Aproveitando a deixa da cada vez mais provável Grexit, os sábios socialistas vieram agora lembrar que o documento também contém «um cenário de crise europeia profunda e prolongada» (cenário deliberadamente omitido nas apresentações públicas para não estragar os amanhãs que cantariam), nomeadamente por saída da Grécia da Zona Euro. Desse cenário resultaria:
«o emprego reduz-se cerca de 0.6% a partir de 2017 e, não obstante a redução da população ativa, implica a manutenção da taxa de desemprego em cerca de 13% até 2009. Neste cenário, o défice orçamental aumenta de 3.2% do PIB em 2015 para 4.6% em 2019 pressionado pelo aumento da despesa com juros e prestações sociais e pela descida da receita fiscal em linha com a redução da atividade económica e a evolução dos preços e salários. A dívida pública manteria uma trajetória ascendente atingindo os 135% do PIB em 2019 (121% do PIB no cenário central inicial)».E, assim, já se está a passar na mente dos sábios do céu para o purgatório pela mão do Syriza, cuja vitória para António Costa já foi «um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha».
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