga para os otários
Secção Insultos à inteligência
Na inauguração, com 16 meses de atraso, do primeiro troço do Metro Sul do Tejo, o engenheiro Mário Lino prometeu ontem, segundo o Público, que até 2032 (ano em que o inefável engenheiro terá a bela idade de 92 anos e está no governo há 27) a rede chegará não só ao Fogueteiro, ao Barreiro e ao Lavradio mas até à Costa da Caparica.
Escreveu um leitor, «e eu se for ministro prometo que em 2050 teremos um metro de Vila Real a Portimão», e eu, no lugar dele, prometeria mesmo mais «teremos um metro em cada aldeia de Portugal».
Como se podem levar à séria estas tangas dum ministro que integra um governo que nem os seus compromissos formais com o eleitorado cumpre? «Eu recomendo que leiam o meu programa: não está no programa nenhum aumento de impostos», disse o engenheiro Sócrates. O aumento de impostos não está no programa, de facto, o que está é a criação de 150.000 novos empregos e a redução de 75.000 utentes da vaca marsupial pública.
Leva o senhor ministro quatro ignóbeis pela falta de pejo, e quatro bourbons porque, com a escola que adquiriu no PCP, onde só se cuidam dos fins, continuará igual a si próprio, sem um módico de vergonha.
Na inauguração, com 16 meses de atraso, do primeiro troço do Metro Sul do Tejo, o engenheiro Mário Lino prometeu ontem, segundo o Público, que até 2032 (ano em que o inefável engenheiro terá a bela idade de 92 anos e está no governo há 27) a rede chegará não só ao Fogueteiro, ao Barreiro e ao Lavradio mas até à Costa da Caparica.
Escreveu um leitor, «e eu se for ministro prometo que em 2050 teremos um metro de Vila Real a Portimão», e eu, no lugar dele, prometeria mesmo mais «teremos um metro em cada aldeia de Portugal».
Como se podem levar à séria estas tangas dum ministro que integra um governo que nem os seus compromissos formais com o eleitorado cumpre? «Eu recomendo que leiam o meu programa: não está no programa nenhum aumento de impostos», disse o engenheiro Sócrates. O aumento de impostos não está no programa, de facto, o que está é a criação de 150.000 novos empregos e a redução de 75.000 utentes da vaca marsupial pública.
Leva o senhor ministro quatro ignóbeis pela falta de pejo, e quatro bourbons porque, com a escola que adquiriu no PCP, onde só se cuidam dos fins, continuará igual a si próprio, sem um módico de vergonha.
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